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Aplicativo que permite alertas sobre agentes de imigração é o mais baixado nos EUA
Publicado 04/07/2025 • 09:06 | Atualizado há 6 horas
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Publicado 04/07/2025 • 09:06 | Atualizado há 6 horas
KEY POINTS
Trump tem sido rígido com a questão da imigração ilegal nos EUA
Giorgio VIERA/AFP
Uma nova plataforma que incentiva os usuários a compartilhar informações sobre avistamentos de agentes do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) nas proximidades foi o mais baixado da App Store da Apple esta semana, em meio a críticas de autoridades do governo Trump, que afirmam que o aplicativo pode colocar os agentes em risco. As informações são da NBC News, do mesmo grupo da CNBC.
O ICEBlock, lançado em abril, ganhou destaque após um artigo da CNN sobre o aplicativo ser criticado pela secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, e pelo diretor interino do ICE, Todd M. Lyons, na última segunda-feira (30). Ambos expressaram preocupação com a segurança dos agentes em suas declarações sobre o aplicativo, afirmando que “os agentes estão enfrentando um aumento de 500% nos ataques”.
Joshua Aaron, o desenvolvedor do ICEBlock, aplicativo criado no Texas, chamou as críticas recentes do governo de “mais uma tática de medo da direita”, dizendo em uma entrevista por telefone à NBC News na terça-feira (1º) que seu aplicativo foi projetado para ser um recurso para imigrantes com medo de serem deportados. Ele disse sentir que estava “vendo a história se repetir” ao testemunhar situações como “crianças de 5 anos em tribunais sem representação legal” e “estudantes universitários desaparecendo por suas opiniões políticas”.
“Quando vi o que estava acontecendo neste país, só quis fazer algo para resistir,” disse Aaron, um ex-músico que passou vários meses trabalhando no aplicativo. “Cresci em um lar judeu e, sendo parte da comunidade judaica, tive a oportunidade de conhecer sobreviventes do Holocausto e aprender sobre o que aconteceu na Alemanha nazista, e os paralelos que podemos traçar entre o que está acontecendo agora em nosso país e a ascensão de Hitler ao poder são inegáveis”.
O aplicativo, que é gratuito e permite aos usuários reportar anonimamente avistamentos do ICE em um raio de oito quilômetros, tinha aproximadamente 95.200 usuários até segunda-feira, segundo Aaron. Ele disse não ter recebido números atualizados da Apple desde que a Casa Branca e o ICE fizeram comentários públicos sobre o aplicativo.
O ICEBlock está entre várias plataformas de crowdsourcing — incluindo o site People Over Papers e o aplicativo ResistMap — que pessoas em todo os EUA têm usado para alertar imigrantes em suas comunidades sobre a presença do ICE. Sua popularidade cresce em meio à repressão à imigração pelo governo Trump. Batidas e protestos seguidos em cidades como Los Angeles se tornaram mais comuns à medida que o ICE intensificou as deportações de imigrantes.
A Casa Branca tem defendido suas políticas, afirmando no mês passado que o presidente Donald Trump “continua comprometido em fazer cumprir a lei federal de imigração — qualquer pessoa presente ilegalmente nos Estados Unidos corre o risco de deportação”.
Na coletiva de imprensa da Casa Branca na segunda-feira, Leavitt disse que não havia visto a reportagem da CNN sobre o ICEBlock, mas descreveu o aplicativo como “um incentivo à violência contra os agentes da lei que estão tentando manter nosso país seguro”.
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Quando questionado sobre o ICEBlock, um porta-voz do ICE encaminhou à NBC News a declaração anterior de Lyons, na qual ele chamou a reportagem da CNN de “repugnante” e disse que o aplicativo “basicamente coloca um alvo nas costas dos agentes federais da lei”. Ele também expressou preocupação de que cobrir o aplicativo poderia incitar “violência contra eles com um megafone nacional”.
A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, também falou sobre o assunto na terça-feira, dizendo: “Estamos trabalhando com o Departamento de Justiça para ver se podemos processar eles (a CNN) por isso”.
“O que eles estão fazendo é incentivar ativamente as pessoas a evitarem operações e atividades da lei”, disse ela aos repórteres ao lado do presidente Trump, na Flórida. “E vamos realmente ir atrás deles e processá-los em parceria com a Pam, se conseguirmos. Porque acreditamos que o que estão fazendo é ilegal”.
A CNN não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da NBC News.
A emissora emitiu uma declaração na plataforma X em resposta à Noem e ao DHS, dizendo que o ICEBlock “é um aplicativo disponível publicamente para qualquer usuário de iPhone que queira baixá-lo. Não há nada ilegal em reportar a existência deste ou de qualquer outro aplicativo, nem tal reportagem constitui promoção ou endosso por parte da CNN”.
Aaron, o desenvolvedor, também contestou as alegações do governo de que o ICEBlock causaria danos.
“Este aplicativo é apenas para fins informativos, e eu sempre gosto de dizer que é para informar, não obstruir”, afirmou ele. “Queremos que as pessoas fiquem seguras, que protejam a si mesmas e suas comunidades”.
O ICEBlock está disponível em dispositivos iOS; também está disponível em vários idiomas e para pessoas com deficiência visual e auditiva.
Quando os usuários abrem o aplicativo, são solicitados a permitir notificações em tempo integral para receber atualizações em tempo real sobre sua área. Após concordar, podem ver um mapa de sua localização e uma lista de quaisquer avistamentos do ICE reportados.
Se não houver nenhum, o aplicativo exibirá a mensagem “Nenhum avistamento reportado”. Uma pessoa pode reportar um avistamento pressionando um botão de adição e inserindo um endereço específico.
“Modelado a partir do Waze, mas para avistamentos do ICE, o aplicativo garante a privacidade dos usuários ao não armazenar dados pessoais, impossibilitando rastrear os relatos até usuários individuais”, afirma o site do ICEBlock.
Os usuários não podem fazer relatos fora do raio de oito quilômetros de onde seu telefone está — uma medida de segurança contra relatos falsos — e todos os relatos expiram automaticamente após quatro horas.
O aplicativo, que incentiva os usuários a “ver algo, tocar em algo”, não rastreia nenhum dado além do número de usuários, segundo Aaron.
Na última semana, o ICEBlock foi promovido por muitos usuários na plataforma de mídia social BlueSky. Aaron disse que também viu pessoas postando no X que o aplicativo os ajudou a evitar encontros com o ICE.
Desde que o ICEBlock ganhou mais atenção, Aaron disse que enfrentou assédio online, como comentários antissemitas sobre ele nas redes sociais. Mas afirmou que ajudar outras pessoas a se sentirem mais seguras supera qualquer resposta negativa.
“Acho que se você conseguir salvar a vida de uma pessoa ou ajudar alguém a evitar uma situação horrível, já cumpri meu papel”, disse ele.
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