O Banco da Inglaterra manteve nesta quinta-feira (19) sua taxa básica de juros em 4,25%, já que a inflação continua alta e corre o risco de subir ainda mais diante das tarifas dos Estados Unidos e do conflito entre Israel e Irã.
A decisão do banco central, amplamente esperada por analistas, foi tomada um dia após o Federal Reserve dos EUA manter suas taxas básicas de empréstimo, citando preocupações com a inflação elevada e o crescimento econômico em desaceleração.
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Banco Central da Suíça corta taxa de juros para zero
Já o Banco Nacional da Suíça (SNB) reduziu nesta quinta-feira sua taxa de juros para zero, em um cenário de arrefecimento da inflação e fortalecimento do franco suíço, enquanto as perspectivas econômicas se deterioraram.
O SNB, no entanto, adiou uma decisão sobre o retorno à era de juros negativos — uma política que ajudava a conter a valorização do franco, mas era impopular entre fundos de pensão e outros investidores.
O movimento do franco também está sob escrutínio nos Estados Unidos, já que o Departamento do Tesouro norte-americano adicionou a Suíça à sua lista de observação de países com potencial para manipular suas moedas, no início deste mês.
O SNB afirma que suas intervenções no mercado cambial têm como objetivo garantir a estabilidade de preços, e não aumentar de forma desleal a competitividade da economia suíça.
A moeda suíça, considerada um investimento de porto seguro, vem se valorizando frente ao dólar desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, lançou sua ofensiva tarifária em abril.
No comunicado desta quinta-feira, o SNB — que nega manipular o franco — afirmou que “permanece disposto a atuar no mercado cambial conforme necessário”.
O SNB citou o alívio das pressões inflacionárias como justificativa para o corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, mas também destacou um cenário econômico pessimista.
“As perspectivas econômicas globais para os próximos trimestres se deterioraram devido ao aumento das tensões comerciais”, afirmou o banco central, acrescentando que o cenário para a Suíça segue incerto.
“Os desenvolvimentos no exterior continuam sendo o principal risco”, declarou, projetando uma desaceleração do crescimento da economia global nos próximos trimestres.
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