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Preço da carne bovina atinge recorde nos EUA com impacto global e crise no abastecimento

Publicado 18/08/2025 • 23:31 | Atualizado há 4 horas

Da Redação

KEY POINTS

  • O preço da carne bovina atingiu o maior nível da história nos Estados Unidos em julho, refletindo uma combinação de fatores internos e externos que pressionam a oferta do produto.
  • De acordo com dados mais recentes do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) e do Bureau of Labor Statistics (BLS), o valor médio da carne para churrasco chegou a US$ 11,88 por libra, o equivalente a cerca de R$ 150 por quilo.
  • Nos últimos seis meses, a carne moída registrou alta de 15,3%, enquanto os cortes para churrasco subiram 9%.
Imagem de peças de carne bovina.

Imagem de peças de carne bovina

Agência Brasil

O preço da carne bovina atingiu o maior nível da história nos Estados Unidos em julho, refletindo uma combinação de fatores internos e externos que pressionam a oferta do produto.

De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) e do Bureau of Labor Statistics (BLS), o valor médio da carne para churrasco chegou a US$ 11,88 por libra (cerca de R$ 150 por quilo). Já a carne moída, amplamente utilizada na alimentação cotidiana, alcançou US$ 6,34 por libra (aproximadamente R$ 75 por quilo).

Nos últimos seis meses, a carne moída subiu 15,3%, enquanto os cortes para churrasco avançaram 9%. O índice de carne bovina e vitela teve alta acumulada de 11,3% em 12 meses, segundo o BLS.

A situação é considerada a pior em termos de oferta da última década.

Oferta em queda

O USDA projeta uma produção nacional de carne bovina de 25,9 bilhões de libras em 2025, volume 4% inferior ao estimado no início do ano. O número de cabeças de gado vem caindo progressivamente. Em julho, o rebanho total foi estimado em 94,2 milhões de animais, sendo 28,7 milhões destinados à produção de carne — o menor número desde 2019.

A escassez é atribuída, em grande parte, às mudanças climáticas. A seca prolongada em regiões produtoras reduziu áreas de pasto e levou criadores a abater matrizes, dificultando a recomposição do rebanho. Segundo especialistas citados pela NBC News, o tamanho atual do rebanho bovino norte-americano é o menor desde 1951.

Impacto das tarifas e restrições

A imposição de tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras de carne, anunciada em julho, levou o USDA a revisar para baixo as previsões de importação. A estimativa para 2025 foi reduzida em 1,9% e, para 2026, espera-se uma queda de 7,5%, o que representa cerca de 180 mil toneladas a menos no mercado interno. O Brasil é responsável por cerca de 15% das importações de carne bovina dos EUA.

Além disso, desde maio, os Estados Unidos mantêm restrições à importação de gado vivo do México devido à detecção da praga conhecida como “bicheira do Novo Mundo” (NWS). O USDA informou que o controle da doença depende de medidas de médio e longo prazo, como a construção de uma fábrica de moscas estéreis no Texas.

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O USDA prevê que o fornecimento total de carne bovina no país cairá para 31,1 bilhões de libras até agosto de 2026. Segundo especialistas ouvidos pela Newsweek e pela NBC News, a recomposição dos rebanhos pode levar de dois a quatro anos, e o cenário de preços elevados deve persistir até que as condições climáticas e os custos de alimentação dos animais se estabilizem.

Enquanto isso, grandes redes de alimentação e varejo buscam alternativas. Empresas como a Tyson Foods têm ampliado sua oferta de frango, e o Walmart inaugurou uma nova planta de processamento para tentar reduzir custos e melhorar o abastecimento de carne bovina no país.

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