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Casa Branca critica saída do fundo soberano norueguês de US$ 2 trilhões da Caterpillar
Publicado 04/09/2025 • 12:06 | Atualizado há 4 horas
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Publicado 04/09/2025 • 12:06 | Atualizado há 4 horas
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O governo dos EUA criticou o fundo soberano norueguês, avaliado em US$ 2 trilhões, dizendo estar “muito preocupado” com suas mais recentes decisões. Nas últimas semanas, o fundo — o maior do tipo no mundo — anunciou planos de vender sua participação na fabricante americana de máquinas Caterpillar e reduziu os investimentos em Israel, em meio a preocupações sobre vínculos com o conflito na Faixa de Gaza.
“Estamos muito preocupados com a decisão do fundo soberano norueguês, que parece se basear em alegações ilegítimas contra a Caterpillar e o governo israelense”, disse um porta-voz do Departamento de Estado em um e-mail enviado nesta quinta-feira. “Estamos mantendo contato direto com o governo da Nnruega sobre este assunto”, afirmou o Departamento de Estado ao Financial Times na quarta-feira.
Em comunicado enviado por e-mail nesta quinta-feira, o ministro das Finanças da Noruega, Jens Stoltenberg, destacou que o governo não teve participação na decisão sobre quais empresas foram incluídas na carteira do fundo.
De forma mais ampla, as decisões sobre o fundo são divididas entre o Ministério das Finanças do país, o banco central e o próprio conselho de ética do fundo. “O governo não participa da avaliação de empresas individuais”, disse ele. “A decisão de excluir empresas é independente e tomada pelo Conselho Executivo do Norges Bank, de acordo com o quadro estabelecido. Não se trata de uma decisão política.”
Stoltenberg acrescentou que participou de uma delegação norueguesa em negociações com o assessor econômico de Trump, Kevin Hassett, na terça-feira. “Discutimos comércio e tarifas, sanções econômicas contra a Rússia e apoio à Ucrânia”, disse ele. “O fundo de pensão não foi tema de discussão.”
Na semana passada, o Norges Bank Investment Management (NBIM) — que administra o fundo em nome da população norueguesa — anunciou que sairia de sua participação na fabricante americana de máquinas Caterpillar e em cinco bancos israelenses, citando “risco inaceitável de que as empresas contribuam para graves violações dos direitos individuais em situações de guerra e conflito”.
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No final do ano passado, o fundo detinha 1,2% das ações da Caterpillar listada em Nova York.
No entanto, o conselho de ética do fundo havia recomendado a venda dessa participação, com o NBIM afirmando na época que a administração acreditava que as escavadeiras da Caterpillar estavam “sendo usadas pelas autoridades israelenses na destruição generalizada e ilegal de propriedades palestinas.”
Os comentários do Departamento de Estado esta semana não são a primeira vez que autoridades dos EUA criticam as decisões de investimento do NBIM.
Em uma série de publicações na rede social X na semana passada, o senador republicano e aliado de Trump, Lindsey Graham, classificou a reorganização da carteira do fundo soberano norueguês como “curtista”.“Ao fundo soberano da Noruega… Sua decisão de punir a Caterpillar, uma empresa americana, porque Israel utiliza seus produtos é ultrajante”, escreveu ele.
“Talvez seja hora de impor tarifas a países que se recusam a fazer negócios com grandes empresas americanas. Ou talvez não devêssemos conceder vistos a indivíduos que dirigem organizações que tentam punir empresas americanas por diferenças geopolíticas.”
A desinvestimento do fundo norueguês na Caterpillar e nos bancos israelenses ocorreu logo após o NBIM anunciar que venderia todos os seus investimentos em empresas israelenses que não fazem parte de seu índice de referência de ações “o mais rápido possível”. O NBIM também anunciou a intenção de encerrar contratos com gestores externos de ativos em Israel.
Trond Grande, vice-CEO do NBIM, disse à CNBC após o anúncio inicial que as participações do fundo em empresas israelenses passaram a ser alvo de maior escrutínio ao longo do verão, à medida que o conflito na Cisjordânia se intensificou.
“Devido ao conflito e à opinião pública aqui na Noruega, devo dizer que há muito escrutínio especificamente sobre nossas participações em empresas israelenses”, afirmou.
“O que estamos fazendo agora não é realmente reduzir peso, eu não colocaria dessa forma, mas estamos tentando simplificar nossa carteira em ações israelenses, porque temos diretrizes éticas.”
O fundo soberano da Noruega, que atualmente tem valor de 20 trilhões de coroas norueguesas (US$ 1,98 trilhão), estava investido em 61 ações israelenses no final de junho. Agora, segundo seu site, o fundo possui apenas seis ações israelenses.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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