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Novo Nordisk convoca assembleia extraordinária após renúncia em massa no conselho e disputa com acionista controlador
Publicado 21/10/2025 • 16:12 | Atualizado há 3 semanas
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Publicado 21/10/2025 • 16:12 | Atualizado há 3 semanas
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SERGEI GAPON/AFP
Novo Nordisk: Queda nas vendas e custos de US$ 1,23 bilhão marcam cenário pré-resultado do 3º trimestre.
A farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk anunciou nesta terça-feira (21) a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para o dia 14 de novembro, após a renúncia de vários membros de seu conselho de administração em meio a um impasse com a Fundação Novo Nordisk, acionista controladora da empresa. O encontro será realizado de forma totalmente virtual e deverá eleger novos integrantes para o colegiado.
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De acordo com comunicado da companhia, o atual presidente do conselho, Helge Lund, o vice-presidente Henrik Poulsen e os conselheiros independentes Laurence Debroux, Andreas Fibig, Sylvie Grégoire, Christina Law e Martin Mackay não concorrerão à reeleição. As saídas ocorrem após um desacordo entre os diretores e a Fundação Novo Nordisk sobre a composição e o ritmo de renovação do conselho.
“O Conselho propôs uma renovação voltada para a adição de competências específicas, mantendo ao mesmo tempo a continuidade, enquanto o Conselho da Fundação desejava uma reconfiguração mais ampla”, afirmou Helge Lund.
A fundação sugeriu que seu atual presidente, Lars Rebien Sørensen, ex-CEO da companhia, assuma também a presidência do conselho de administração. Sørensen, que havia ingressado como observador em maio, aos 71 anos, se colocou como candidato ao cargo e destacou que sua prioridade será apoiar os planos de transformação da empresa e retomar o crescimento.

Segundo Sørensen, não há divergências quanto à estratégia corporativa, mas a fundação entende que o conselho precisa agir com maior rapidez, especialmente diante das mudanças no mercado norte-americano. Um dos pontos de atrito foi a sucessão do CEO: enquanto a fundação defendia uma nomeação imediata, o conselho preferia um processo mais amplo de seleção.
Com a saída de Lars Fruergaard Jørgensen do comando executivo em maio, Mike Doustdar assumiu como novo CEO, prometendo reposicionar a empresa após um período de desaceleração. Parte dessa reestruturação inclui o corte de cerca de 11,5% da força de trabalho global e o redirecionamento de investimentos para os segmentos de diabetes e obesidade — principais frentes de atuação da Novo Nordisk.
Enquanto alguns diretores deixam a companhia, outros permanecem, como Kasim Kutay e os representantes eleitos pelos funcionários — Elisabeth Dahl Christensen, Liselotte Hyveled, Mette Bøjer Jensen e Thomas Rantzau. A Fundação Novo Nordisk propôs ainda a nomeação de Cees de Jong como vice-presidente, além de Britt Meelby Jensen, Mikael Dolsten e Stephan Engels como novos membros do conselho.

A Assembleia Geral Extraordinária será virtual, com participação e votação remotas via aplicativo. A Novo Nordisk recomenda que os acionistas exerçam seus direitos por meio de procurações ou votos enviados antecipadamente. A reunião será transmitida ao vivo pelo site da empresa.
A instabilidade na governança ocorre em um momento de pressão competitiva no mercado global de medicamentos para obesidade, no qual a Novo Nordisk é líder, mas enfrenta crescente concorrência. As ações B da empresa, listadas na Bolsa de Copenhague, encerraram o pregão de terça-feira com queda de 1,3%.
Fundada em 1923 e sediada na Dinamarca, a Novo Nordisk empregava cerca de 78.400 pessoas em 80 países em agosto de 2025 e comercializa seus produtos em aproximadamente 170 nações. Suas ações estão listadas na Nasdaq Copenhagen e seus ADRs são negociados na Bolsa de Nova York.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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