A Casa Branca provavelmente pedirá que mais países reduzam seus impostos sobre serviços digitais como parte das negociações comerciais em andamento, disse um alto funcionário do governo Trump nesta segunda-feira (30), após o Canadá ter revogado o seu imposto no fim de semana.
“Minha expectativa é que os impostos sobre serviços digitais em todo o mundo sejam retirados e que isso seja uma parte fundamental das… negociações comerciais em andamento”, disse o diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett, no programa “Squawk on the Street”, da CNBC.
A observação de um dos principais assessores do presidente Donald Trump veio um dia depois que o Canadá recuou para “avançar em negociações comerciais mais amplas” com os Estados Unidos.
Essa reversão — poucas horas antes do início da primeira cobrança do novo imposto — ocorreu na esteira da ameaça surpresa de Trump, na última sexta-feira, de encerrar todas as negociações comerciais com Ottawa enquanto o imposto permanecesse em vigor.
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As negociações com os EUA foram retomadas, afirmou o Canadá, desde que o país eliminou o imposto. Trump e o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, agora pretendem fechar um acordo comercial até 21 de julho, de acordo com um comunicado divulgado no domingo pelo Departamento de Finanças em Ottawa.
“Estou muito satisfeito em ver que o Canadá está removendo o imposto, o que significa que não precisamos aplicar essa retaliação realmente complicada ao código tributário”, disse Hassett na segunda-feira.
“Mas é de se esperar que os países que terão impostos sobre vendas digitais no futuro enfrentem a ira de [Representante Comercial dos EUA] Jameson Greer” por causa “dessas práticas comerciais desleais”, disse Hassett.
Em pouco mais de uma semana, as tarifas pesadas do governo Trump sobre importações de diversos países devem ser retomadas.
Hassett disse acreditar que os EUA têm “estruturas” para “uma série de acordos” que serão firmados logo após a aprovação de um importante projeto de lei orçamentária apoiado por Trump no Congresso.
O governo Trump está ansioso para que a Câmara e o Senado, controlados pelo Partido Republicano, aprovem uma versão final da enorme legislação sobre impostos e gastos e a enviem à mesa do presidente antes de sexta-feira (4).
Se isso acontecer, previu Hassett, haverá uma “sessão maratona” no Salão Oval, na qual Trump e seus assessores selecionarão uma lista de países e farão as decisões finais sobre as tarifas americanas para cada um.
Não está claro se Trump cumprirá os prazos tarifários de 8 e 9 de julho. “Podemos fazer o que quisermos”, disse ele na sexta-feira, quando questionado se manteria uma dessas datas.
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