Em uma entrevista na segunda-feira (14) com Jim Cramer, da CNBC, o executivo da RBN Energy, Rusty Braziel, sugeriu que ter preços do petróleo mais baixos entra em conflito com o aumento da produção — ambas promessas de campanha fervorosas de Donald Trump.
“A situação é: você não pode ter ‘perfura, bebê, perfura’ e ter muito mais produção saindo do solo, e ao mesmo tempo ter preços do petróleo mais baixos”, disse Braziel. “Não faz sentido.”
Segundo Braziel, o secretário de Energia dos EUA, Chris Wright, tem um “trabalho difícil” pela frente. Wright, um ex-executivo do setor de petróleo, entende a indústria e como aumentar a produção de petróleo, continuou Braziel. Mas ele indicou que será difícil para Wright fazer isso com sucesso enquanto os preços estiverem baixos, porque as empresas ficarão reticentes em perfurar. Independentemente de quantas áreas o governo dos EUA abra para perfuração, continuou Braziel, “a esses preços, esses poços são simplesmente caros demais para a produção que geram”.
Os preços do petróleo despencaram à medida que os temores de recessão continuam pesando sobre o mundo dos negócios. No início de abril, membros-chave da OPEP+ concordaram em acelerar a produção de petróleo, o que ajudou a derrubar os preços. Mas os preços se mantiveram estáveis em torno de US$ 60 na segunda-feira — mesmo com a OPEP reduzindo sua previsão de demanda para 2025 e 2026, sugerindo que a incerteza causada pelas tarifas agressivas de Trump poderia prejudicar o crescimento econômico global.
Braziel disse que a perfuração seria afetada se os preços caíssem para US$ 50, mas afirmou que, a US$ 60, “a maioria dos produtores ainda é lucrativa, particularmente aqueles que estão no Permiano”. A RBN Energy fornece serviços de consultoria para empresas de energia e, segundo Braziel, muitos clientes dizem que “vão ficar à margem” até que haja mais certeza econômica.
“O mercado está como um cervo paralisado pelos faróis agora, e é assim que vai continuar até começarmos a ver algum tipo de estabilidade”, disse ele.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
