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CNBC Três razões pelas quais as tarifas ainda não aumentaram a inflação nos EUA

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China e EUA chegam a acordo preliminar sobre comércio de terras raras e tecnologia

Publicado 11/06/2025 • 10:47 | Atualizado há 1 dia

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • Autoridades dos Estados Unidos e da China anunciaram, nesta quarta-feira (11), que chegaram a um acordo preliminar para viabilizar o comércio de terras raras e produtos tecnológicos entre os dois países.
  • A decisão, no entanto, ainda depende da aprovação dos presidentes Donald Trump e Xi Jinping.
  • Na semana passada, Trump e Xi conversaram por telefone para tentar amenizar as tensões, que haviam se agravado após acusações mútuas de violações do acordo de Genebra.

Autoridades dos Estados Unidos e da China anunciaram, nesta quarta-feira (11), que chegaram a um acordo preliminar para viabilizar o comércio de terras raras e produtos tecnológicos entre os dois países. A decisão, no entanto, ainda depende da aprovação dos presidentes Donald Trump e Xi Jinping.

O anúncio foi feito após o segundo dia de reuniões de alto nível em Londres. “Chegamos a uma estrutura para implementar o consenso de Genebra e o que foi acertado na conversa entre os dois presidentes”, afirmou o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, a jornalistas.

A declaração foi reforçada por Li Chenggang, representante de comércio internacional da China e vice-ministro do Comércio, que também reconheceu o avanço nas negociações.

Na semana passada, Trump e Xi conversaram por telefone para tentar amenizar as tensões, que haviam se agravado após acusações mútuas de violações do acordo de Genebra.

Em maio, durante encontro na Suíça, as duas maiores economias do mundo haviam combinado a suspensão, por 90 dias, de tarifas aplicadas em abril, além de reverter outras medidas comerciais.

De acordo com Lutnick, ele e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, retornarão a Washington para submeter o acordo a Trump. “Se Xi também aprovar, vamos implementar a estrutura definida”, afirmou.

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Pontos sensíveis e desconfiança mútua

Para analistas, o fato de as autoridades de ambos os lados ainda precisarem consultar seus líderes indica que pontos sensíveis permanecem em aberto.

“O acordo preliminar sinaliza um compromisso para reduzir as tensões e manter o diálogo, mas ainda é incerto se resultará em avanços concretos”, avaliou Jianwei Xu, economista sênior do Natixis.

Um dos itens mais delicados envolve as restrições chinesas à exportação de terras raras para os EUA — insumo estratégico para setores de alta tecnologia e defesa.

Segundo Lutnick, esse tema é “parte fundamental” do novo entendimento e espera-se que seja resolvido na implementação do acordo.

Em contrapartida, os EUA deverão flexibilizar restrições recentes à venda de tecnologia avançada para a China, conforme Pequim avance na liberação das exportações.

“O acordo é sustentado pela capacidade de pressão que cada lado exerce sobre o outro, e não por princípios ou interesses compartilhados”, comentou Scott Kennedy, conselheiro do Center for Strategic and International Studies, em Washington. Para ele, as chances de novas interrupções e impasses continuam elevadas.

Reação cautelosa e impacto nos mercados

Enquanto a mídia estatal chinesa divulgou rapidamente a conversa entre Xi e Trump na semana passada, desta vez, as autoridades de Pequim demoraram horas para confirmar as declarações feitas por Lutnick. Apenas à tarde, a emissora estatal CCTV noticiou que as negociações haviam chegado a um acordo de princípios.

Nesta semana, participaram das reuniões o vice-premiê chinês He Lifeng, o ministro do Comércio da China, Wang Wentao, e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, que retornou aos Estados Unidos para prestar depoimento ao Congresso.

Nos mercados, o índice chinês CSI 300 subia levemente, enquanto os futuros das bolsas americanas operavam em baixa, à espera de mais detalhes sobre o acordo.

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