‘Compre Europeu’: Airbus e outras empresas europeias pedem fundo soberano e autonomia tecnológica
Publicado 17/03/2025 • 09:49 | Atualizado há 14 horas
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Publicado 17/03/2025 • 09:49 | Atualizado há 14 horas
KEY POINTS
Airbus.
Divulgação Airbus.
A Airbus e mais de 90 outras empresas europeias e grupos de lobby pediram à Comissão Europeia a criação de um fundo soberano de infraestrutura para impulsionar o investimento público e fortalecer a autonomia da região no setor de tecnologia.
Em uma carta datada de 14 de março e endereçada à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e à vice-presidente executiva Henna Virkkunen, os signatários — que incluem a Dassault Systèmes, a fornecedora francesa de serviços em nuvem OVHcloud e a European Startup Network — enfatizaram a necessidade da autossuficiência tecnológica da Europa diante de uma “realidade dura” após “desenvolvimentos nas relações EUA/UE”.
“Construir autonomia estratégica em setores-chave agora é uma prioridade reconhecida e urgente em toda a Europa”, afirmou a carta. O documento destaca que a Europa ocupa atualmente uma posição atrasada no espaço digital — tendo sido significativamente ultrapassada pelos EUA e pela China — e que, no ritmo atual, dependerá quase completamente de tecnologias não europeias em menos de três anos.
“A Europa precisa retomar a iniciativa e se tornar mais tecnologicamente independente em todas as camadas de sua infraestrutura digital crítica: da infraestrutura lógica — aplicativos, plataformas, mídias, estruturas e modelos de IA — à infraestrutura física — chips, computação, armazenamento e conectividade”, alerta a carta, ressaltando que “as múltiplas dependências atuais da Europa criam riscos de segurança e confiabilidade, comprometem nossa soberania e prejudicam nosso crescimento”.
Entre os principais pedidos da carta por uma “estratégia pragmática de política industrial” está a necessidade de a Europa estabelecer um requisito formal para que o setor público “Compre Europeu” e de incentivar o setor privado a adotar uma abordagem semelhante — com o objetivo “não de excluir atores não europeus, mas de criar um espaço onde os fornecedores europeus possam competir legitimamente (e justificar investimentos)”.
A carta também defende a criação de um fundo soberano de infraestrutura para investimentos públicos em tecnologia, especialmente em projetos de grande capital, como computação quântica e chips, solicitando a alocação de “recursos significativos”, seja por meio do Banco Europeu de Investimento ou de órgãos nacionais de financiamento público.
A Europa busca ganhar impulso no setor de tecnologia, onde executivos e investidores de capital de risco vêm pedindo mais investimentos e uma regulamentação mais flexível para reaquecer o crescimento — especialmente na área de inteligência artificial, que está em rápida expansão.
Diante das políticas protecionistas agressivas dos EUA e da imposição de tarifas, a União Europeia tem buscado cada vez mais proteger seu crescimento e fortalecer sua autonomia. No início deste mês, o bloco propôs medidas fiscais que poderiam mobilizar quase 800 bilhões de euros (872 bilhões de dólares) para aumentar os gastos com defesa na região.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.