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Consumidores nos EUA impulsionam mercado de joias apesar de tarifas em alta
Publicado 15/08/2025 • 12:18 | Atualizado há 2 meses
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KEY POINTS
A joalheria dinamarquesa Pandora enfrenta problemas com as tarifas impostas por Trump
Nos Estados Unidos, consumidores continuam comprando joias, mesmo diante de dificuldades econômicas que já afetam o ritmo de consumo na Europa e na China. A Pandora, marca dinamarquesa de joias, disse que o mercado estadunidense — responsável por um terço de toda a receita da empresa — segue destoando do cenário global, onde as vendas estão mais fracas.
“Os Estados Unidos continuam indo na contramão”, disse o CEO da Pandora, Alexander Lacik, ao programa “Squawk Box Europe” da CNBC na sexta-feira (15).
“O consumidor americano segue forte e interessado na Pandora. Já a Europa, como eu disse, está meio indefinida”, continuou, destacando que os clientes europeus têm enfrentado dificuldades há algum tempo.
Segundo Lacik, a China, que responde por apenas 1% do faturamento da Pandora, “continua sendo um desafio”, citando dificuldades maiores no consumo no país asiático.
A empresa, famosa por suas lojas de rua e pulseiras de berloques de prata, divulgou na sexta-feira (15) um aumento de 8% nas vendas nos EUA no segundo trimestre, em comparação anual, considerando lojas abertas há mais de um ano.
Já as vendas na China caíram 15% no mesmo período, enquanto em alguns dos principais mercados europeus também houve queda.
Tendências parecidas foram vistas no grupo de luxo Richemont, dono da Cartier, que no mês passado registrou crescimento de 17% nas vendas na América nos três meses até 30 de junho, apesar do desempenho mais fraco na Ásia-Pacífico.
No geral, as vendas de joias nos EUA foram fortes no primeiro semestre do ano, com alta de 5% em relação ao mesmo período de 2024, que ficou praticamente estável, segundo a empresa de análise Tenoris.
Em julho — tradicionalmente um mês mais devagar para o varejo de joias — as vendas no país subiram 3,5%.
“A marca Pandora está funcionando bem nos EUA neste momento, o que tem ajudado no sucesso da empresa”, explicou William Woods, analista sênior e chefe de pesquisa em varejo europeu e delivery de alimentos da Bernstein. Ele acrescentou que a fraqueza da Pandora na França e na Alemanha está “alinhada ao cenário instável que temos visto nos últimos anos”.
Woods citou a força geral do mercado americano atualmente, mas também destacou que o cenário é variado entre os varejistas, já que alguns reduziram suas projeções para o ano por conta das preocupações com tarifas.
As tarifas seguem sendo um grande desafio para as marcas de joias, incluindo a própria Pandora, que depende bastante da produção na Tailândia.
Na sexta-feira (15), a empresa atualizou sua previsão sobre tarifas, estimando um impacto negativo de 200 milhões de coroas dinamarquesas (cerca de US$ 31 milhões ou R$ 167,3 milhões) em 2025, seguido de um provável prejuízo de 450 milhões de coroas (cerca de US$70 milhões ou R$380 milhões) no ano seguinte. A expectativa é de uma margem operacional de cerca de 24% neste ano.
A projeção leva em conta as alíquotas atuais, e o Morgan Stanley alertou em relatório na sexta-feira (15) que um aumento na tarifa de 19% aplicada pela Tailândia é um dos principais riscos para a Pandora.
As ações da Pandora caíram mais de 14% na manhã de sexta-feira (15), logo após a divulgação dos resultados do segundo trimestre.
O CEO Lacik disse que a empresa está absorvendo dois terços desse aumento de custos, seja otimizando despesas ou ajustando preços, enquanto o restante deve afetar a margem operacional estimada para este ano.
Mas ele destacou que as tarifas são um novo obstáculo que pode prejudicar a força atual do consumidor estadunidense — e o apetite por joias — junto com o aumento dos custos dos insumos. A prata, essencial na produção da Pandora, atingiu o maior valor em 14 anos no mês passado, enquanto o ouro, tradicional porto seguro, continua em alta neste ano.
“[O consumidor dos EUA] pode mudar no futuro, ninguém sabe, dependendo do impacto das tarifas, e não só nas joias, mas em geral”, afirmou Lacik. “Temos o dólar enfraquecendo, a prata subindo de preço, e para fechar o pacote, as tarifas nos EUA”, completou ele.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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