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Cortes nas taxas devem esperar por mais certeza tarifária, diz Holzmann do BCE

Publicado 24/04/2025 • 14:19 | Atualizado há 2 dias

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • O presidente do banco central austríaco, Robert Holzmann, um dos membros mais radicais do Banco Central Europeu, disse à CNBC que as futuras decisões de política monetária devem aguardar decisões políticas sobre tarifas.
  • "Com as contramedidas na Europa, os preços podem ter aumentado. Sem contramedidas, é bem provável que a pressão sobre os preços seja para baixo. E, por enquanto, ainda não sabemos a direção", disse ele.
  • O Conselho do BCE votou unanimemente por um corte de um quarto de ponto percentual na sua reunião de abril, a sua sétima redução no ciclo atual.
Fachada do Banco Central Europeu (BCE).

Fachada do Banco Central Europeu (BCE).

Reprodução Pexels.

O presidente do banco central austríaco, Robert Holzmann, afirmou na quinta-feira (24) que as taxas de juros da zona do euro devem ser mantidas até que haja mais clareza sobre a trajetória das tarifas americanas e das contramedidas da União Europeia.

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“Há anos não vemos essa incerteza… a menos que ela diminua, com as decisões corretas, teremos que adiar várias de nossas decisões e, portanto, ainda não sabemos em que direção a política monetária deve ser melhor orientada”, disse Holzmann a Carolin Roth, da CNBC, em entrevista nas Reuniões de Primavera do FMI e do Banco Mundial.

Holzmann é amplamente visto como um dos membros votantes mais radicais do Banco Central Europeu, favorável a uma abordagem lenta para flexibilizar a política monetária à medida que a inflação diminui. O Conselho do BCE votou unanimemente por um corte de 25% na reunião de abril, a sétima redução no ciclo atual, mas Holzmann confirmou que tomou a decisão com cautela e considerou necessário aguardar por mais dados.

Ele disse à CNBC que havia um “amplo consenso” em torno da redução das taxas, mas alguma discordância nas margens.

“Minha avaliação é que, neste momento, ainda não estava claro até que ponto as contramedidas [tarifárias] estavam sendo tomadas. Porque, com as contramedidas na Europa, os preços podem ter aumentado. Sem contramedidas, é bem provável que a pressão sobre os preços seja para baixo. E, por enquanto, ainda não sabemos a direção”, disse ele.

Sob as políticas tarifárias do presidente Donald Trump, que abalam o mercado, a União Europeia enfrenta tarifas gerais de 20% sobre suas exportações dos EUA, juntamente com as tarifas americanas de 25% sobre alumínio, aço e automóveis, que a maioria dos países já recebeu. Em 9 de abril, Trump anunciou uma pausa de 90 dias nas tarifas universais, levando a UE a suspender sua própria parcela inicial de contramedidas enquanto as negociações acontecem.

Holzmann disse à CNBC que, embora vários cenários permaneçam possíveis em relação aos preços e à movimentação das taxas, por enquanto a direção é para baixo.

“Antes de analisar os dados em detalhes, a questão é: que tipo de decisões políticas serão tomadas? Teremos alguns aumentos de tarifas? Teremos fortes aumentos de tarifas? Teremos retaliações com altas tarifas de contrapartida?”

“Essa alta incerteza que temos atualmente pode ser encontrada em todos os lugares. Pode ser encontrada no nível do crescimento. Pode ser encontrada no nível das bolsas, nos indicadores dos mercados financeiros. Então, no momento, analisamos tudo e tentamos entender. Mas, por enquanto, é muito cedo para dizer se esses são os dados a serem analisados. Precisamos das decisões.”

Em entrevista à CNBC no início desta semana, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, afirmou que a política monetária havia cumprido sua função e que o processo de desinflação na zona do euro estava “quase concluído”.

“Precisamos continuar verificando os dados”, acrescentou, afirmando que o banco central seria “extremamente dependente dos dados”.

A precificação dos swaps de índice overnight nesta quinta-feira (24) sugeriu expectativas de mercado para outro corte de 25 pontos-base na taxa de juros na próxima reunião do BCE em junho, elevando sua taxa básica para 2%, e outro corte do mesmo tamanho antes do final do ano.

“Pode haver mais cortes este ano, mas o número ainda está pendente”, disse Holzmann nesta quinta-feira (24).

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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