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Desemprego nos EUA sobe ao maior patamar desde 2021

Publicado 16/12/2025 • 20:46 | Atualizado há 3 horas

KEY POINTS

  • As folhas de pagamento não agrícolas cresceram um pouco mais do que o esperado em novembro, mas despencaram em outubro, enquanto o desemprego atingiu o nível mais alto em quatro anos, informou o Bureau of Labor Statistics (BLS)
  • A taxa de desemprego subiu para 4,6%, acima do esperado e no nível mais alto desde setembro de 2021.
  • Além do relatório de novembro, o BLS divulgou uma contagem abreviada de outubro que mostrou uma queda de 105 mil empregos.

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As folhas de pagamento não agrícolas cresceram um pouco mais do que o esperado em novembro, mas despencaram em outubro, enquanto o desemprego atingiu o nível mais alto em quatro anos, informou o Bureau of Labor Statistics (BLS) nesta terça-feira, em dados que foram divulgados com atraso devido à paralisação do governo.

O crescimento do emprego totalizou 64 mil vagas, com ajuste sazonal no mês, acima da estimativa da Dow Jones de 45 mil, e uma recuperação após a forte queda observada em outubro.

A taxa de desemprego subiu para 4,6%, acima do esperado e no nível mais alto desde setembro de 2021. Uma medida mais ampla, que inclui trabalhadores desalentados e aqueles que trabalham em meio período por razões econômicas, aumentou para 8,7%, o maior patamar desde agosto de 2021.

Além do relatório de novembro, o BLS divulgou uma contagem abreviada de outubro que mostrou uma queda de 105 mil empregos. Embora não houvesse uma estimativa oficial, economistas de Wall Street esperavam amplamente um declínio, após um aumento surpresa de 108 mil vagas em setembro.

A queda de outubro foi causada por uma forte redução no emprego do governo, à medida que demissões adiadas no início do ano começaram a entrar em vigor. As folhas de pagamento do governo caíram 162 mil no mês e recuaram mais 6 mil em novembro.

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O declínio de outubro marcou a terceira vez em seis meses em que o número de empregos apresentou saldo negativo. O relatório do BLS também mostrou que os números de agosto foram revisados para baixo em 22 mil, passando a indicar uma perda maior de 26 mil vagas, enquanto a contagem inicial de setembro foi reduzida em 11 mil.

O BLS havia alertado que a pesquisa domiciliar, usada para calcular a taxa de desemprego, seria afetada por vários meses devido aos impactos da paralisação do governo. Dificuldades na coleta dos dados de outubro levaram ao cancelamento tanto do relatório de empregos quanto do índice de preços ao consumidor (CPI), amplamente acompanhado.

Apesar das complicações, o relatório apresentou um retrato já conhecido do mercado de trabalho.

O ambiente de empregos continua marcado por baixa contratação e poucas demissões, afetado também por políticas de fronteira mais rígidas sob o presidente Donald Trump, que reduziram o fluxo habitual de imigrantes na força de trabalho.

Os dados do levantamento empresarial mostraram que a maior parte dos ganhos de novembro veio de uma fonte conhecida: saúde, que adicionou 46 mil empregos, representando mais de 70% do aumento líquido total. A construção cresceu 28 mil, enquanto a assistência social contribuiu com 18 mil vagas.

No lado negativo, transporte e armazenagem perderam 18 mil empregos, parte de uma tendência contínua de cortes no setor. Lazer e hospitalidade também registraram uma perda de 12 mil vagas.

“A economia dos EUA está em uma recessão de empregos”, disse Heather Long, economista-chefe da Navy Federal Credit Union. “O país adicionou apenas cerca de 100 mil empregos nos últimos seis meses. A maior parte dessas vagas foi na área da saúde, um setor que quase sempre está contratando devido ao envelhecimento da população americana.”

Apesar disso, a Casa Branca adotou um tom positivo em relação ao relatório.

“O forte relatório de empregos mostra como o presidente Trump está consertando os danos causados por Joe Biden e criando uma economia forte, com prioridade para os Estados Unidos, em tempo recorde”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, em comunicado. “Os salários dos trabalhadores estão subindo, os preços estão caindo, trilhões de dólares em investimentos estão entrando no país, e a economia americana está pronta para crescer fortemente em 2026.”

Do ponto de vista de política monetária, o Federal Reserve tem enfrentado o desafio de tentar conter uma maior fraqueza no mercado de trabalho sem agravar uma inflação que permanece elevada.

Na reunião mais recente, o banco central reduziu sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, mas sinalizou que o critério para novos cortes está mais rigoroso. O Fed aprovou três reduções consecutivas desde setembro, levando a taxa de referência para uma faixa entre 3,5% e 3,75%.

“O Fed provavelmente não dará muito peso ao relatório de hoje devido às interrupções nos dados”, disse Kay Haigh, co-chefe global de renda fixa e soluções de liquidez da Goldman Sachs Asset Management. “O relatório de emprego de dezembro, divulgado no início de janeiro antes da próxima reunião, deverá ser um indicador muito mais relevante para as decisões de política monetária no curto prazo.”

Os mercados continuaram atribuindo baixa probabilidade a outro corte de juros em janeiro. A chance era de cerca de 24,4% após o relatório de empregos, inalterada em relação à segunda-feira, segundo o FedWatch da CME Group.

Autoridades do Fed têm mantido que o mercado de trabalho não é uma fonte de inflação, e o relatório de terça-feira reforçou essa avaliação.

O salário médio por hora subiu apenas 0,1% no mês, abaixo da estimativa de 0,3%, e avançou 3,5% em relação ao ano anterior, o menor ganho anual desde maio de 2021.

O aumento de 0,1 ponto percentual na taxa de desemprego foi, em grande parte, resultado do crescimento da força de trabalho.

No período de dois meses, o emprego medido pela pesquisa domiciliar aumentou em 407 mil pessoas. No entanto, esse ganho foi parcialmente compensado por um aumento de 323 mil na força de trabalho, à medida que a taxa de participação subiu para 62,5%.

Em outras notícias econômicas divulgadas nesta terça-feira, o Departamento de Comércio informou que as vendas no varejo ficaram estáveis em setembro, contra a previsão de um aumento de 0,1%, segundo dados ajustados sazonalmente, mas não pela inflação. Excluindo automóveis, porém, as vendas cresceram 0,4%, acima da estimativa de 0,2%.

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