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Dólar cai a R$ 5,43 com expectativa de corte de juros pelo Fed e acordos comerciais dos EUA
Publicado 30/06/2025 • 19:14 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 30/06/2025 • 19:14 | Atualizado há 4 meses
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Dólar.
Pixabay.
O dólar registrou uma queda significativa nesta segunda-feira (30) fechando a R$ 5,43, o menor patamar desde setembro do ano passado. Após um aumento de 27,34% em 2024, a moeda americana encerrou o primeiro semestre de 2025 com uma desvalorização de 12,07% em relação ao real.
O dia foi caracterizado por uma nova rodada de enfraquecimento do dólar no cenário global, além de uma queda nas taxas do Tesouro. Isso ocorreu devido à percepção crescente de que o Federal Reserve (Fed) poderá cortar as taxas de juros ainda este ano, em meio a críticas do presidente dos EUA, Donald Trump.
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Moedas de países emergentes, como o real, também se beneficiaram do aumento do apetite por risco, impulsionado por sinais de que os EUA poderiam fechar acordos comerciais importantes antes de 9 de julho. Nesta data, as tarifas recíprocas anunciadas por Trump em 2 de abril, durante o “Liberation Day”, seriam retomadas. As negociações com o Canadá serão reiniciadas após a revogação de impostos sobre empresas de tecnologia dos EUA.
Com o dólar à vista atingindo uma mínima de R$ 5,4247 à tarde, a moeda terminou o dia em queda de 0,89%, a R$ 5,4341, o menor fechamento desde 19 de setembro de 2024. O real obteve o melhor desempenho entre as principais moedas globais, seguido pelo peso chileno.
Cristiano Oliveira, diretor de Pesquisa Econômica do Banco Pine, que em maio previa a queda do dólar para R$ 5,40, vê espaço para uma nova rodada de desvalorização da moeda. “Nossos modelos de curto prazo apontam que o ritmo de valorização do real deve diminuir, mas a apreciação segue sendo a tendência pelos próximos dois, três meses. Acreditamos em dólar a R$ 5,33 até meados de agosto”, afirma Oliveira.
No cenário internacional, o índice DXY, que mede o comportamento do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, caiu cerca de 0,50%, rompendo o piso dos 97 mil pontos, com mínima de 96.806 pontos. O Dollar Index finaliza junho com perdas de aproximadamente 2,6%, levando a desvalorização no ano para perto de 11%, o menor nível desde março de 2022.
Eduardo Velho, economista-chefe da Equador Investimentos, destaca que dados recentes dos EUA, como o Índice de Preços de Gastos com Consumo Pessoal (PCE) de maio e a queda nas expectativas de inflação da Universidade de Michigan, reforçam a perspectiva de cortes de juros pelo Fed no segundo semestre. “Temos também um componente estrutural, que é a perda de apelo do dólar como reserva em favor de commodities metálicas, especialmente o ouro, desde o Liberation Day, que trouxe muita incerteza sobre a economia americana”, afirma Velho.
Alex Lima, fundador e estrategista-chefe da DA Economics, projeta mais apreciação do real e diz que seus modelos apontam para uma taxa de câmbio próxima de R$ 5,30. “Temos uma visão de dólar global mais fraco, com a execução meio desengonçada das políticas comerciais e econômicas da gestão Donald Trump”, afirma Lima. No Brasil, a preocupação com o cenário fiscal permanece em segundo plano, com investidores antecipando uma possível troca de governo para uma gestão “um pouco mais fiscalmente responsável” após as eleições de 2026. “Vemos alguns sinais de que o mercado está precificando menos risco”, acrescenta.
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