Dólar cai, volta a R$ 5,70 e fecha março com recuo
Publicado 31/03/2025 • 19:13 | Atualizado há 1 dia
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Publicado 31/03/2025 • 19:13 | Atualizado há 1 dia
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Já em queda firme desde a primeira etapa de negócios, o dólar à vista acentuou o ritmo de baixa ao longo da tarde desta segunda-feira (31) e desceu até R$ 5,70, acompanhando a diminuição da aversão ao risco no exterior, com a virada das bolsas em Nova York para o campo positivo.
A semana começou com o mercado arisco com a contagem regressiva para o anúncio de tarifas recíprocas pela administração Donald Trump, na próxima quarta-feira (2) no que pode ser o estopim para uma guerra comercial. A moeda norte-americana avançou na comparação com pares e em relação à maioria das divisas emergentes e de exportadores de commodities.
No Brasil, afora uma alta pontual e limitada nos primeiros minutos, o dólar trabalhou em terreno negativo no restante do dia. Com mínima a R$ 5,7016, a divisa fechou a R$ 5,7053, em queda de 0,98%, após três pregões seguidos de valorização. Em março, o dólar recuou 3,57%. No ano, a baixa já é de 7,68%. O real exibiu melhor desempenho entre as principais divisas globais, desconsiderando o rublo russo.
Dois outros pares da moeda brasileira, o peso colombiano e o rand sul-africano também se apreciaram, mas com ganhos menores. “O Brasil é menos afetado pelas tarifas e o carrego ajuda muito. Os estrangeiros já diminuíram bastante a posição comprada em dólar, que é muito cara”, afirma o head da Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, que não descarta a possibilidade de entrada de fluxo externo nesta segunda-feira.
Pela manhã, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, afirmou que a instituição vai buscar a meta de inflação de 3%. Ele reiterou que o BC intervém no mercado de câmbio apenas quando há “disfuncionalidade”, seja no segmento spot, seja no mercado de derivativos.
Operadores até esperavam que a divisa pudesse ganhar força em relação ao real ao longo da tarde, após a definição da última taxa ptax de março e do primeiro trimestre, mas isso não aconteceu. Questões técnicas típicas de fim de mês como ajustes de carteira e rolagem de posições no segmento futuro também influenciaram as negociações.
O gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, observa que a partir da terça-feira, com menos influência de fatores como a disputa pela ptax, o mercado de câmbio local deve ser guiado pela agenda pesada da semana. “O clima é de aversão ao risco e desconforto com a expectativa pelas tarifas de Trump, o que aumenta a volatilidade dos ativos”, diz Galhardo.
Além do tarifaço de Trump na quarta-feira, investidores aguardam a divulgação do relatório de emprego (payroll) nos EUA referente a março e a fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ambos na próxima sexta-feira (4). Por ora, os indicadores ainda mostram atividade americana sólida. Mas houve recentemente piora do sentimento do consumidor e aumento das expectativas inflacionárias.
Há temores de que retaliações de outros países deflagrem uma guerra comercial que tire fogo da economia global. Bancos já veem chances maiores de recessão nos EUA com inflação ainda elevada, a chamada “estagflação”. À tarde, o presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, disse esperar que a economia continue crescendo, mas em ritmo mais lento do que no ano passado.
Williams pontuou que as incertezas em relação às tarifas de Trump ainda são elevadas e que ainda é necessário avaliar qual será o impacto da política comercial americana sobre a atividade. “Não vou prever chances de uma recessão nos EUA”.
Já o presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, afirmou que não vê “cenário de estagflação no momento”. A incerteza sobre o cenário externo, diante da expectativa pelo tarifaço de Trump, dominou a reunião entre economistas e diretores do Banco Central desta segunda-feira.
Em linhas gerais, a avaliação dos analistas é que a mudança na política comercial americana vai levar a uma desaceleração da economia dos EUA e, consequentemente, a um cenário de juros mais baixos. Isso, teoricamente, seria positivo para o real – mas o aumento da aversão ao risco pode enfraquecer a moeda brasileira e pressionar a inflação.
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