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Dona do iFood, Prosus aposta na Índia para produzir uma empresa de US$ 100 bilhões
Publicado 23/06/2025 • 10:39 | Atualizado há 5 horas
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Publicado 23/06/2025 • 10:39 | Atualizado há 5 horas
KEY POINTS
Sede da empresa em Amsterdã, Holanda. A Prosus é uma das maiores investidoras de tecnologia do mundo. Empresa é dona de dezenas de marcas como iFood, Movi e Just Eat Takeaway.com.
Divulgação
A Índia produzirá uma empresa de tecnologia de US$ 100 bilhões nos próximos anos, disse o CEO da Prosus à CNBC nesta segunda-feira (23), enquanto a empresa aposta no país para seu próximo grande investimento.
Prosus, sendo majoritariamente de propriedade da empresa sul-africana Naspers, é um dos maiores investidores em tecnologia do mundo.
A empresa espera poder replicar o sucesso que viu com seu retorno às redes sociais chinesas e ao gigante dos jogos Tencent.
A Naspers, empresa controladora da Prosus, comprou uma participação de quase 50% na Tencent em 2001 por cerca de US$ 32 milhões. Essa participação inicial na Tencent agora vale bilhões de dólares, com a operadora do WeChat avaliada em quase US$ 600 bilhões na segunda-feira.
“As empresas lá [na Índia] ainda são pequenas, nosso investimento lá é de cerca de US$ 10 bilhões, como foi na China há 14 anos”, disse o CEO da Prosus, Fabricio Bloisi, à CNBC.
Qual é o aprendizado? Acreditamos que não será uma empresa de US$ 20 bilhões, mas sim uma empresa de US$ 100 bilhões, talvez uma empresa de meio trilhão de dólares na Índia. Portanto, não estamos investindo lá para vender no próximo mês.
A Prosus investiu em algumas das empresas de tecnologia mais badaladas da Índia, incluindo o serviço de pagamentos PayU e a empresa de comércio eletrônico Meesho. A Prosus também detém pouco menos de 25% da empresa de entrega de alimentos Swiggy, que abriu o capital em novembro.
Bloisi afirmou que a listagem dos investimentos da Prosus na Índia é parte fundamental de sua estratégia. Ele acrescentou que espera que cinco empresas indianas nas quais a Prosus investe realizem uma oferta pública inicial (IPO) este ano.
“Acho que isso é muito bom para a Índia, porque temos os mercados locais investindo em empresas locais. Isso foi crucial para os EUA, foi crucial para a China. Acho que se a Índia conseguir mercados locais mais fortes investindo em tecnologia, será incrível para a Índia”, disse Bloisi.
A Prosus também tem mirado grandes investimentos na Europa e na América Latina.
O manual da empresa gira em torno da ideia de ecossistemas em torno de serviços, algo que a Tencent conseguiu implementar na China. A Tencent administra o maior aplicativo de mensagens da China, o WeChat, que integra recursos como pagamentos e a possibilidade de chamar táxis ou pedir comida.
“Acreditamos que temos ecossistemas, assim como temos na China e nos EUA, como Microsoft, Uber, Google ou Meta. Eles não são apenas um produto. Eles têm um produto que permite vendas cruzadas e tecnologia compartilhada entre muitas outras empresas adjacentes. É isso que estamos fazendo”, disse Bloisi.
Na América Latina, a Prosus tem participações na empresa brasileira de entrega de comida iFood, na empresa de viagens online Decolar e no marketplace online OLX Brasil.
Bloisi disse que entrega de comida e pagamentos são a base de seus investimentos, seguidos por áreas como comércio eletrônico e experiências como viagens.
“Esse é o tipo de ecossistema em que acreditamos. Aprendemos isso com a China e estamos fazendo isso na América Latina agora, com muito, muito sucesso”, disse Bloisi.
Enquanto isso, a Prosus fez neste ano uma proposta para adquirir a gigante europeia de entrega de comida Just Eat Takeaway.com em um acordo totalmente em dinheiro avaliado em cerca de 4,1 bilhões de euros (US$ 4,7 bilhões).
Bloisi afirmou que a Prosus iniciou oficialmente na segunda-feira os procedimentos para solicitar autorização à Comissão Europeia para aprovar o acordo. O CEO da Prosus disse estar “otimista” de que os reguladores europeus “o aprovarão rapidamente”.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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