Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Em carta, CNI faz apelo por bom senso em disputa comercial com os EUA
Publicado 28/07/2025 • 11:01 | Atualizado há 1 dia
Negociadores dizem que aprovação de Trump é necessária para estender a pausa tarifária entre EUA e China
Acordo comercial entre EUA e UE pode ter um vencedor inesperado: o Reino Unido
Merck planeja cortar US$ 3 bilhões em custos até o final de 2027 e ajusta sua perspectiva para o ano
CEO da AstraZeneca reforça compromisso com os EUA em meio a rumores sobre mudança de listagem
Índia supera China e se torna a maior exportadora de smartphones para os EUA
Publicado 28/07/2025 • 11:01 | Atualizado há 1 dia
KEY POINTS
Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban.
Divulgação CNI.
Em meio à crescente tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou uma carta pública nesta segunda-feira (28) defendendo o bom senso nas negociações bilaterais e criticando o que chamou de “tarifaço” – um expressivo aumento das tarifas americanas sobre as exportações brasileiras.
A entidade, que já havia feito tratativas anteriores com representantes americanos, pede que os dois países evitem o escalonamento da disputa e busquem uma solução técnica, isenta de ideologias e posicionamentos políticos extremos.
Leia mais:
Quais países já fecharam acordos tarifários com Trump?
Europa se opõe a acordo comercial “desequilibrado” dos EUA
Segundo a CNI, a elevação tarifária de 10% para até 50% é considerada “inexequível” e sem justificativa econômica plausível. A carta, assinada por Ricardo Alban, presidente da entidade, reforça o compromisso da indústria brasileira com o diálogo e reitera o posicionamento contrário a qualquer medida que ameace a relação diplomática e comercial entre os dois países.
Leia abaixo a íntegra da carta:
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) vem a público reiterar sua posição sobre a provável implantação do expressivo e injustificável aumento das tarifas americanas sobre as exportações brasileiras. Já nos manifestamos, realizamos diversas tratativas e reivindicamos a revogação e até mesmo a prorrogação por 90 dias do chamado “tarifaço”. Também pedimos que a recente “investigação” aberta pelo EUA seguisse o processo formal.
Como é de pleno conhecimento de todos os brasileiros e americanos, não existe qualquer justificativa econômica/comercial para o Brasil ter saído de uma posição do “piso” de 10% para uma inexequível posição de “teto” de 50%.
Queremos acreditar que tal situação não se deva única e exclusivamente a uma escalada de posições políticas e geopolíticas! O que, certamente, seria inaceitável para não só às relações comerciais, bem como para toda a sociedade brasileira e americana. É imperativo refletir sobre possíveis equívocos de natureza política/ideológica que tenham agravado a presente situação.
O Brasil precisa priorizar seus reais interesses, em nome do bem comum de todos e da verdadeira soberania de qualquer nação: o que realmente importa é o que traz benefícios e entregas para seu povo!
Vamos olhar objetivamente para frente e termos os recentes equívocos como um grande aprendizado para enfrentar os futuros desafios. Temos observado referências de outros países que, definitivamente, estão negociando e buscando bons termos independentemente de posições ideológicas e geopolíticas.
Vamos focar em clarificar os entendimentos que levam a posições políticas exacerbadas. Devemos ser pragmáticos nas discussões meramente técnicas como temos visto por parte de outros países em desenvolvimento. Devemos manter uma das maiores conquistas do Brasil, de ser uma nação com boa relação internacional com todos (friendly). Enfim, acreditamos que se mantivermos uma posição de focar em esclarecer e desmistificar os equívocos, não perderemos qualquer conceito de soberania.
Sim, devemos buscar não perder a razão e manter a nítida e clara postura de enfrentar os desafios de forma retilínea e com altivez de quem, efetivamente, quer o melhor para a sua sociedade. Mesmo tendo que enfrentar situações adversas e ou provocativas. Afinal, o equilíbrio e o bom senso sempre prevalecem.
Somos, definitivamente, contrários a qualquer escalonamento das discussões do comércio bilateral entre o Brasil e os EUA, assim como nos colocamos a inteira disposição para os pertinentes alinhamentos necessários ao processo de negociação, inclusive para o atual processo da investigação da Seção 301 aberta pelos EUA. O Brasil é da nação brasileira, composta por todos brasileiros e suas instituições. Esperamos o consenso e o bom-senso para o desfecho desse equívoco que é taxação de 50% sobre as exportações brasileiras.
Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
—
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
EXCLUSIVO CNBC: Lutnick diz que produtos não cultivados nos EUA podem ter tarifa zero e cita café
Camex avalia “queda de braço” entre montadora chinesa e Anfavea nesta quarta-feira (30)
Acordo comercial entre EUA e UE pode ter um vencedor inesperado: o Reino Unido
Merck planeja cortar US$ 3 bilhões em custos até o final de 2027 e ajusta sua perspectiva para o ano
“Parceiros russos podem ser taxados em 100%”, diz Bessent