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Estilista, homem de negócios, visionário: Giorgio Armani redefiniu a moda de luxo e desenhou um império de US$ 9 bilhões
Publicado 04/09/2025 • 16:01 | Atualizado há 5 horas
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Publicado 04/09/2025 • 16:01 | Atualizado há 5 horas
KEY POINTS
O mundo da moda perdeu nesta quinta-feira (4) um de seus principais “arquitetos”: Giorgio Armani, que morreu em Roma aos 91 anos. Mais que um estilista, Armani foi um símbolo de elegância silenciosa, um costureiro que entendeu cedo que moda também é negócio — e que ergueu um império que atravessou décadas sem perder identidade.
Fundador da grife homônima, ele transformou seu sobrenome em marca global e ocupava a 360ª posição no ranking da Bloomberg dos mais ricos do planeta, com patrimônio estimado em US$ 9,43 bilhões (cerca de R$ 51,4 bilhões). A fortuna tinha lastro sólido: sua participação integral em uma empresa de capital fechado, sediada em Milão, que faturou 2,3 bilhões de euros (US$ 2,7 bilhões) apenas em 2024.
Na indústria em que tantas casas tradicionais foram engolidas por conglomerados de luxo, Armani escolheu um caminho raro: o da independência radical. Segundo Gustavo Sarti, apresentador do programa Marcas Icônicas, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, e especialista em branding e lifestyle, essa autonomia lhe garantiu “coerência de gestão e visão de longo prazo”. E foi assim que Armani desenhou não apenas ternos impecáveis, mas também uma estratégia de negócios que serviu de manual para sucessores.
Sua trajetória foi marcada por um equilíbrio improvável: entre a discrição milanesa e a visibilidade global, entre o corte minimalista e a ambição maximalista de erguer um império. Armani deixa como legado não só roupas, mas a prova de que a moda pode ser, ao mesmo tempo, arte, cultura e capital.
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Como Giorgio Armani transformou a moda em um negócio bilionário
A diversificação foi uma das chaves do sucesso de Giorgio Armani. O estilista não se limitou ao prêt-à-porter: construiu um império que se estendeu da alta-costura (Armani Privé) às linhas esportivas (EA7), do lifestyle acessível (Armani Exchange) ao mobiliário de luxo (Armani Casa), sem esquecer dos cosméticos, em parceria com a L’Oréal.
“Armani criou um universo de consumo que abrange vestuário, beleza, design de interiores, hotelaria e gastronomia — o que o posiciona não só como estilista, mas como um dos principais estrategistas empresariais do lifestyle contemporâneo”, concluiu Gustavo Sarti.
Reconhecido por redefinir a elegância masculina e feminina, Armani ficou célebre por tornar os ternos mais leves, fluidos e confortáveis, rompendo com a rigidez clássica. “Ele achava que a elegância tinha muito a ver com conforto, algo que hoje parece óbvio, mas que ele já defendia há mais de 30 anos”, lembrou o estilista brasileiro Reinaldo Lourenço, em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC nesta quinta-feira (4).
Armani se manteve ativo até o fim, trabalhando intensamente e acompanhando cada coleção com olhar minucioso. “Ele trabalhava até duas, três horas da manhã e administrava todo o negócio com muita inteligência. Talvez seja o grupo mais forte da Itália quando se trata de moda”, destacou Lourenço.
O especialista ressaltou ainda a fidelidade de Armani ao próprio estilo e sua disciplina como inspiração para novas gerações. “O legado que ele deixa é profissionalismo, determinação, estilo pessoal e elegância. Ele foi um exemplo de dedicação absoluta ao trabalho”, afirmou.
Agora, o desafio é a continuidade da identidade da grife. Lourenço lembrou que a sobrinha de Armani já participa da gestão e que a empresa conta com uma equipe robusta de designers para dar sequência ao trabalho. Ainda assim, a ausência de um novo diretor criativo oficial gera expectativa sobre o futuro da marca.
“O mundo inteiro gosta do Giorgio Armani. Ele entendia a sua marca e soube vendê-la para o mundo inteiro”, concluiu Lourenço.
As homenagens a Giorgio Armani multiplicaram-se nesta quinta-feira (4), após a morte do estilista aos 91 anos em Roma. Referência incontornável da moda mundial, Armani foi celebrado não apenas por seu legado criativo e empresarial, mas também pela relação próxima com estrelas de Hollywood e membros da realeza que vestiram suas criações ao longo de décadas.
A atriz Julia Roberts, que frequentemente escolhia o estilista para tapetes vermelhos, definiu Armani como “um verdadeiro amigo e uma lenda”. Já a italiana Claudia Cardinale, ícone do cinema europeu, confessou estar “tomada por uma dor imensa” com a notícia. Aos 87 anos, lembrou com emoção: “Conhecer Giorgio foi um divisor de águas na minha vida. Marcou minha transição para uma nova mulher, independente e livre. Meu coração está em pedaços. Giorgio para sempre.”
O ator australiano Russell Crowe compartilhou no X uma memória particular: sua primeira ida a Cannes, em 1997, quando sua mala foi extraviada e ele acabou comprando um terno Armani. “Ali começou um caso de amor com os ternos Armani que dura até hoje”, escreveu.
No universo da moda e dos negócios, os tributos vieram carregados de reverência. Bernard Arnault, à frente do conglomerado LVMH, destacou o talento e a visão de seu rival. “Armani deu à elegância italiana um alcance e prestígio mundial. Criou um estilo único, feito de luz e sombra, que ele transformou em uma aventura empresarial de enorme sucesso”, declarou em nota. Segundo a Forbes, a fortuna pessoal do estilista superava US$ 12 bilhões (cerca de R$ 65,6 bilhões).
O grupo LVMH frisou ainda que Armani foi “o último representante da geração de ouro dos estilistas do pós-guerra”, responsáveis por redefinir ano após ano os padrões da mais alta elegância.
Outros gigantes do setor reforçaram a perda. Donatella Versace resumiu: “O mundo perdeu um gigante hoje. Ele fez história e será lembrado para sempre.” Já Francois-Henri Pinault, presidente do grupo Kering, afirmou que Armani foi um “visionário notável” que “redefiniu o conceito de elegância” e cuja influência continuará a inspirar gerações inteiras.
Em um gesto breve, mas simbólico, Jonathan Anderson, diretor criativo da Dior, publicou em seu Instagram uma foto histórica: Armani inspecionando o figurino de Robert De Niro no set de Cassino, ao lado de *Martin Scorsese. A legenda não precisava de adjetivos: “O melhor.”
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