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CNBCTrump oficializa acordo com o Tik Tok avaliado em US$ 14 bilhões

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EXCLUSIVO: especialista avalia acordo bilionário entre Trump e ByteDance pelo controle do TikTok

Publicado 26/09/2025 • 07:00 | Atualizado há 4 horas

KEY POINTS

  • O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aprovou uma ordem executiva que formaliza o acordo para manter o TikTok ativo no país, avaliado em US$ 14 bilhões pelo vice-presidente JD Vance.
  • O especialista avalia que, mesmo com a aprovação, há incertezas sobre o funcionamento da plataforma nos EUA, incluindo controle acionário, armazenamento de dados e o algoritmo de recomendação, que é considerado o maior diferencial do TikTok.
  • Para o especialista, o sucesso da plataforma dependerá da aceitação dos usuários, que decidirão se continuarão usando o TikTok diante de possíveis restrições ou mudanças.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira (25) uma ordem executiva aprovando o acordo proposto que manteria o TikTok ativo no país. O vice-presidente JD Vance disse que a avaliação é de US$ 14 bilhões.

Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, Rafael Coimbra, editor executivo da MIT Technology Review Brasil, destacou que a medida formaliza a negociação conduzida pela Casa Branca, mas que ainda depende do aval da ByteDance e do governo chinês.

“Tem muita gente comemorando, sobretudo o governo norte-americano, mas o que a gente viu, na verdade, é um meio acordo, porque o presidente Donald Trump coloca alguns detalhes a mais […] a gente ainda não sabe exatamente como vai funcionar nos Estados Unidos”, ponderou.

O especialista explicou que a operação envolve diferentes camadas. No campo financeiro, discute-se o controle acionário, com a possibilidade de a ByteDance manter até 20% da operação nos EUA. Na parte tecnológica, empresas como a Oracle podem assumir a infraestrutura de dados em território americano.

Algoritmo

Ainda assim, a principal dúvida está nos algoritmos que determinam o funcionamento da plataforma. Coimbra destacou que o diferencial do TikTok está na entrega de conteúdo personalizado:

“No momento em que você cria um TikTok USA e bloqueia conteúdos de fora ou eventualmente publicações norte-americanas que vão para fora, podemos até estar falando de uma empresa chamada TikTok USA, mas o funcionamento será completamente diferente”, disse.

“Resta saber se os norte-americanos vão continuar curtindo o TikTok e produzindo conteúdo para ele, se houver algum tipo de restrição”, acrescentou.

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Para o especialista, ainda não está claro quais informações serão armazenadas nos servidores nos EUA nem como será feito o bloqueio de conteúdos estrangeiros. “Acho muito difícil que a ByteDance, o TikTok original, entregue isso aos norte-americanos de bandeja, porque é um segredo e um segredo milionário. Talvez o maior destaque do TikTok seja exatamente esse algoritmo, que é muito elogiado por todos os usuários”, afirmou.

Em relação à concorrência, ele ressaltou que está intensa no setor: “Hoje existem diversas plataformas similares. Todo mundo tenta copiar o TikTok: YouTube, Instagram e X estão produzindo vídeos curtos com algoritmos parecidos para enfrentar a concorrência.”

Coimbra também afirmou que a principal preocupação continua sendo a proteção dos dados. Ele apontou que o discurso de segurança nacional parece contraditório, considerando que Trump começou a usar o TikTok e que a Casa Branca inaugurou uma conta oficial na plataforma.

“Então, onde está aquele discurso de segurança nacional que ouvimos por anos?”, questionou o especialista, referindo-se à coleta de dados pelo governo chinês.

Disputa

Na avaliação sobre o aspecto político e geopolítico da medida, ele afirmou que o governo americano busca proteger empresas locais e enviar um recado à China. “Nós protegemos as nossas indústrias, queremos que as nossas empresas tenham controle, domínio e prosperem de acordo com os princípios norte-americanos”, disse, ressaltando que a ação mostra que os EUA querem competir em igualdade ou superioridade com os chineses.

Apesar da pressão do governo, o especialista reforçou que o futuro do TikTok dependerá da aceitação do público. “São os consumidores que vão decidir se continuam usando a plataforma. Qualquer interferência pode acabar com a graça do TikTok. Não adianta nada, a não ser que você obrigue as pessoas a usar a plataforma.”

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