Expectativa de recessão nos EUA entre CEOs diminui após susto de abril, aponta pesquisa
Publicado 09/06/2025 • 15:05 | Atualizado há 4 horas
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Publicado 09/06/2025 • 15:05 | Atualizado há 4 horas
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Pixabay
Líderes empresariais estão recuando nas expectativas de recessão para os Estados Unidos, que haviam disparado após o anúncio de tarifas pelo presidente Donald Trump, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (9).
Menos de 30% dos CEOs preveem uma recessão leve ou severa nos próximos seis meses, de acordo com a pesquisa feita na semana passada pelo Chief Executive Group, que ouviu mais de 270 executivos. O número representa uma queda em relação aos 46% registrados em maio e aos 62% de abril.
A parcela de CEOs que agora esperam algum nível de crescimento da economia dos EUA também aumentou significativamente, ultrapassando os 40%. Em abril, esse percentual era de apenas 23%.
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As expectativas de crescimento econômico estagnado também subiram nos últimos meses, passando de 15% em abril para mais de 30%. O movimento ocorre em meio a questionamentos no mercado sobre a possibilidade de um cenário de “estagflação” — termo usado para descrever um ambiente com crescimento econômico fraco e inflação persistente.
Os dados mais recentes da Chief Executive refletem uma mudança na percepção dos líderes corporativos dos EUA, à medida que acompanham a evolução da política tarifária do presidente Trump.
Muitas grandes empresas mantiveram suas projeções de lucros inalteradas, citando a incerteza sobre o que a política comercial final do presidente incluirá ou deixará de incluir.
Trump provocou forte instabilidade nos mercados financeiros em abril ao anunciar seu plano de impor tarifas amplas e elevadas a diversos países e territórios, medida que gerou preocupações entre os investidores sobre possíveis impactos no consumo. Pouco depois, ele suspendeu muitas dessas tarifas, o que ajudou o mercado a recuperar boa parte das perdas.
A Casa Branca vem negociando acordos com outros países durante esse período de suspensão, que deve terminar no início do próximo mês. O governo Trump anunciou um acordo com o Reino Unido e está em negociações com a China nesta segunda-feira, em Londres.
A possibilidade de uma desaceleração econômica voltou a ser um tema quente no meio corporativo. Termos como “recessão” e variações semelhantes já apareceram em 150 teleconferências de resultados de empresas do S&P 500 neste ano — cerca do dobro do registrado no mesmo período de 2024, segundo uma análise da CNBC com base em dados da FactSet.
“Reconhecemos que mudanças drásticas na política comercial global podem contribuir para uma maior volatilidade macroeconômica, com potencial de levar certas regiões à recessão”, disse Michael DeVeau, diretor financeiro da International Flavors & Fragrances, durante a teleconferência de resultados da empresa no mês passado.
Empresas têm alertado que as tarifas podem afetar negativamente seus lucros e que precisarão repassar os custos maiores aos consumidores por meio de aumentos de preços. Algumas também relataram que o temor crescente de uma recessão tem levado os consumidores a cortar gastos.
O índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, amplamente acompanhado pelo mercado, caiu para perto dos níveis mais baixos já registrados, reflexo da preocupação da população com os anúncios de tarifas.
Por outro lado, uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo Federal Reserve de Nova York traz uma visão mais otimista. Os dados mostram que o consumidor médio está menos preocupado com a inflação após Trump recuar em algumas de suas propostas mais duras de política comercial.
“Do ponto de vista macroeconômico, acho que o pior já passou”, afirmou Edward Decker, CEO da Home Depot, no mês passado. “Saímos de uma situação em que parecia quase certa uma recessão e uma correção nos mercados no início de abril, para um cenário em que o mercado de ações se recuperou totalmente e as expectativas de recessão caíram bastante no último mês.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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