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Fed dá indícios de rumo dos juros nos Estados Unidos; confira

Publicado 09/12/2025 • 18:30 | Atualizado há 5 horas

KEY POINTS

  • Fed deve anunciar seu terceiro corte seguido, levando os juros para 3,5–3,75%, mas com discurso de cautela sobre novos movimentos
  • FOMC está dividido entre quem defende cortar mais para sustentar o mercado de trabalho e quem teme reacender a inflação
  • Investidores acompanham dot plot, projeções econômicas e sinais sobre o balanço, enquanto Powell deve reforçar tom duro para conter expectativas de cortes adicionais

Reprodução CNBC

Presidente do Federal Reserve Jerome Powell

O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) caminha para anunciar, nesta quarta-feira (9), seu terceiro corte consecutivo de 0,25 ponto percentual na taxa de juros dos Estados Unidos. A decisão, porém, deve vir acompanhada de um recado claro: o ciclo de cortes pode estar chegando ao fim, pelo menos por enquanto.

Se a expectativa do mercado se confirmar, a taxa básica americana cairá para o intervalo entre 3,5% e 3,75%. Mas o movimento acontece em meio a um FOMC dividido e a sinais mistos da economia dos EUA, o que aumenta o peso da comunicação de Jerome Powell.

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Um “corte com tom duro”

A expressão do momento em Wall Street é “hawkish cut”, ou seja, um corte de juros combinado com uma mensagem dura sobre o que vem pela frente.

Membros do comitê discordam sobre a necessidade de seguir cortando:

  • Um grupo defende reduzir mais para evitar uma deterioração maior no mercado de trabalho;
  • Outro diz que os cortes já avançaram demais, ameaçando reacender a inflação.

Bill English, ex-diretor de política monetária do Fed, resume: “O cenário mais provável é um corte, mas com o comunicado e a coletiva indicando que isso pode ser tudo por agora.”

Além da decisão em si, investidores vão monitorar:

  • A nova atualização do dot plot, com as projeções individuais para juros;
  • Estimativas para PIB, inflação e desemprego;
  • Sinais sobre eventuais mudanças na política de balanço — incluindo a possibilidade de o Fed retomar compras de títulos, após meses apenas deixando os papéis vencerem sem reposição.

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A coletiva de Powell deve reforçar a linha mais cautelosa. Analistas esperam que ele faça questão de explicar os motivos dos membros que votarem contra o corte, algo que praticamente todos consideram inevitável nesta reunião.

Os dados mais recentes mostram um mercado de trabalho que começa a esfriar:

  • 218 mil contratações a menos em outubro;
  • 73 mil demissões a mais;
  • Vagas praticamente estáveis.

Na inflação, o indicador favorito do Fed subiu 2,8% em setembro, abaixo das projeções, mas ainda bem distante da meta de 2%.

Loretta Mester, ex-presidente do Fed de Cleveland, diz que esse cenário exige cuidado. “A inflação está acima da meta. Não é só efeito das tarifas. A política precisa continuar restritiva”, afirmou.

Mesmo assim, Mester acredita que o FOMC vai entregar mais um corte nesta quarta-feira.

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