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Incerteza econômica divide o mercado imobiliário de luxo, aponta Coldwell Banker
Publicado 27/06/2025 • 09:47 | Atualizado há 2 meses
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KEY POINTS
Casas em São Francisco, nos EUA
Pixabay
A instabilidade econômica está criando uma divisão no mercado imobiliário de luxo entre compradores ultrarricos e os meramente ricos, de acordo com um novo relatório da corretora Coldwell Banker.
A pesquisa, que ouviu cerca de 200 corretores especializados em imóveis de alto padrão, mostrou que os compradores ultrarricos — definidos como indivíduos com patrimônio de pelo menos US$ 30 milhões — continuam realizando aquisições de alto valor, mesmo diante de temores relacionados a guerras comerciais e uma possível recessão.
Esses compradores também impulsionam um aumento significativo nas transações feitas à vista.
Enquanto isso, os compradores ricos, mas menos abastados, estão mais sensíveis às taxas de juros elevadas e têm adotado uma postura mais cautelosa, segundo o relatório.
Pouco mais da metade dos corretores entrevistados relatou um aumento leve ou substancial nas compras em dinheiro em 2025. Somente 3,9% disseram ter observado uma queda nas compras à vista nos primeiros cinco meses do ano, enquanto 45,4% indicaram estabilidade nesse tipo de transação.
Jason Waugh, presidente da Coldwell Banker Affiliates, disse ao Inside Wealth que os juros altos são um fator determinante para esse movimento.
“O dinheiro em espécie dá controle ao comprador. Proporciona alavancagem, rapidez e segurança”, afirmou. “Mas o principal motivo é o custo elevado dos financiamentos. Por que assumir essas taxas se você tem recursos para fechar a compra à vista?”
Waugh, que atua no setor há quase 32 anos, acrescentou que o mercado imobiliário tende a se tornar mais atrativo em períodos de incerteza econômica.
Segundo o levantamento, pouco mais de dois terços dos corretores afirmaram que seus clientes ricos estão mantendo ou aumentando sua exposição ao setor imobiliário. Apenas 11,3% disseram que os clientes haviam migrado para ações ou outros ativos financeiros, enquanto 20,6% relataram adiamentos de compra devido à instabilidade econômica ou ao comportamento volátil do mercado de ações.
“Tem sido uma montanha-russa, e o mercado é cíclico. No fim das contas, o imóvel é um ativo tangível que preserva patrimônio e serve como proteção contra a inflação”, afirmou Waugh. “Os dados confirmam a narrativa de que as pessoas ainda veem o setor como um ótimo meio de acumular riqueza, mesmo no ambiente econômico mais incerto dos últimos dez anos.”
Apesar do crescimento nas vendas de imóveis de luxo nos primeiros cinco meses de 2025, o setor sofreu um revés em maio — o primeiro mês completo após a queda do mercado de ações em abril.
Segundo dados do Institute for Luxury Home Marketing, citados no relatório, as vendas de residências unifamiliares de luxo caíram 4,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto as vendas de imóveis anexos (como casas geminadas e apartamentos) recuaram 21,1%.
Ainda de acordo com Waugh, os corretores observam um número maior de clientes reduzindo os preços de tabela neste ano em comparação com anos anteriores. Os valores medianos de venda estão em US$ 1,7 milhão para casas unifamiliares de luxo e US$ 1,25 milhão para casas geminadas.
Além disso, os compradores estão mais exigentes do que nos últimos anos. Entre os itens mais requisitados estão eletrodomésticos de última geração — como geladeiras inteligentes —, comodidades de spa e espaços integrados de convivência interna e externa, com lareiras e cozinhas gourmet.
Segundo Waugh, os compradores de imóveis de luxo pela primeira vez são os mais detalhistas.
“Eles muitas vezes estão esticando o orçamento, considerando o atual patamar de preços, e por isso são muito mais criteriosos na hora de escolher onde morar, nas comodidades disponíveis e nas condições do imóvel no momento da entrega”, disse. “O cenário deste ano é completamente diferente dos dois anos anteriores.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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