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Índia deve investir US$ 62 bilhões em energia nuclear, dizem fontes
Publicado 17/02/2025 • 15:00 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 17/02/2025 • 15:00 | Atualizado há 4 meses
KEY POINTS
Índia anuncia investimento em energia nuclear.
Pixabay.
A estatal indiana NTPC pretende construir 30 gigawatts (GW) de capacidade nuclear nos próximos 20 anos, três vezes mais do que o previsto inicialmente, com um investimento de US$ 62 bilhões (cerca de R$ 362,8 bilhões, na cotação atual), segundo três fontes com conhecimento direto do assunto.
Maior produtora de energia da Índia, a NTPC opera principalmente usinas a carvão e busca terrenos para viabilizar seu ambicioso plano em um país onde a resistência local a projetos nucleares costuma ser alta.
O plano original da NTPC era atingir 10 GW de capacidade nuclear, mas a empresa decidiu triplicar a meta após o governo anunciar este mês a abertura do setor para investimentos estrangeiros e privados.
“Assim como liderou o setor térmico, a NTPC pretende liderar o programa nuclear da Índia”, disse uma das fontes. “Os locais identificados são promissores e têm potencial para uma grande expansão de capacidade.”
A NTPC não respondeu a um pedido de comentário.
A Índia se comprometeu a atingir 500 GW de geração de eletricidade a partir de fontes não fósseis até 2030 e quer ter pelo menos 100 GW de capacidade nuclear até 2047.
Atualmente, a estatal Nuclear Power Corp of India é a única operadora de energia nuclear do país, com uma capacidade de cerca de 8 GW e planos para chegar a 20 GW até 2032.
A NTPC já está construindo duas usinas nucleares de 2,6 GW, uma em Madhya Pradesh e outra no Rajastão, em parceria com a Nuclear Power Corp.
A empresa busca aprovações iniciais para terrenos em oito estados e avalia 27 localidades para estudos detalhados, segundo as fontes. O objetivo é evitar os obstáculos que historicamente dificultaram o crescimento da energia nuclear no país, como resistência popular e desafios na aquisição de terras.
Entre os estados considerados estão Gujarat, terra natal do primeiro-ministro Narendra Modi, Uttar Pradesh, Madhya Pradesh, Andhra Pradesh e Tamil Nadu.
As áreas avaliadas poderiam viabilizar pelo menos 50 GW de capacidade nuclear, segundo as fontes.
Empresas privadas indianas, como Tata Power, Vedanta, Reliance Industries e Adani Power, já demonstraram interesse no setor nuclear, segundo a Reuters.
A NTPC criou recentemente a subsidiária NTPC Parmanu Urja Nigam, que deverá liderar os investimentos no setor, incluindo parcerias estratégicas.
A companhia está em negociações com empresas estrangeiras, como EDF (França), General Electric e Holtec International (EUA), para a construção de pequenos reatores nucleares, segundo fontes.
A EDF afirmou que está pronta para colaborar com parceiros industriais indianos no desenvolvimento de reatores modulares. General Electric e Holtec não responderam aos pedidos de comentário.
Na semana passada, durante visitas à França e aos Estados Unidos, Modi declarou que seu governo pretende trabalhar com ambos os países para expandir a indústria nuclear indiana.
Atualmente, a Lei de Energia Atômica de 1962 proíbe investimentos privados em usinas nucleares na Índia. Além disso, as rígidas regras de responsabilidade da Lei de Danos Civis por Acidentes Nucleares de 2010 afastam fornecedores estrangeiros de combustível e equipamentos, como GE e Westinghouse.
A ministra das Finanças, Nirmala Sitharaman, propôs mudanças nessas leis e prometeu um investimento de 200 bilhões de rúpias (US$ 2,3 bilhões) para pesquisa e desenvolvimento de reatores modulares pequenos (SMRs), com pelo menos cinco unidades operacionais até 2033.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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