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Tarifas de Trump afetam portos e podem gerar escassez nos EUA

Publicado 03/05/2025 • 07:30 | Atualizado há 16 horas

AFP

KEY POINTS

  • Após recuos, ele manteve uma tarifa geral de 10%, aplicada ao importador. A medida afeta não só a costa oeste, mas também portos no leste e no Golfo do México, que Trump agora chama de “Golfo da América”.
  • No início do ano, empresas americanas correram para estocar produtos antes da entrada das tarifas. Agora, seguram as compras e esgotam os estoques.
  • Segundo Seroka, os varejistas têm de cinco a sete semanas de inventário disponível. Sem recuo nas tarifas, ele alerta para prateleiras mais vazias, preços maiores e menos opções para os consumidores.

Jim Watson | Afp | Getty Images (Redação CNBC)

No Porto de Los Angeles, o ritmo frenético de guindastes descarregando contêineres da Ásia desacelerou drasticamente.

“Dá pra ouvir um alfinete cair, é algo muito incomum”, disse o diretor do porto, Gene Seroka. Junto com o Porto de Long Beach, a região é a principal porta de entrada de produtos vindos da China e do restante da Ásia e está entre as primeiras vítimas das novas tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump.

Com tarifas que chegam a 145% sobre produtos chineses, muitos importadores reduziram pedidos de móveis, brinquedos e roupas.

Para a semana de 4 de maio, o Porto de Los Angeles espera receber até 35% menos carga em comparação ao mesmo período do ano passado.

Long Beach projeta queda de 30% nas importações para todo o mês. Dezenas de embarcações já cancelaram viagens.

“Muitos varejistas e fabricantes apertaram o botão de pausa”, afirmou Seroka. “Hoje, o custo de um produto vindo da China está até 2,5 vezes mais alto do que no mês passado.”

Trump anunciou tarifas contra praticamente todos os países, incluindo uma ilha povoada por pinguins, usando critérios que confundiram economistas.

Saiba detalhes: Indicador de inflação preferido do Fed dos EUA esfriou antes das tarifas de Trump

Após recuos, manteve uma tarifa geral de 10%, aplicada ao importador. A medida afeta não só a costa oeste, mas também portos no leste e no Golfo do México, que Trump agora chama de “Golfo da América”.

No início do ano, empresas americanas correram para estocar produtos antes da entrada das tarifas. Agora, seguram as compras e esgotam os estoques.

Segundo Seroka, os varejistas têm de cinco a sete semanas de inventário disponível. Sem recuo nas tarifas, ele alerta para prateleiras mais vazias, preços maiores e menos opções para os consumidores.

“A classe média será atingida diretamente no bolso”, afirmou.

Antonio Montalbo, dono de uma transportadora na Califórnia, já enfrenta os efeitos. Ele precisa substituir uma peça fabricada na China, cujo preço dobrou.

“Trump criou um ambiente hostil para os motoristas nos portos”, disse. Apesar de ter votado em Trump esperando controle da inflação, agora se sente traído: “Achei que ele fosse um empresário. Agora temos algo pior que inflação tarifas.”

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