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Inflação cai abaixo da meta e BC Europeu reduz taxas de juros
Publicado 05/06/2025 • 10:17 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 05/06/2025 • 10:17 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Fachada do Banco Central Europeu (BCE).
Foto: Freepik.
O Banco Central Europeu anunciou nesta quinta-feira (5) um corte de 25 pontos-base na taxa de juros, elevando a taxa da facilidade permanente de depósito para 2%, abaixo da máxima de 4% registrada em meados de 2023.
Isso eleva a taxa de facilidade de depósito para 2%, abaixo da máxima de 4% registrada em meados de 2023. Antes do anúncio, os operadores estimavam uma probabilidade de quase 99% de um corte de 25 pontos-base, de acordo com dados do LSEG.
“Em particular, a decisão de reduzir a taxa de facilidade de depósito — a taxa pela qual o Conselho do BCE orienta a postura da política monetária — baseia-se na sua avaliação atualizada das perspetivas de inflação, na dinâmica da inflação subjacente e na força da transmissão da política monetária”, afirmou o BCE no seu comunicado.
Um membro do conselho do BCE não apoiou a decisão de cortar as taxas, disse a presidente do BCE, Christine Lagarde, durante uma coletiva de imprensa após o anúncio.
O índice pan-europeu Stoxx 600 manteve-se estável após o anúncio, sendo negociado em alta de cerca de 0,3%, enquanto o euro subiu 0,2% em relação ao dólar.
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A inflação da zona do euro caiu abaixo da meta de 2% do BCE, atingindo 1,9%, abaixo do esperado, de acordo com dados preliminares publicados no início desta semana.
Nesta quinta-feira (5), o BCE também divulgou suas últimas projeções econômicas, dizendo que agora prevê uma inflação média de 2% em 2025. Isso se compara à previsão de março de 2,3%.
“As revisões para baixo em comparação com as projeções de março, em 0,3 ponto percentual para 2025 e 2026, refletem principalmente premissas mais baixas para os preços da energia e um euro mais forte”, disse o banco central.
Enquanto isso, a inflação básica foi revisada para cima da estimativa anterior de março de 2,2%, para uma expectativa de 2,4% neste ano.
Lagarde, no entanto, observou que “as perspectivas para a inflação na zona do euro são mais incertas do que o normal”.
O crescimento econômico, no entanto, continuou fraco, mesmo com a redução das taxas de juros. A estimativa mais recente mostra que, no primeiro trimestre de 2025, a zona do euro cresceu 0,3%.
O BCE manteve sua previsão de crescimento para 2025 inalterada em 0,9%, devido a um primeiro trimestre do ano mais forte do que o esperado, aliado a uma perspectiva mais fraca.
“Embora a incerteza em torno das políticas comerciais deva pesar sobre o investimento empresarial e as exportações, especialmente no curto prazo, o aumento do investimento governamental em defesa e infraestrutura apoiará cada vez mais o crescimento no médio prazo”, afirmou o BCE.
A decisão do banco central ocorre em um momento crítico para a economia da zona do euro, com empresas e formuladores de políticas enfrentando crescente incerteza devido ao aumento das tensões geopolíticas.
A política tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump, é uma das principais preocupações, com a expectativa de que as tarifas pesem fortemente sobre o crescimento econômico. Algumas das tarifas setoriais, em particular, podem atingir duramente a Europa, já que setores-chave como o aço e o automóvel são impactados.
O impacto das tarifas sobre a inflação é menos claro e pode depender de se, e como, a União Europeia reagir, disseram formuladores de políticas. Medidas retaliatórias da UE estão atualmente suspensas, mas os líderes do bloco afirmaram estar preparados para implementá-las, se necessário. Também permanecem dúvidas sobre como os planos de aumentar os gastos com defesa em toda a Europa podem impactar a economia.
Na quinta-feira (5), o BCE praticamente não deu indicações sobre o que poderia estar no horizonte para as taxas de juros, deixando os analistas divididos sobre o caminho a seguir.
“Embora o BCE tenha apresentado um corte de juros amplamente esperado hoje, não contamos com uma continuação no próximo mês”, disse Irene Lauro, economista da Schroders para a zona do euro, em nota. Como não há sinais de que as tarifas estejam enfraquecendo a economia até o momento, uma pausa no ciclo de cortes de juros é provável, acrescentou.
“Com as taxas agora no ponto médio da faixa neutra estimada, o padrão para novos cortes aumentou”, disse Lauro. “O BCE pode se dar ao luxo de mudar da urgência para a paciência.”
Outros argumentaram que as taxas deveriam ser reduzidas à medida que as pressões inflacionárias estão diminuindo.
“Com as pressões inflacionárias recuando rapidamente e os obstáculos ao crescimento se intensificando, o BCE está subestimando o risco de não atingir sua meta”, disse Natasha May, analista de mercado global da J.P. Morgan Asset Management.
As tensões comerciais podem ter um impacto maior na inflação a médio prazo, em vez de aumentar os preços, explicou ela.
“Embora alguns membros do Conselho do BCE defendam uma pausa em julho, a justificativa para outro corte de juros é clara”, acrescentou May.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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