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Inflação no Reino Unido dispara para 3,5% em abril com alta nas contas domésticas

Publicado 21/05/2025 • 10:43 | Atualizado há 3 semanas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • A taxa anual de inflação do Reino Unido atingiu 3,5% em abril, acima das expectativas dos analistas, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (21) pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês).
  • Economistas consultados pela Reuters previam que o índice de preços ao consumidor alcançaria 3,3% nos doze meses até abril.
  • A divulgação ocorre após uma tendência recente de desaceleração da inflação, com os preços subindo 2,8% em fevereiro e 2,6% em março.
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Bandeira do Reino Unido

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A taxa anual de inflação do Reino Unido atingiu 3,5% em abril, acima das expectativas dos analistas, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (21) pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês).

Economistas consultados pela Reuters previam que o índice de preços ao consumidor alcançaria 3,3% nos doze meses até abril.

A divulgação ocorre após uma tendência recente de desaceleração da inflação, com os preços subindo 2,8% em fevereiro e 2,6% em março.

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A inflação subjacente, que exclui itens mais voláteis como energia, alimentos, bebidas alcoólicas e tabaco, subiu 3,8% no acumulado de 12 meses até abril, acima dos 3,4% registrados até março.

Segundo o ONS, os principais fatores que impulsionaram a alta mensal da inflação foram os setores de habitação e serviços domésticos, transporte, além de recreação e cultura. Por outro lado, o grupo de vestuário e calçados teve a maior contribuição negativa, ajudando a compensar parcialmente os aumentos.

Os dados destacam o aumento da pressão sobre as famílias britânicas, já que os preços de eletricidade, gás e outros combustíveis subiram 6,7% no ano até abril. Já os preços de água e esgoto aumentaram 26,1% apenas em abril, registrando o maior salto mensal desde pelo menos fevereiro de 1988, segundo o ONS.

A chanceler britânica Rachel Reeves afirmou nesta quarta-feira estar “desapontada” com os dados mais recentes e ressaltou que “as pressões do custo de vida continuam pesando sobre os trabalhadores”.

Economistas já previam esse aumento, atribuindo-o em grande parte ao reajuste no teto das tarifas de energia (o valor máximo que os fornecedores podem cobrar dos consumidores) além de outros fatores pontuais, como aumentos de impostos para empresas locais em abril, o feriado da Páscoa e o clima favorável recente.

Ainda assim, os números devem frustrar o governo trabalhista, que tem como uma de suas metas aliviar o custo de vida para os consumidores britânicos. Também devem pesar nas avaliações dos formuladores de políticas do Banco da Inglaterra, que reduziu sua taxa básica de juros para 4,25% na última reunião, no início de maio.

Os dados de inflação “devem causar certo desconforto” no banco central, disse nesta quarta-feira Nicholas Hyett, gestor de investimentos da corretora Wealth Club.

“Dois membros do Comitê de Política Monetária (MPC) queriam manter os juros inalterados e provavelmente se sentirão justificados pelos números de hoje. A inflação subjacente mais alta é particularmente preocupante, já que esse tipo de inflação, gerada internamente, deveria ser mais fácil de controlar pelo Banco”, avaliou.

Expectativas para o Banco da Inglaterra

O Banco da Inglaterra já havia sinalizado que esperava um aumento temporário da inflação para 3,7% no terceiro trimestre, em parte devido à alta nos preços da energia e de tarifas reguladas, como as contas de água.

Essa alta projetada, no entanto, não foi suficiente para impedir o corte na taxa básica de juros, em meio à incerteza sobre o crescimento econômico e as tarifas comerciais. Apesar disso, o Banco destacou que novos cortes de juros seriam feitos de maneira “gradual e cuidadosa”, à medida que busca reduzir a inflação para a meta de 2%.

O ritmo dos cortes poderá ser revisto caso as tarifas comerciais dos Estados Unidos reduzam a demanda global e impactem mais do que o esperado o crescimento do Reino Unido, afirmou o Banco.

Na semana passada, houve uma notícia rara e positiva sobre o crescimento: dados preliminares do Produto Interno Bruto (PIB) trimestral mostraram uma expansão de 0,7% na atividade econômica britânica no primeiro trimestre.

Economistas, no entanto, avaliam que esse bom desempenho dificilmente será repetido no segundo trimestre. Segundo eles, o forte resultado dos primeiros três meses do ano se deveu, em grande parte, à antecipação de atividades diante da expectativa de novas tarifas dos EUA e do aumento de impostos sobre empresas locais em abril.

Os dados de inflação mais recentes “devem gerar um relatório relativamente turbulento num momento em que o Banco da Inglaterra tenta, com atenção, decidir os próximos passos”, disse Julien Lafargue, estrategista-chefe de mercado do Barclays Private Bank, em comentários por e-mail na terça-feira.

“No entanto, apesar das distorções de curto prazo, acreditamos que a trajetória geral da inflação no Reino Unido continua sendo de queda. Isso deve abrir espaço para que o banco central considere pelo menos mais alguns cortes de juros ainda este ano, apoiando condições econômicas mais favoráveis no futuro”, acrescentou.

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