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Publicado 15/01/2025 • 11:57
KEY POINTS
A economia dos Estados Unidos tem apresentado sinais de desaceleração da inflação, conforme os dados divulgados recentemente. Segundo o relatório, os preços ao produtor subiram menos do que o esperado em dezembro, um indício positivo para a economia americana. Will de Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, comentou sobre o cenário econômico atual, destacando que “foi uma notícia positiva. A inflação foi um inimigo comum nos últimos anos, e a gente tem visto essa inflação desacelerar aqui nos Estados Unidos.”
Will explicou durante sua participação no programa Conexão, com Marcelo Favalli, que a inflação ao produtor, diferente da que chega ao consumidor final, afeta diretamente os insumos de diversos setores. “Tivemos uma redução nos preços dos vegetais, por exemplo, que são comprados por restaurantes e impactam o preço final ao consumidor. Esse é um primeiro sinal de que a inflação tende a continuar benigna, desde que não ocorram choques exógenos”, ressaltou.
Apesar do cenário positivo, Will alertou sobre as incertezas futuras, especialmente com a posse de Donald Trump na presidência. “Há muito receio em relação às políticas tarifárias e migratórias que podem impactar a inflação. Por ora, as coisas estão boas no sentido da inflação, mas, obviamente, olhando à frente, temos algumas incertezas”, afirmou.
Ao fazer um balanço do governo Biden, Will pontuou que a economia apresenta indicadores positivos, como a baixa taxa de desemprego e o crescimento do PIB. No entanto, ele atribuiu esses resultados mais à política monetária do Federal Reserve do que às ações diretas do governo. “O Banco Central americano foi muito criticado no início, mas conseguiu controlar a inflação com aumentos fortes na taxa de juros. Isso aconteceu ao longo do governo Biden, mas a percepção do consumidor é de que o poder de compra diminuiu.”
Com a previsão de que Donald Trump retome medidas de sobretaxa de importação, há preocupação sobre novos impactos inflacionários. Will destacou que “essa questão das tarifas divide opiniões. Quando Trump implementou tarifas no primeiro mandato, não houve uma forte alta na inflação, mas tudo depende da capacidade de substituição de insumos e da resposta dos parceiros comerciais”.
Diante desse contexto, o mercado permanece cauteloso, aguardando os desdobramentos das primeiras medidas do novo governo. “Trump assume e aparentemente já tem 100 executive orders preparadas para mudar a cara da economia americana no primeiro dia de mandato”, finalizou Will.
A expectativa é de que as próximas semanas sejam decisivas para entender o rumo da inflação e da política econômica dos Estados Unidos em 2025.
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