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Irã ameaça Israel com resposta “mais forte” no segundo dia de bombardeios
Publicado 14/06/2025 • 18:04 | Atualizado há 9 horas
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Publicado 14/06/2025 • 18:04 | Atualizado há 9 horas
O presidente iraniano, Masud Pezeshkian, prometeu neste sábado (14) uma resposta “ainda mais forte” caso Israel continue atacando seu país, após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarar que deseja bombardear “todos os locais do regime” no segundo dia de ataque em massa.
O Irã acusou Israel de precipitar o Oriente Médio em um “perigoso ciclo de violência” e de minar as conversas entre Teerã e Washington sobre o programa nuclear iraniano.
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Omã, que atua como mediador entre os Estados Unidos e o Irã nesse diálogo, anunciou que uma nova rodada de reuniões marcada para domingo em sua capital, Mascate, foi cancelada.
“A diplomacia e o diálogo continuam sendo o único caminho para uma paz rigorosa”, declarou no X o ministro das Relações Exteriores de Omã, Badr Albusaidi.
Mas Pezeshkian afirmou que “o Irã não aceitará critérios irracionais sob pressão e não se sentará à mesa de negociações enquanto o regime sionista continuar com seus ataques”, durante uma ligação com seu homólogo francês, Emmanuel Macron.
Pelo segundo dia, a aviação israelense investiu em ataques a diversos locais, em sistemas especiais de defesa antiaérea na região de Teerã e quantidades de lançadores de mísseis.
O objetivo: desmantelar as capacidades militares e nucleares de seu arqui-inimigo.
“Muito em breve, vocês verão aviões israelenses (…) no céu de Teerã. Atacaremos todos os locais e alvos do regime”, afirmou Netanyahu, que disse contar com o “apoio claro” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Infligimos um golpe real ao programa nuclear” do Irã, acrescentou.
Na noite deste sábado, as defesas antiaéreas foram ativadas em Teerã e em seis províncias, incluindo o porto estratégico de Bandar Abbas, segundo a mídia local.
Pouco depois, o Exército de Israel afirmou ter bombardeado uma instalação subterrânea de lançamento de mísseis no oeste do Irã.
Israel diz ter informações de seus serviços de inteligência segundo os quais o Irã está se aproximando de um “ponto sem retorno” no avanço para desenvolver uma bomba atômica.
Com esse argumento, o Exército israelense lançou na madrugada de sexta-feira uma operação aérea em massa sobre o Irã, bombardeando mais de 200 instalações militares e nucleares.
Israel afirmou ter matado mais de 20 altos comandantes das forças de segurança iranianas.
O representante do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani, declarou na sexta-feira que pelo menos 78 pessoas morreram e mais de 320 morreram, “a grande maioria civis”.
Em resposta, o Irã lançou mísseis contra Israel na sexta-feira, a maioria dos quais foram interceptados, segundo o Exército israelense. Os Estados Unidos ajudaram a derrubá-los, afirmaram um funcionário americano.
Mas foram registrados danos significativos na região de Tel Aviv, onde as equipes de resgate relataram três mortos e ocorrências de feridos.
As potências ocidentais pedem a desescalada, mas ao mesmo tempo o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou que o seu país está a mobilizar “recursos na região, incluindo caças, como parte de um apoio emergencial”.
O presidente Pezeshkian, cujo país nega estar fabricando armas nucleares, anunciou neste sábado que a resposta militar do Irã será “ainda mais forte” se Israel persistir com os bombardeios.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, anunciou que “Teerã arderá” se o Irã continuar lançando mísseis contra seu território.
Effie Defrin, porta-voz do Exército israelense, afirmou neste sábado que Israel tem agora “liberdade de ação aérea em todo o oeste do Irã, até Teerã”.
Um chefe da polícia iraniana e cinco membros da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica, morreram neste sábado em ataques no oeste e centro do país, segundo a mídia local.
Além disso, outras duas pessoas morreram em um bombardeio israelense contra uma ambulância no noroeste, segundo o Crescente Vermelho iraniano.
O ataque de um drone israelense contra uma refinaria estratégica no sul do Irã provocou neste sábado uma “forte explosão”, segundo uma agência iraniana.
O Ocidente e Israel suspeitam que o Irã, considerado pelos especialistas como a única potência nuclear do Oriente Médio, queira se dotar de armas nucleares. Teerã nega e defende seu direito de desenvolver um programa nuclear civil.
Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o Irã possuía, em meados de maio, 408,6 kg de urânio enriquecido a 60%. Tais reservas, se enriquecidas a 90%, o nível necessário para projetar uma bomba atômica, permitiriam fabricar mais de nove bombas desse tipo.
Aliado de Israel, o presidente dos EUA, Donald Trump, havia instalado Teerã na sexta-feira para chegar a um acordo sobre seu programa nuclear ou se expor a ataques “ainda mais brutais”.
Apesar de a comunidade internacional ter feito um apelo à desescalada, Netanyahu anunciou que “virão mais” ataques. O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, afirmou que Israel “lançou uma guerra” que o levou à “sua ruína”.
O Exército israelense indicou que nove cientistas nucleares iranianos morreram em seus ataques de sexta-feira, número confirmado pela televisão estatal iraniana.
As forças israelenses anunciaram ainda que haviam “desmantelado” uma usina de urânio em Isfahan, no centro do Irã. Os danos nessas instalações e na de Fordo, ao sul de Teerã, foram menores, segundo a organização nuclear iraniana.
Uma instalação externa crucial da usina de urânio de Natanz foi “destruída”, informou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), com base em relatórios do Irã. Mas o organismo não registrou “nenhum aumento nos níveis de radiação” na região.
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Segundo a mídia iraniana, ocorreram ataques na cidade de Tabriz, no norte do país, e nas províncias ocidentais de Lorestan, Hamedan e Kermanshah, onde estão situadas bases militares importantes.
O espaço aéreo iraniano está fechado “até novo aviso”, anunciou a agência oficial Irna.
Em Israel, o principal aeroporto internacional, Ben Gurion, próximo a Tel Aviv, também está fechado por tempo indeterminado.
Jordânia, Síria e Líbano, países vizinhos de Israel, anunciaram neste sábado a reabertura de seus espaços aéreos. Mas a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) aconselhou as companhias aéreas a “não operarem no espaço aéreo” nesses países, além do Iraque, Irã e Israel.
A escalada militar entre esses dois últimos, separados por mais de 1.500 km, faz temer um conflito em larga escala na região, segundo especialistas.
Diante do aumento das demandas, o papa Leão XIV fez neste sábado um “apelo à responsabilidade e à razão” aos dois países.
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