O CEO da Nvidia, Jensen Huang, afirmou durante a noite que os controles de exportação de chips dos EUA são um “fracasso” e alertou que as restrições estão causando mais danos às empresas americanas do que à China.
Huang afirmou em uma coletiva de imprensa na Computex, uma feira de inteligência artificial em Taiwan, que as políticas reduziram a participação de mercado da líder em chips de IA na China de 95% para 50% e motivaram Pequim a fabricar seus próprios chips com mais rapidez.
Os comentários de Huang ocorreram em um momento em que a trégua entre os EUA e a China sobre tarifas e semicondutores continua delicada.
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O Ministério do Comércio da China respondeu à recente mudança na política de chips do governo Trump na segunda-feira, chamando a política americana de “exagerada” e “intimidadora” e exigindo que a Casa Branca “corrija seus erros”.
“Os EUA abusam das medidas de controle de exportação, impondo restrições injustificadas aos produtos de chips chineses e até mesmo interferindo no uso de chips produzidos internamente por empresas chinesas na China”, afirmou o ministério.
A Casa Branca revogou a “Regra de Difusão de IA” em níveis, implementada pelo ex-presidente Joe Biden em janeiro, e prometeu substituí-la completamente no futuro.
A Nvidia está presa no meio, com Huang mantendo relações com ambos os lados em uma guerra fria tecnológica cada vez mais profunda.
Na Arábia Saudita, na semana passada, o presidente Donald Trump chamou Huang de “amigo” e elogiou o enorme investimento da Nvidia em IA.
Huang acompanhou Trump na viagem ao Oriente Médio, sendo um importante representante da potência tecnológica global dos EUA.
Mas Huang também manteve laços estreitos com a China e elogiou as capacidades tecnológicas do país.
A Nvidia está adquirindo um novo espaço para seus funcionários em Xangai, embora a empresa tenha dito que não enviará nenhum IP ou design de GPU para lá.
Huang disse a parlamentares em Washington em abril que a China está rapidamente ganhando terreno sobre os EUA em IA.
“A China está logo atrás de nós”, disse Huang. “Estamos muito perto. Lembrem-se de que esta é uma corrida infinita e de longo prazo.”
Ele também destacou as capacidades da Huawei, que supostamente está desenvolvendo seu próprio chip avançado para rivalizar com a Nvidia.
“Eles são incríveis em computação e tecnologia de rede, todas essas capacidades essenciais para o avanço da IA”, disse Huang. “Eles fizeram um enorme progresso nos últimos anos.”
Mesmo com a relação entre EUA e China em péssimas condições, Huang disse a altos funcionários chineses em abril que sua empresa “atenderia o mercado chinês de forma inabalável”.
O jogo de equilíbrio da Nvidia continua, remodelando chips para se manterem em conformidade e superando as divergências comerciais e políticas.
O alerta de Huang é claro: se os EUA não repensarem sua abordagem, poderão perder o mercado chinês e sua vantagem na corrida global pela IA.
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