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Lula diz que não haverá assunto vetado em reunião com Trump, mas admite que acordo pode não sair de imediato

Publicado 24/10/2025 • 09:16 | Atualizado há 3 horas

KEY POINTS

  • O presidente Lula afirmou que a reunião de domingo (26) com Donald Trump na Malásia não terá assunto vetado, mas o tarifaço deve ser o tema central
  • Lula afirmou que vai questionar Trump sobre a punição de ministros do STF e as operações militares dos EUA no Mar do Caribe contra acusados de integrar cartéis
  • Lula sobre o acordo com Trump: "Será construído pelos negociadores", mas expressou interesse em resolver a questão "quanto antes, melhor"

Lula e Trump

Montagem

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (24), no encerramento da visita de Estado à Indonésia, que a reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não terá assunto vetado. Os dois líderes devem se encontrar no domingo (26) em Kuala Lumpur, na Malásia. O tarifaço imposto ao Brasil deve ser o tema central do encontro.

“Vai ser uma reunião livre, em que a gente vai poder dizer o que quiser, como quiser, e vai ouvir o que quiser — e o que não quiser também. Estou convencido de que vai ser boa para eles e para o Brasil. Vamos voltar à normalidade”, afirmou.

Apesar da expectativa em torno do encontro, o presidente brasileiro explicou que não espera resultados imediatos da reunião com Donald Trump. Segundo ele, o diálogo servirá principalmente para retomar o canal político entre os dois países e abrir caminho para futuras negociações em áreas de interesse comum.

O presidente disse ainda que quer discutir as sanções a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como a Lei Magnitsky e a cassação de vistos, além de temas geopolíticos, como China, Venezuela e Rússia.

“O Brasil tem interesse em colocar a verdade na mesa, mostrar que os Estados Unidos não são deficitários, portanto não há justificativa para a taxação feita ao Brasil. Também não há explicação para a punição de ministros ou de personalidades públicas brasileiras nas leis americanas. Eles não cometeram nenhum erro; estão cumprindo a Constituição do meu país. E a política de tributação depende do Brasil e do Congresso Nacional”, disse Lula.

Lula critica atuação de Trump no Mar do Caribe

O presidente também voltou a criticar as decisões de Trump sobre operações no Mar do Caribe, conduzidas pelas Forças Armadas dos EUA contra acusados de integrar cartéis de drogas venezuelanos. A ação é vista como uma ameaça de intervenção militar na Venezuela e preocupa o governo brasileiro.

Trump comparou narcotraficantes a grupos terroristas, como a Al-Qaeda e o Estado Islâmico. Lula disse que a soberania territorial e a autodeterminação dos povos devem ser respeitadas, e que terá “imenso prazer” em discutir o tema com o republicano.

“Você não fala que vai matar as pessoas. Tem que prender, julgar e saber se estavam ou não traficando, para então puni-las de acordo com a lei”, afirmou Lula, em mais uma crítica à política militar trumpista. “É o mínimo que se espera de um chefe de Estado.”

O petista sugeriu que Trump deveria priorizar o tratamento de usuários em vez de enviar tropas por terra, ar ou mar, e defendeu uma cooperação policial na região.

“É muito melhor os Estados Unidos se disporem a conversar com a polícia e o Ministério da Justiça de outros países para agir de forma conjunta. Porque, se a moda pega, cada um vai achar que pode invadir o território do outro. Onde fica a respeitabilidade da soberania dos países?”, questionou.

Lula também comentou que há uma relação de dependência entre traficantes e usuários:
“Toda vez que se fala em combater as drogas, talvez fosse mais fácil combater nossos viciados internamente. Os usuários são responsáveis pelos traficantes, que também são vítimas deles. Há uma troca: vende quem tem comprador, compra quem tem quem venda”, disse.

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Acordo imediato não é garantido

Lula afirmou que não espera um acordo imediato com Trump na reunião marcada para domingo. O encontro, programado para o período da tarde em Kuala Lumpur, deve abrir uma sequência de negociações técnicas e políticas entre ministros brasileiros e secretários norte-americanos.

“Se eu não acreditasse que fosse possível fazer um acordo, eu não participaria. Mas o acordo certamente não será feito amanhã, ou depois de amanhã, quando eu me reencontrar com ele. Será construído pelos negociadores”, declarou Lula, antes de decolar de Jacarta, na Indonésia, para a capital malaia.

“Eu nunca participo de uma reunião em que não acredito no sucesso. Só vou saber se ela é bem-sucedida depois de participar. Então, vou com a expectativa de que a gente tenha êxito naquilo que o Brasil tem interesse.”

Questionado pelo Estadão sobre o prazo considerado razoável para um acerto, Lula respondeu:
“Quanto antes, melhor. Se eu pudesse te dar uma resposta, eu te daria. Queria que fosse ontem, mas se for amanhã já está bom.”

O petista não detalhou quais setores econômicos estarão em pauta, como os minerais críticos (entre eles as terras raras), e disse que a reunião é aguardada há algum tempo, destacando que o Brasil sempre esteve disponível para dialogar.

Segundo Lula, houve um “certo truncamento” nas negociações, mas, após um telefonema entre os dois líderes, as tratativas avançaram. O presidente afirmou querer reconstituir uma relação civilizada com os EUA.

“Tenho todo interesse em ter essa reunião, disposição para defender os interesses do Brasil e mostrar que houve equívocos nas taxações e nas punições a ministros da Suprema Corte, que não têm nenhuma explicação.”

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