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Mercados reagem a reunião Trump-Putin; analistas observam triunfo russo
Publicado 11/08/2025 • 07:44 | Atualizado há 2 meses
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KEY POINTS
As negociações entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Donald Trump, continuam. Mas, o próximo encontro entre os dois líderes para discutir o fim da guerra na Ucrânia já é visto como uma vitória para o Kremlin, para a economia russa e para os mercados financeiros globais.
O encontro está programado para sexta-feira (15), no Alasca.
“Já é uma grande vitória para Putin ser convidado, pela primeira vez desde 2007, a se encontrar com o presidente dos EUA em solo americano. É uma conquista significativa, do ponto de vista dele, sem condições, sem a presença da Ucrânia e sem qualquer representação europeia. Isso já é um triunfo”, afirmou Richard Portes, chefe da faculdade de Economia da London Business School, à CNBC nesta segunda-feira.
Há preocupações de que a Ucrânia possa ser forçada a ceder territórios ocupados pela Rússia, e o clima é sombrio em Kiev, cujo presidente, Volodymyr Zelenskyy, e demais autoridades ainda não foram convidados a participar das negociações. Kiev insiste que nenhum acordo sobre seu futuro será fechado sem sua participação. Líderes europeus pressionam pelo envolvimento ucraniano, enquanto os EUA afirmam que estão avaliando um convite a Zelenskyy, segundo a NBC News.
Economistas apontam que as conversas — que ocorrem enquanto a Rússia avança no sul e no leste da Ucrânia, sem cessar-fogo à vista — já são favoráveis a Putin e à economia russa, centrada no esforço de guerra, mas pressionada por sanções internacionais e por uma inflação de 9,4% em junho.
“Putin parte de uma posição relativamente forte no campo de batalha. Eles estão avançando… Por outro lado, economicamente, ele parte de uma posição fraca. A Rússia enfrenta déficit fiscal significativo, em parte devido à queda nas receitas de petróleo e gás. É uma economia fragilizada”, disse Portes no programa Europe Early Edition, da CNBC.
Partindo dessa posição, Moscou deve buscar alívio imediato das sanções e concessões territoriais como parte de um eventual acordo. O assessor presidencial Yuri Ushakov afirmou no sábado que “os interesses econômicos de nossos países se cruzam no Alasca e no Ártico, e há perspectivas de implementação de projetos de grande escala e mutuamente benéficos”, segundo o Kremlin.
Portes avalia que, se Trump tivesse “paciência e disposição para aplicar sanções de forma adequada”, poderia haver uma mudança significativa no equilíbrio de forças.
No entanto, até o momento, Trump tem evitado ampliar sanções contra Moscou, preferindo ameaçar parceiros comerciais da Rússia, como a Índia, com “sanções secundárias” e tarifas adicionais.
Questionado se Trump poderia recorrer a medidas mais punitivas para pressionar Putin, Portes respondeu: “Alguém consegue prever o que o presidente dos Estados Unidos fará de um dia para o outro? É muito difícil.”
Para ele, o desejo de Trump por um Prêmio Nobel torna improvável um endurecimento imediato, embora essa posição possa mudar rapidamente.
O anúncio das negociações impulsionou bolsas nos EUA e na Europa na sexta-feira, mas derrubou ações do setor de defesa, com investidores avaliando que um cessar-fogo poderia reduzir novos investimentos militares.
O ouro à vista, considerado ativo de proteção em tempos de instabilidade, caiu cerca de 1%, para US$ 3.364 a onça, às 8h (horário de Londres), nesta segunda-feira.
Na Europa, as ações da alemã Rheinmetall caíam quase 4%, as da Hensoldt, 1,5%, e as da Renk, 3,3%. A italiana Leonardo recuava 1,9%, e a francesa Thales, 1,7%. No Reino Unido, BAE Systems e Babcock perdiam 1,1% e 1,3%, respectivamente.
Para Christopher Granville, diretor da TS Lombard, essa fraqueza pode ser uma oportunidade. Ele avalia que, mesmo com um acordo de paz, a Europa continuará aumentando os gastos em defesa diante de uma Rússia militarmente fortalecida. “De qualquer forma, é um vencedor”, disse à CNBC.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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