Moscou culpa Ucrânia pelo impasse nas negociações sobre acordo de cessar-fogo
Publicado 25/03/2025 • 13:47 | Atualizado há 4 dias
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Publicado 25/03/2025 • 13:47 | Atualizado há 4 dias
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Kremlin
A Rússia culpou a Ucrânia na terça-feira (25) pelo impasse nas negociações sobre um acordo de cessar-fogo nas últimas 24 horas, com o Ministério da Defesa acusando Kiev de realizar ataques à infraestrutura energética russa, descumprindo um acordo anterior de cessar tais ataques.
O Ministério da Defesa da Rússia acusou a Ucrânia de atacar uma rede elétrica no território russo na segunda-feira (24), além de instalações de gás em Luhansk e na Crimeia, áreas ocupadas pela Rússia na Ucrânia, afirmando que isso demonstrou a “incapacidade de negociar” do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e seu desrespeito por “quaisquer acordos possíveis”.
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Oficiais dos EUA e da Rússia haviam esperado divulgar uma declaração conjunta nesta terça-feira (25), após um dia de negociações entre delegados na Arábia Saudita na segunda-feira, em meio às discussões para mediar um cessar-fogo total de 30 dias entre Rússia e Ucrânia, após três anos de guerra.
Oficiais ucranianos então realizaram suas próprias conversas com oficiais americanos na Arábia Saudita na terça-feira pela manhã, mas ainda não comentaram sobre as discussões, que duraram cerca de uma hora.
Não houve declaração conjunta de oficiais russos e americanos, como esperado, ou de diplomatas dos EUA e da Ucrânia após suas conversas separadas.
A Ucrânia não comentou sobre as alegações do Ministério da Defesa da Rússia e afirmou na segunda-feira que as forças russas realizaram ataques mortais com drones e mísseis enquanto mantinham negociações com os oficiais americanos.
Tanto a Ucrânia quanto a Rússia concordaram na semana passada em pausar os ataques às instalações energéticas de cada um como um passo em direção a um cessar-fogo total, mas ambas as partes se acusam mutuamente de violar o acordo desde então.
Mais cedo, na terça-feira, o Kremlin disse que não divulgará o conteúdo das negociações sobre o acordo de cessar-fogo com os oficiais americanos.
“Essas foram conversas ‘técnicas’, portanto, o conteúdo dessas conversas não será tornado público, com certeza. Mas repito novamente que os resultados estão sendo avaliados por Moscou e Washington, e então poderemos falar sobre algumas declarações”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a jornalistas na terça-feira, segundo declarações traduzidas pela NBC News, do mesmo grupo da CNBC.
Peskov acrescentou que não havia planos imediatos para uma nova ligação entre o presidente russo Vladimir Putin e seu homólogo americano, Donald Trump. O oficial do Kremlin disse, no entanto, que os contatos continuariam entre os diplomatas russos e americanos.
As negociações de segunda-feira pareceram focar em um acordo de cessar-fogo marítimo cobrindo o Mar Negro — um dos principais focos de hostilidade durante a guerra, que causou a interrupção no transporte de exportações agrícolas e de grãos da região, afetando as cadeias globais de suprimentos.
Mais cedo, na terça-feira, a mídia estatal russa citou um alto oficial russo afirmando que as discussões — que duraram 12 horas — foram “detalhadas e complexas.”
“[Nós] discutimos tudo, e o diálogo foi detalhado e complexo, mas bastante útil para nós e para os americanos”, disse Grigory Karasin, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Conselho da Federação, que participou das negociações, à agência de notícias Tass, controlada pelo Estado russo.
“Discutimos inúmeras questões”, acrescentou, conforme a agência informou. A BBC noticiou que Moscou estaria pedindo a suspensão de algumas sanções ocidentais para reativar o acordo de grãos, do qual a Rússia se retirou em meados de 2023.
A Ucrânia já havia concordado anteriormente com um acordo de cessar-fogo de 30 dias durante suas próprias negociações com os oficiais dos EUA e acusou a Rússia de ser “manipuladora” ao adiar uma possível trégua.
As delegações ucraniana e americana também se reuniram na Arábia Saudita para negociações na terça-feira, mas as discussões pareceram ter sido de curta duração, terminando na manhã de terça-feira, segundo a AFP.
Esta é a segunda reaproximação entre EUA e Ucrânia sobre o cessar-fogo em dois dias. Na noite de segunda-feira, Zelensky afirmou que os oficiais em Kiev haviam mais uma vez conversado com seus homólogos americanos sobre um possível acordo.
“Hoje, tivemos reuniões focadas em esforços diplomáticos. Falei com [o Ministro da Defesa ucraniano] Rustem Umerov. Ontem, houve uma reunião com a equipe dos EUA. Hoje, representantes dos EUA falaram com a equipe de guerra — ou seja, com representantes da Rússia. Depois disso, ocorreu outra reunião entre as equipes ucraniana e americana. Estou esperando um novo relatório em breve”, disse Zelensky na plataforma social X.
Kiev tem enfatizado que seus aliados europeus devem estar envolvidos em qualquer acordo de paz futuro, mas Moscou e Washington expressaram ceticismo quanto à participação deles.
“O que precisamos é de movimento em direção à verdadeira paz — para uma segurança garantida. E isso é algo que todos precisamos — na Ucrânia, na Europa, na América e no mundo todo — todos que desejam estabilidade nas relações internacionais”, disse Zelensky. O líder ucraniano já havia pedido repetidamente garantias de segurança como parte de um acordo de paz permanente.
Por sua vez, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse no início deste mês que qualquer acordo de cessar-fogo não deveria permitir que a Ucrânia se rearmasse, exigindo que o envio de armas para Kiev fosse interrompido durante qualquer pausa nos combates.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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