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OMC revê para cima projeção do comércio global em 2025, mas alerta para impacto do tarifaço até 2026
Publicado 18/08/2025 • 12:48 | Atualizado há 1 hora
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Publicado 18/08/2025 • 12:48 | Atualizado há 1 hora
KEY POINTS
Fachada da sede da Organização Mundial do Comércio, em Genegra, na Suíça.
Fabrice Coffrini/AFP
A Organização Mundial do Comércio (OMC) revisou para cima sua projeção para as transações globais em 2025. Agora, a entidade espera crescimento de 0,9%, após estimar queda de 0,2% em abril. Apesar da melhora, a estimativa fica abaixo da projeção inicial para o ano, de alta de 2,7%, calculada antes do tarifaço do governo norte-americano.
No ano passado, o comércio cresceu 2,9%. Na atualização, divulgada nesta sexta-feira (8), a OMC leva em conta, principalmente, a antecipação de importações nos Estados Unidos (+11% em volume no primeiro semestre em relação ao ano anterior). Ao mesmo tempo, a organização prevê impacto sobre o comércio global no próximo ano. Por isso, refez sua projeção para 2026 – de crescimento de 2,5% para 1,8%.
“O comércio global mostrou resiliência diante de choques persistentes, incluindo recentes aumentos de tarifas”, afirmou a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala. “As importações antecipadas e a melhoria das condições macroeconômicas proporcionaram impulso modesto às perspectivas para 2025. No entanto, o impacto total das recentes medidas tarifárias ainda está se desenrolando.”
Segundo ela, a “sombra da incerteza tarifária” ainda paira sobre as empresas, influenciando a confiança e os planos de investimento. “A incerteza continua sendo uma das forças mais perturbadoras no ambiente comercial global.”
O crescimento das importações nos Estados Unidos no primeiro semestre, com desempenhos distintos no primeiro e segundo trimestres, deve resultar em menor demanda daqui em diante, acredita a OMC. “Espera-se que essa correção ocorra no segundo semestre de 2025, mas algumas ocorrerão apenas em 2026 e depois”, afirmou a entidade.
A OMC acredita que o comportamento de exportação de comércio nos EUA e Brasil aumenta temporariamente. “Portanto, esse fator aumentará temporariamente as perspectivas para 2025.” A organização acrescenta que isso aconteceu em outros países, embora com menor intensidade, possivelmente “por temores de retaliação”.
Além disso, a OMC avalia que as perspectivas macroeconômicas globais estão mais favoráveis do que em abril. A depreciação do dólar contribui para isso, na medida em que melhora as condições das economias em desenvolvimento. “A queda dos preços do petróleo também deve apoiar o crescimento nas economias manufatureiras, embora possa reduzir simultaneamente a demanda de importação nas regiões produtoras de petróleo.”, pontua.
Por fim, a reciprocidade de tarifas pode afetar as importações nos Estados Unidos e restringir as exportações de seus parceiros comerciais no segundo semestre deste ano e ao longo de 2026.
A diretora-geral observa que, pelo menos até agora, um “ciclo mais amplo de retaliação olho por olho, que poderia ser muito prejudicial ao comércio global”, foi evitado.
Saiba mais:
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Na projeção da OMC, as economias asiáticas continuam sendo o principal impulsionador do comércio mundial, mas com peso menor em 2026. A América do Norte pesará negativamente neste ano e no próximo, mesmo com impacto menos negativo do que o previsto.
A Europa passou, em 2025, de “moderadamente positiva” para “ligeiramente negativa”. Não há dados específicos para a América Latina ou o Brasil, mas a entidade afirma que economia cujas exportações estão vinculadas à energia terão menor contribuição em 2025 e 2026, “na medida em que os preços mais baixos do petróleo reduzem as receitas de exportação e diminuem a demanda de importação”.
A OMC (confira quadro acima) estima que as importações para a América do Norte caiam 8,3% neste ano, projeção inferior à de abril (-9,6%). “Esse impacto positivo foi acompanhado por um aumento mais forte do que o esperado de 4,9% nas exportações da Ásia, acima dos 1,6% da previsão anterior”, disse a organização.
“O crescimento das exportações e importações da Europa este ano, de -0,9% e 0,4%, respectivamente, será um pouco mais fraco do que prevíamos em abril, enquanto as exportações da América do Norte serão menos negativas (-4,2%).”, finaliza.
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