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Kraft Heinz encerra fusão após 10 anos e projeta perdas bilionárias; veja efeitos no Brasil

Publicado 22/10/2025 • 07:00 | Atualizado há 1 hora

KEY POINTS

  • A Kraft Heinz anunciou o encerramento da união firmada em 2015 por Warren Buffett e pela 3G Capital, criando duas novas empresas independentes. A cisão está prevista para ser concluída no segundo semestre de 2026.
  • As ações da companhia despencaram cerca de 50% desde 2015, e o prejuízo no segundo trimestre de 2025 foi de US$ 9,3 milhões. A separação deve gerar perdas de sinergia de US$ 300 milhões, mas pode permitir crescimento orgânico e foco regional.
  • A dissolução reflete a mudança nos hábitos de consumo e a queda na demanda por alimentos industrializados. No Brasil, as operações seguem inalteradas, com marcas como Heinz e Hemmer, enquanto o setor alimentício vive nova onda de reestruturações e fusões, como a compra da Kellogg pela Ferrero.

A Kraft Heinz anunciou o fim de sua fusão, uma década após a união entre duas das maiores fabricantes de alimentos dos Estados Unidos. O movimento, liderado em 2015 pelo investidor Warren Buffett e pela gestora 3G Capital, marcou uma das operações mais ambiciosas do setor, mas foi encerrado em setembro de 2025 após queda nas vendas e desvalorização das ações.

Segundo a companhia, a cisão resultará na criação de duas empresas independentes listadas em bolsa. Uma delas reunirá marcas como Heinz, Philadelphia e Kraft Mac & Cheese — responsáveis por cerca de 75% das vendas líquidas da companhia, concentradas em molhos, queijos cremosos e massas. A outra reunirá produtos voltados ao mercado norte-americano, como queijos processados e refeições prontas. A conclusão do processo está prevista para o segundo semestre de 2026.

De acordo com estimativas internas, a separação deve gerar perdas de aproximadamente US$ 300 milhões em sinergias. Entre 2015 e 2025, as ações da Kraft Heinz acumularam queda de cerca de 50%, refletindo a perda de participação no mercado e o enfraquecimento das vendas globais. Somente no segundo trimestre de 2025, o prejuízo reportado foi de US$ 9,3 milhões.

O professor Carlos Honorato, da FIA Business School, explica que, apesar dos custos da divisão, a medida pode abrir espaço para retomada do crescimento orgânico. “Com duas empresas, é possível buscar resultados mais consistentes e melhorar o desempenho para os acionistas”, analisa.

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No Brasil, a companhia informou ao Times Brasil | licenciado exclusivo da CNBC que não há mudanças previstas nas operações locais. A Kraft Heinz seguirá atuando com o mesmo portfólio de marcas, entre elas Heinz, Hemmer, Kero e BR’s, e mantém o país como um dos motores de crescimento em mercados emergentes.

A história das duas companhias antecede a fusão. A Heinz foi fundada em 1869, por Henry Heinz, em Pittsburgh (EUA), e se tornou conhecida mundialmente pelo ketchup lançado em 1876. Já a Kraft teve origem em 1903, quando James Kraft iniciou um pequeno negócio de queijos em Chicago. A empresa se expandiu e passou por diferentes reestruturações, incluindo a divisão, em 2012, entre a Kraft Foods Group, voltada à América do Norte, e a Mondelez International, com foco global.

A dissolução da Kraft Heinz reflete mudanças profundas no setor alimentício. O aumento da inflação e a busca por hábitos de consumo mais saudáveis reduziram a demanda por alimentos industrializados. O professor Carlos Honorato, da FIA Business School, observa que a transformação dos hábitos alimentares está entre os principais fatores de pressão sobre o desempenho das grandes fabricantes. “Há uma valorização crescente de produtos naturais e com menor processamento”, avalia.

Empresas do setor têm adotado novas estratégias para se adaptar ao cenário. Em julho de 2025, a italiana Ferrero anunciou a compra da Kellogg por US$ 3 bilhões, ampliando sua atuação no segmento de cereais e snacks. A movimentação reforça a tendência de reestruturações e consolidações entre grandes grupos de alimentos.

A separação da Kraft Heinz marca o fim de um ciclo iniciado com altas expectativas de sinergia e crescimento global, mas que terminou diante de um mercado em transformação e de consumidores cada vez mais exigentes.

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