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Os momentos mais memoráveis de Elon Musk como conselheiro de Trump

Publicado 23/04/2025 • 20:12 | Atualizado há 6 horas

AFP

KEY POINTS

  • Elon Musk diz que vai se afastar de seu papel controverso na Casa Branca como chefe não oficial do "Departamento de Eficiência Governamental" (DOGE, na sigla em inglês), voltado à redução de custos, para focar mais em sua problemática montadora Tesla.
  • Embora classificado como um mero “funcionário especial do governo” e “conselheiro sênior do presidente”, o magnata nascido na África do Sul deixou marcas indeléveis na política americana como o apoiador bilionário mais visível do presidente Donald Trump.
USA - ELEIÇÕES/EUA/TRUMP/RETORNA/LOCAL/ATENTADO - INTERNACIONAL - O bilionário Elon Musk acompanha o ex-presidente e candidato republicano às eleições presidenciais de novembro, Donald Trump, em seu retorno para Butler, na Pensilvânia, local onde um homem tentou assassinar Trump em julho, neste sábado, 5. Trump fez um momento de silêncio em seu comício por Corey Comperatore, que foi morto no evento de julho. Trump disse que a esposa de Comperatore, Helen, e outros membros da família estavam presentes no comício. Comperatore foi morto enquanto tentava proteger sua esposa e filhas dos tiros. 05/10/2024 - Foto:

Donald Trump conversa com Elon Musk, em outubro de 2024

Alex Brandon /Associated Press/ Estadão Conteúdo

Elon Musk diz que vai se afastar de seu papel controverso na Casa Branca como chefe não oficial do “Departamento de Eficiência Governamental” (DOGE, na sigla em inglês), voltado à redução de custos, para focar mais em sua problemática montadora Tesla.

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Embora classificado como um mero “funcionário especial do governo” e “conselheiro sênior do presidente”, o magnata nascido na África do Sul deixou marcas indeléveis na política americana como o apoiador bilionário mais visível do presidente Donald Trump.

A saudação ‘nazista’

Ser o braço direito de Trump ganhou um novo significado quando a pessoa mais rica do mundo virou manchete ao jogar dramaticamente seu braço para frente — duas vezes — em um comício celebrando a posse de Trump em 20 de janeiro.

De pé em um púlpito com o selo presidencial, o braço direito de Musk estava estendido, mão aberta, palma voltada para baixo. Historiadores concordaram com políticos democratas que o gesto brusco parecia exatamente uma saudação nazista.

O chefe da Tesla — cujos veículos elétricos logo foram apelidados de “swasticars” por críticos — rejeitou as acusações, publicando na sua plataforma social X: “O ataque do ‘todo mundo é Hitler’ está tão batido.”

Seja lá o que o gesto tenha significado, piadas e memes relacionados ao nazismo dominaram as reações públicas ao dia que deveria marcar o retorno triunfante de Trump ao cargo.

Apoio à extrema-direita alemã

Logo após o choque da saudação, Musk participou virtualmente de um comício em janeiro do partido ultranacionalista e anti-imigração AfD da Alemanha.

Musk disse à multidão: “vocês são realmente a melhor esperança” para a Alemanha e os incentivou a se “orgulharem da cultura e dos valores alemães.”

Seu apoio ao AfD abalou os partidos tradicionais alemães, que disseram ver isso como uma interferência estrangeira por parte do conselheiro de Trump. Vândalos incendiaram quatro Teslas nas ruas de Berlim depois disso.

Apesar de ganhos recordes nas urnas, o AfD terminou em segundo lugar na eleição, atrás dos conservadores da Alemanha.

Levar o filho ao trabalho

Vestido com bonés MAGA e camisetas, Musk passou a ser uma presença quase constante na Casa Branca. Por um tempo, o mesmo ocorreu com seu filho de quatro anos, chamado X.

Durante a primeira aparição de Musk diante da imprensa desde sua chegada a Washington para comandar o DOGE, a criança foi levada ao público e Trump disse: “Este é o X e ele é um ótimo garoto.”

O menino foi filmado limpando o nariz enquanto seu pai se gabava de suas façanhas de corte de custos, ao lado da mesa Resolute do Salão Oval.

Levar uma motosserra para o orçamento

Não eleito e não confirmado pelo Senado, Musk criticou repetidamente o que chamou de “quarto poder não eleito e inconstitucional do governo, que é a burocracia”, e imediatamente fez cortes brutais na força de trabalho e no orçamento federais.

Para ilustrar seu estilo de gestão, Musk colocou óculos escuros e brandiu uma motosserra no palco de um encontro conservador em Washington.

Ela foi entregue a ele — desligada — pelo presidente argentino de direita Javier Milei, que fez da máquina um símbolo do corte da burocracia e dos gastos estatais em seu próprio país.

Ofuscar o gabinete de Trump

Na primeira reunião de gabinete de Trump, em 26 de fevereiro, Musk teve um papel de destaque mesmo sem fazer parte oficialmente do gabinete. Ele ficou em pé perto de uma porta, vestindo uma camiseta com a inscrição “Suporte Técnico” no peito enquanto o gabinete se reunia.

Mesmo sem um assento literal à mesa, os funcionários mais poderosos do país foram ofuscados por Musk, que ajudou a financiar a campanha presidencial de Trump em 2024.

Trump minimizou essa tensão pouco antes da reunião, postando em sua rede social: “TODOS OS MEMBROS DO GABINETE ESTÃO EXTREMAMENTE FELIZES COM ELON.”

Trump como vendedor da Tesla

Com a Tesla sendo castigada no mercado de ações e suas vendas caindo bruscamente, além de vândalos mirando na marca, a Casa Branca organizou um test drive altamente divulgado para impulsionar a reputação da Tesla.

Com um Tesla Cybertruck e um Model S estacionados no Pórtico Sul, Trump e Musk fizeram um discurso de venda.

Trump chegou a dizer que havia comprado um.

A encenação não conseguiu reverter a queda nas vendas da Tesla, que relatou uma queda de 71% nos lucros do primeiro trimestre.

Fracassar em influenciar eleição judicial

Dinheiro não compra tudo, como Musk descobriu após investir 25 milhões de dólares na disputa judicial mais cara da história dos EUA, tentando eleger um juiz republicano pró-Trump para a Suprema Corte de Wisconsin.

Musk pagou aos eleitores 100 dólares para assinarem uma petição contra “juízes ativistas” e até distribuiu cheques de 1 milhão de dólares para eleitores, implorando ao público que escolhesse o juiz conservador.

A pauta do tribunal estava repleta de casos com potencial de estabelecer precedentes sobre aborto e direitos reprodutivos, força dos sindicatos do setor público, regras de votação e limites distritais do Congresso.

O estado americano, em abril, escolheu em vez disso um juiz liberal por ampla margem, desapontando o bilionário — que havia gasto cerca de 277 milhões de dólares em 2024 na corrida nacional para ajudar a eleger Trump.

Dissidente das tarifas

Após Trump anunciar suas amplas tarifas nos EUA, afetando profundamente parceiros comerciais como China e União Europeia, Musk defendeu uma zona de livre comércio entre os EUA e a Europa.

Isso entra em conflito com a política comercial de Trump.

Logo depois, ele chamou o conselheiro econômico de Trump, Peter Navarro — defensor antigo das barreiras comerciais — de “mais burro que um saco de tijolos”.

Navarro havia criticado a Tesla, dizendo que a montadora montava a maior parte de seus componentes em fábricas na Ásia.

Musk rebateu com estudos que, segundo ele, mostravam que “a Tesla tem os carros mais fabricados nos Estados Unidos”.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, tentou minimizar a briga pública, dizendo que “garotos serão garotos.”

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