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Plano de Israel para Gaza pode levar a ‘outra calamidade’, alerta ONU
Publicado 10/08/2025 • 17:27 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 10/08/2025 • 17:27 | Atualizado há 3 meses
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Pessoas em luto se reúnem ao redoFoto: ABDEL KAREEM HANA/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Imagem de arquivo 18/03/2025. Pessoas em luto se reúnem ao redor dos corpos de palestinos que foram mortos no mais recente ataque aéreo do exército israelense contra a Faixa de Gaza.
O Conselho de Segurança da ONU realizou, neste domingo (10), uma reunião de emergência para abordar o plano de Israel de tomar o controle da Cidade de Gaza, criticado por vários países, que advertem que a medida não colocará fim ao sofrimento da população da Faixa.
O governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou que o exército israelense se prepara para tomar o controle da Cidade de Gaza, para derrotar o Hamas e libertar os reféns nas mãos do grupo islamista palestino.
Um alto funcionário da ONU advertiu, neste domingo, que o plano de Israel “provavelmente desencadeará outra calamidade”.
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“Se estes planos forem implementados, provavelmente desencadearão outra calamidade em Gaza, com repercussões em toda a região e mais deslocamentos forçados, assassinatos e destruição”, disse Miroslav Jenca, secretário-geral adjunto da ONU, ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) informou que 98 crianças morreram de desnutrição aguda desde o início do conflito, em outubro de 2023, 37 delas desde julho, segundo as autoridades de Gaza.
“Esta já não é uma crise de fome iminente, isto é fome, pura e simples”, afirmou o diretor de coordenação da OCHA, Ramesh Rajasingham.
O embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, disse, neste domingo, que “mais de dois milhões de vítimas estão sofrendo uma agonia insuportável”, qualificou os planos de Israel para a Cidade de Gaza como “ilegais e imorais” e pediu que seja permitida a entrada de jornalistas estrangeiros em Gaza.
O primeiro-ministro israelense anunciou, neste domingo, durante uma coletiva de imprensa, um plano para autorizar que jornalistas estrangeiros trabalhem em Gaza, acompanhados pelo exército israelense.
Benjamin Netanyahu declarou que o plano aprovado pelo gabinete de segurança de seu país para controlar a Cidade de Gaza é “a melhor forma de acabar com a guerra e a melhor forma de terminá-la rápido”. E acrescentou que o objetivo do plano “não é ocupar Gaza”.
O Reino Unido, aliado próximo de Israel que, no entanto, impulsionou esta reunião emergencial sobre a crise, com Dinamarca, Grécia, França e Eslovênia, alertou que o plano israelense pode prolongar o conflito.
“Só aprofundará o sofrimento dos civis palestinos em Gaza. Este não é um caminho para a solução. É um caminho para mais derramamento de sangue”, disse o embaixador adjunto britânico na ONU, James Kariuki.
Do lado de fora da sede das Nações Unidas em Nova York, um protesto pequeno, mas barulhento, pediu o fim do conflito e das hostilidades.
Os Estados Unidos, membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, com direito a veto, acusaram os países que apoiaram a reunião deste domingo de “prorrogar ativamente a guerra, ao difundir mentiras sobre Israel”.
“Israel tem o direito de decidir o que é necessário para sua segurança e que medidas são apropriadas para pôr fim à ameaça que o Hamas representa”, proclamou a representante dos Estados Unidos na ONU, Dorothy Shea.
O embaixador adjunto de Israel na ONU, Jonathan Miller, declarou que “não se deve exercer pressão sobre Israel, que sofreu o ataque mais horrendo contra o povo judeu desde o Holocausto, mas sobre o Hamas”.
O embaixador da Argélia, Amar Bendjama, por sua vez, pediu sanções contra Israel em resposta ao seu plano para Gaza. “Chegou a hora de impor sanções ao inimigo da humanidade”, afirmou.
“Se fosse outro país, já teriam imposto sanções há muito tempo”, disse o embaixador palestino, Riyad Mansour.
O anúncio do plano de Netanyahu suscitou o horror das famílias dos reféns sequestrados durante o ataque sangrento do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, que o veem como uma sentença de morte aos seus entes queridos.
O Hamas advertiu que a nova ofensiva terminaria com seu “sacrifício”.
A extrema-direita israelense também critica Netanyahu, mas por não ir além da Cidade de Gaza.
“É possível alcançar a vitória. Quero toda a Faixa de Gaza, a tranferência [de sua população] e a colonização”, afirmou o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir.
Neste domingo, na Faixa de Gaza, o exército israelense matou 27 pessoas, entre elas 11 atingidas por disparos enquanto aguardavam a distribuição de alimentos, afirmou a Defesa Civil do território palestino.
O ataque do Hamas a Israel, em outubro 2023, que desencadeou a guerra em Gaza, causou a morte de 1.219 pessoas do lado israelense, civis na maioria, segundo um balanço da AFP com base em dados oficiais.
A operação de retaliação de Israel em Gaza já deixou 61.369 mortos, majoritariamente civis, mulheres e crianças, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.
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