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Polônia alerta para risco de ‘conflito aberto’ após drones russos invadirem espaço aéreo
Publicado 10/09/2025 • 17:06 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 10/09/2025 • 17:06 | Atualizado há 3 horas
KEY POINTS
Primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk
Reprodução Flickr Agência Brasil
A Polônia alertou nesta quarta-feira (10) que Rússia e Europa estão cada vez mais próximas de um “conflito aberto”, depois que Varsóvia derrubou drones russos que violaram o espaço aéreo polonês. O episódio levou a manifestações de apoio dos Estados Unidos e de outros integrantes da OTAN.
A Rússia negou ter mirado a Polônia, enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, criticou o Kremlin por “violar” o território do aliado da OTAN durante mais uma ofensiva de Moscou contra a Ucrânia.
Imagens divulgadas por veículos locais mostraram o Exército na vila de Wyryki-Wola, no leste da Polônia, inspecionando uma casa com o telhado destruído e destroços espalhados pelo chão.
“A gente estava sentado aqui, e esse avião passou voando… Falei pro meu marido: ‘Por que esse avião tá tão barulhento hoje?’ E, de repente, um estrondo, e acabou”, contou Alicja Wesolowska, de 64 anos, que teve sua casa destruída em Wyryki-Wola.
As autoridades informaram que ninguém ficou ferido após o espaço aéreo polonês ter sido violado 19 vezes. O primeiro-ministro Donald Tusk disse que pelo menos três drones foram abatidos depois que Varsóvia e aliados enviaram caças.
Tusk também alertou que a situação — três anos e meio após a invasão russa na Ucrânia, que já matou dezenas de milhares de pessoas — pode sair do controle e pediu conversas urgentes com a OTAN.
O presidente dos EUA, Donald Trump, que já havia avisado no fim de semana que pode impor novas sanções a Moscou, escreveu em sua conta na rede Truth Social: “O que está acontecendo com a Rússia violando o espaço aéreo da Polônia com drones? Lá vamos nós!”, sem dar mais detalhes.
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O ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radoslaw Sikorski, disse que a invasão não foi acidental e classificou o episódio como “um ataque sem precedentes” contra a Polônia, a OTAN e a União Europeia.
O ministério da Defesa russo negou qualquer ataque à Polônia, e o ministério das Relações Exteriores de Moscou acusou Varsóvia de espalhar “mitos” para aumentar a tensão na guerra da Ucrânia.
A embaixada russa em Varsóvia disse à AFP que “a Polônia não apresentou provas” de que “os objetos que entraram no espaço aéreo polonês” eram russos.
Drones e mísseis russos já violaram o espaço aéreo de países da OTAN, inclusive da Polônia, outras vezes, mas nunca um país membro da aliança tentou abatê-los antes.
Tusk afirmou que acionou o Artigo 4 da OTAN, que permite a qualquer membro pedir conversas de emergência quando sentir que sua “integridade territorial, independência política ou segurança” estão ameaçadas — esta foi apenas a oitava vez que a medida foi utilizada.
“Esta situação… nos coloca mais próximos do que nunca de um conflito aberto desde a Segunda Guerra Mundial”, disse Tusk no parlamento.
No entanto, ele ressaltou que “não há motivo hoje para afirmar que estamos em estado de guerra”. O incidente aconteceu enquanto a Rússia lançava uma série de ataques por toda a Ucrânia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que a violação do espaço aéreo foi um “precedente perigoso” e pediu uma resposta firme dos aliados de Kyiv.
O ministério do Interior polonês informou que até agora foram localizados 15 drones e destroços de um projétil não identificado, além de uma casa ter sido danificada pelo impacto.
Um dos princípios básicos da OTAN é que um ataque contra qualquer país membro é considerado um ataque a todos.
O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, criticou o “comportamento irresponsável” de Moscou e elogiou a “reação muito eficaz” da aliança, dizendo a jornalistas que as defesas aéreas da OTAN cumpriram seu papel.
Capitais europeias correram para condenar o episódio, criticando o presidente russo Vladimir Putin pela situação.
“O que ele quer é nos testar”, disse a principal diplomata da União Europeia, Kaja Kallas. “E cada vez ele fica mais ousado, porque percebe que nossa resposta não foi forte o suficiente.”
O chanceler alemão Friedrich Merz também condenou a Rússia, dizendo que o país “colocou vidas em risco”, enquanto o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou para o “risco real” de a guerra ultrapassar as fronteiras da Ucrânia.
Um diplomata sênior da OTAN, que falou à AFP sob condição de anonimato, disse que a resposta da aliança provavelmente será “deslocar alguns recursos extras” para a Polônia ou outros países do leste.
A invasão aconteceu dois dias antes do início dos exercícios militares Zapad-2025, realizados pela Rússia e Belarus, que começam na sexta-feira (12).
Tusk afirmou que “dias críticos” estão por vir para a Polônia, após anunciar mais cedo o fechamento dos poucos postos de fronteira restantes com Belarus por causa dos exercícios militares.
A Polônia, uma das principais apoiadoras da Ucrânia, abriga mais de um milhão de refugiados ucranianos e é um ponto estratégico de passagem para ajuda humanitária e militar enviada pelo Ocidente ao país.
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