Por que os mercados indianos não se intimidam com os ataques contra o Paquistão
Publicado 07/05/2025 • 07:44 | Atualizado há 15 horas
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Por que os mercados indianos não se intimidam com os ataques contra o Paquistão
Publicado 07/05/2025 • 07:44 | Atualizado há 15 horas
KEY POINTS
Soldados paquistaneses tomam medidas de segurança pela cidade enquanto as pessoas entram em pânico durante o apagão após a Índia lançar ataques ao Paquistão, em Muzaffarabad, Paquistão, em 7 de maio de 2025.
Anadolu | Anadolu | Getty Images
Os investidores continuam apostando na história da Índia, com o otimismo em relação às suas perspectivas de crescimento ofuscando os temores geopolíticos.
Os mercados indianos ignoraram as tensões mais recentes com Islamabad após Nova Délhi atingir vários alvos dentro do território controlado pelo Paquistão em uma operação militar na manhã de quarta-feira.
“Reformas estruturais, demanda doméstica resiliente e fundamentos macroeconômicos sólidos continuam oferecendo um argumento convincente”, diz Mohit Mirpuri, gestor de fundos de ações da SGMC Capital.
“Os investidores podem fazer uma pausa momentânea, mas isso não tira a Índia de sua trajetória como uma alocação-chave nos mercados emergentes”, acrescentou Mirpuri.
Os mercados também pareceram encontrar apoio no avanço das negociações comerciais da Índia com importantes parceiros, incluindo um acordo de livre comércio com o Reino Unido, firmado na terça-feira.
O país deve ser um dos primeiros da região a fechar um acordo comercial bilateral com os Estados Unidos, possivelmente antes do terceiro trimestre de 2025, disse Radhika Rao, economista sênior do DBS Bank baseada em Singapura.
“Acreditamos que os ativos indianos permanecerão razoavelmente estáveis apesar do aumento das tensões geopolíticas com o Paquistão”, disse Johanna Chua, chefe global de economia de mercados emergentes do Citi, em uma nota a clientes logo após a ofensiva da Índia.
Chua afirmou haver precedentes históricos para a visão de sua equipe e apontou para a reação dos investidores em 2019, após o ataque em Pulwama, no qual 40 agentes de segurança indianos foram mortos em uma emboscada, levando a ataques indianos contra território administrado pelo Paquistão.
Os mercados cambiais ficaram “razoavelmente estáveis” e os rendimentos dos títulos do governo indiano de 10 anos oscilaram dentro de uma faixa de 15 pontos-base, apesar de um ano eleitoral e de um cenário de cortes nas taxas de juros.
Embora se espere uma reação inicial dos mercados, os investidores estão esperançosos por uma rápida desescalada que limite os impactos.
As ações indianas operaram quase estáveis após a operação militar, depois de uma queda na sessão anterior.
Os índices de referência Nifty 50 e BSE Sensex tiveram pouca variação, sinalizando que os investidores, até agora, não se deixaram abalar pelas tensões entre os dois países com armas nucleares. No entanto, especialistas não descartaram um impacto mais forte no mercado caso o conflito se intensifique.
As ações indianas ainda podem enfrentar alguma volatilidade no curto prazo, com riscos de queda, seguidos por uma recuperação gradual, disse Kranthi Bathini, diretor de estratégia de ações da WealthMills Securities.
“A principal questão é se isso se tornará um conflito total ou permanecerá como um ataque defensivo limitado”, disse Bathini. “Uma escalada maior pode prejudicar o sentimento dos investidores, enquanto uma resposta contida pode mal deixar marcas nos mercados”, afirmou ele.
A rúpia recuou 0,33%, para 84,562, em relação ao dólar, em meio a uma desvalorização mais ampla entre as moedas asiáticas, embora ainda estivesse próxima das máximas dos últimos três meses.
O rendimento dos títulos de referência de 10 anos do governo indiano caiu ligeiramente para 6,339%.
“Embora a última troca de tiros tenha sido muito mais agressiva do que o episódio anterior em 2019, ainda acreditamos que ela terminará em uma distensão nos próximos meses”, disse Darren Tay, chefe de análise de risco-país da região Ásia-Pacífico na BMI, acrescentando que os investidores devem continuar geralmente otimistas com relação à Índia.
No entanto, outros alertaram que o ambiente atual é significativamente mais intenso do que no período posterior aos ataques de 2019.
“A situação na fronteira permanece bastante fluida. O escopo e a escala da ação militar da Índia desta vez são muito maiores do que em 2016 ou 2019. Isso, por sua vez, sugere que o Paquistão se sentirá mais compelido do que antes a montar uma resposta ‘proporcional”, disseram Tom Miller e Udith Sikand, analistas sêniores da Gavekal, à CNBC.
“Dito isso, a reação contida dos preços dos ativos indianos aos eventos da noite anterior sugere que os investidores não esperam um ciclo interminável de retaliações militares”, acrescentaram.
A operação da Índia ocorre após um ataque militante no mês passado em Pahalgam, Jammu e Caxemira, no qual 26 pessoas foram mortas.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.