As esperanças de que os líderes da Ucrânia e da Rússia se reunissem para negociações de paz na Turquia na quinta-feira foram frustradas quando o líder do Kremlin, Vladimir Putin, e seu colega da Casa Branca, Donald Trump, optaram por não viajar.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy foi pressionado por Trump a participar das negociações em Istambul, mas disse que só o faria se o presidente russo estivesse presente.
O presidente russo Putin sinalizou no último domingo que estava disposto a manter “negociações diretas” com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky “sem quaisquer pré-condições” em Istambul esta semana.
No entanto, o líder russo não confirmou se compareceria pessoalmente às negociações, e o nome de Putin estava notavelmente ausente quando o Kremlin confirmou a delegação que enviaria a Istambul na noite de quarta-feira.
O Kremlin se mostrou reservado quanto à presença do presidente russo nas negociações, com o secretário de imprensa de Putin, Dmitry Peskov, evitando as perguntas dos repórteres sobre o assunto. Questionado na quarta-feira se Putin viajaria para a Turquia, o porta-voz respondeu que o presidente teria “reuniões de trabalho”.
Peskov foi enfático na quinta-feira, no entanto, dizendo um “não” direto quando perguntado se Putin participaria das negociações.
A delegação russa é liderada pelo assessor presidencial Vladimir Medinsky e inclui o vice-ministro das Relações Exteriores, Mikhail Galuzin, o vice-ministro da Defesa, Alexander Fomin, além do alto oficial militar Igor Kostyukov. Apesar da ausência de Putin, o Kremlin informou que o presidente manteve uma reunião noturna com várias autoridades russas de alto escalão para discutir as negociações.
Após o anúncio do Kremlin, um alto funcionário da Casa Branca disse à NBC News que os altos enviados dos EUA, Steve Witkoff e Keith Kellogg, bem como o Secretário de Estado Marco Rubio, viajariam para Istambul para conversas — enquanto Trump não viajaria para a Turquia.
Zelenskyy, da Ucrânia, expressou ceticismo em relação às negociações desta semana, comentando na quarta-feira que ainda estava “esperando para ver quem virá da Rússia, e então decidirei quais medidas a Ucrânia deve tomar. Até o momento, os sinais deles na mídia não são convincentes”, disse ele na plataforma de mídia social X.
Kiev foi pressionada a participar das discussões depois que Trump disse no domingo que a Ucrânia deveria concordar em se encontrar com a Rússia “imediatamente”.
“Pelo menos eles poderão determinar se um acordo é possível ou não”, escreveu Trump em sua plataforma de mídia social Truth.
“Se não for, os líderes europeus e os EUA saberão onde tudo está e poderão proceder de acordo!” Trump disse que estava “começando a duvidar que a Ucrânia faria um acordo com Putin” antes de exclamar: “TENHA A REUNIÃO, AGORA!!!”
Não se sabe se Zelenskyy ainda participará das negociações agora que Putin e Trump não estarão presentes.
Andrii Yermak, chefe do gabinete de Zelenskyy, era esperado para participar das negociações, mas não houve confirmação oficial de sua participação. Zelenskyy deve se encontrar com o presidente turco Erdogan em Ancara na quinta-feira.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
