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Reino Unido deve anunciar reconhecimento oficial do Estado da Palestina antes de Assembleia da ONU
Publicado 21/09/2025 • 12:33 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 21/09/2025 • 12:33 | Atualizado há 2 horas
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Unsplash.
Reino Unido pode reconhecer oficialmente o Estado da Palestina neste domingo (21), antes da Assembleia da ONU.
Há expectativa para que, neste domingo (21), o Reino Unido reconheça oficialmente o Estado da Palestina. Segundo o vice-primeiro-ministro David Lammy, o posicionamento do país será divulgado ainda hoje, embora ele não tenha confirmado que o reconhecimento será formalizado. A medida antecede debates na ONU e deve influenciar outros países a adotarem postura semelhante, buscando pressionar Israel diante da escalada do conflito na Faixa de Gaza.
Portugal também confirmou que fará a declaração de reconhecimento neste domingo (21), como informou o Ministério das Relações Exteriores de Portugal. França e outros países do G7 avaliam ações semelhantes, com a expectativa de que o anúncio britânico abra caminho para novas adesões durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, que começa nesta segunda-feira (22), em Nova York.
Embora o movimento seja principalmente simbólico, representa uma mudança significativa na abordagem das principais potências ocidentais, historicamente defensoras de que o reconhecimento palestino deveria ocorrer apenas em acordos de paz negociados com Israel.
A intensificação das operações militares israelenses em Gaza, após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, alterou o posicionamento de aliados tradicionais de Israel. O território palestino enfrenta destruição generalizada, aumento do número de mortos e agravamento da crise humanitária, incluindo falta de alimentos. Três quartos dos países membros da ONU já reconhecem a Palestina, de acordo com levantamento da AFP, incluindo pelo menos 145 dos 193 integrantes.
Pressões populares têm crescido no Reino Unido, com manifestações mensais e pesquisa do instituto YouGov indicando que dois terços dos britânicos entre 18 e 25 anos apoiam a criação do Estado palestino. Em julho, Lammy reconheceu na ONU que “a Grã-Bretanha tem uma responsabilidade especial de apoiar a solução de dois Estados”, recordando o papel britânico na origem do Estado de Israel por meio da Declaração Balfour, em 1917. O premiê Keir Starmer (Partido Trabalhista) já havia afirmado que pretendia reconhecer a Palestina se Israel não tomasse “medidas substanciais”, como um cessar-fogo em Gaza.
Starmer também pediu que o Hamas liberte os reféns capturados em 2023 e defendeu que o grupo não participe do governo palestino. Lammy afirmou à BBC que a Autoridade Palestina, que administra o território da Cisjordânia, solicita esse reconhecimento há tempos: “e eu acho que muito disso está envolvido em esperança”, tratou, acrescentando que a medida não resolve questões humanitárias nem libera reféns, mas busca viabilizar a proposta de dois Estados.
O chanceler palestino Varsen Aghabekian Shahin declarou à AFP: “Reconhecimento não é simbólico. Envia uma mensagem muito clara aos israelenses sobre suas ilusões de continuar a ocupação para sempre”. Por outro lado, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou o plano britânico, acusando Starmer de recompensar o que chamou de “terrorismo monstruoso” e de ceder à ideologia jihadista. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também discordou da decisão do Reino Unido após sua visita ao país na quinta-feira (18).
Leia mais:
Portugal decide reconhecer oficialmente a Palestina como estado; Brasil já apoia desde 2010
Os Estados Unidos seguem sendo o principal aliado e fornecedor de armamentos de Israel, que mantém a ofensiva em Gaza com o objetivo de eliminar o Hamas. O ataque do grupo palestino em 7 de outubro de 2023 resultou em 1.219 mortos, a maioria civis, segundo levantamento da AFP. Em resposta, as operações israelenses já causaram pelo menos 65.208 mortes, também em sua maioria civis, conforme dados do Ministério da Saúde de Gaza validados pela ONU.
Além do Reino Unido e Portugal, milhares de cidadãos israelenses vêm pressionando a comunidade internacional para que reconheça oficialmente o Estado palestino. Uma petição nesse sentido já conta com 8.500 assinaturas encaminhadas à ONU. Para o ativista Maoz Inon, “ao continuar a guerra, só vamos ampliar o ciclo de violência, derramamento de sangue e vingança em que estamos presos há um século, não apenas desde 7 de outubro”.
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