O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou que o presidente Donald Trump ainda não impôs sanções à Rússia devido à guerra em andamento contra a Ucrânia porque a Casa Branca ainda espera que a diplomacia encerre o conflito.
“No momento em que você começa a adotar esse tipo de medida, está se afastando da possibilidade de diálogo”, disse Rubio neste domingo (27) no programa ‘Meet the Press’, da NBC, do mesmo grupo da CNBC.
Rubio destacou que a próxima semana será “muito crítica” para a Casa Branca, que precisa decidir “se esse é um esforço no qual ainda vale a pena continuar envolvido”.
“Há motivos para otimismo, mas também para realismo”, afirmou Rubio, acrescentando: “Estamos perto, mas ainda não o suficiente.”
“Durante todo esse processo, trata-se de determinar se ambos os lados querem realmente a paz e o quão próximos ou distantes estão após 90 dias de negociações… É isso que estamos tentando avaliar nesta semana”, explicou Rubio sobre o andamento das conversas.
As declarações de Rubio ocorrem em um momento em que Trump intensifica a pressão sobre Rússia e Ucrânia para alcançarem um acordo de paz. No sábado (26), Trump se reuniu com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, pouco antes de cogitar a aplicação de sanções mais duras contra Moscou.
Rubio afirmou que Trump fez “progressos reais” em direção ao fim da guerra, mas alertou que “os últimos passos dessa jornada sempre seriam os mais difíceis, e precisam acontecer em breve”.
“Não podemos continuar, como eu disse, dedicando tempo e recursos a esse esforço se ele não for concluído com sucesso”, acrescentou.
Também no sábado, Trump questionou se o presidente russo Vladimir Putin realmente deseja “parar a guerra” contra a Ucrânia.
“Isso me faz pensar que talvez ele não queira encerrar a guerra, apenas esteja me enrolando, e que precisaremos lidar com isso de outra forma, por meio de ‘sanções bancárias’ ou ‘sanções secundárias’. Muitas pessoas estão morrendo!!!”, escreveu Trump na rede social Truth Social.
A publicação foi feita logo após uma reunião privada com Zelensky em Roma, que a Casa Branca descreveu como uma “discussão produtiva”.
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