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Seguradoras deixam embarcações ligadas ao EUA, Israel e Reino Unido sem cobertura no Oriente Médio
Publicado 24/06/2025 • 15:11 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 24/06/2025 • 15:11 | Atualizado há 3 meses
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Navio de carga chegando no porto de São Francisco, nos Estados Unidos.
Unsplash
O conflito no Oriente Médio levou muitas seguradoras do mercado de transporte marítimo a evitar oferecer cobertura na região a quaisquer embarcações ligadas aos EUA, Israel ou Reino Unido.
“Muitas seguradoras não estão negociando com embarcações com ligações aparentes aos EUA, Reino Unido ou Israel a qualquer preço”, disse David Osler, editor de seguros da Lloyd’s List.
De acordo com a corretora de seguros Marsh McLennan, as taxas entre as seguradoras que oferecem cobertura para embarcações estão agora variando entre 0,25% e 0,45% do valor do navio, acima dos 0,125% de algumas semanas atrás.
Essas taxas permaneceram constantes na semana anterior, mas após os ataques dos EUA no fim de semana às instalações nucleares do Irã, as taxas de risco de guerra marítima no Oriente Médio “aumentaram significativamente”, de acordo com Osler.
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Ao final do dia de segunda-feira (23), os preços haviam subido para até 0,5%, sendo ainda mais altos para navios afiliados aos EUA.
O valor estimado dos navios porta-contêineres e petroleiros varia de acordo com a idade, o tamanho, a carga transportada e os mercados atendidos, com navios porta-contêineres valendo de dezenas de milhões de dólares até os navios porta-contêineres e petroleiros mais caros, chegando a US$ 100 milhões ou mais.
Osler disse à CNBC que, devido à fluidez, as seguradoras também reduziram o período de notificação obrigatório de 48 para 24 horas.
“A certeza que podemos transmitir é que podemos obter seguro. A incerteza é o preço”, disse Marcus Baker, chefe global de marítimo, carga e logística da Marsh McLennan.
Baker disse à CNBC que não se lembra de uma época em que o período de notificação tenha sido reduzido de 48 para 24 horas.
As tarifas de frete marítimo no Oriente Médio também registraram um aumento.
Entre as questões que influenciam o mercado de seguros estão as preocupações com o bloqueio e aprisionamento de navios pelo Irã e o nível de apetite da China, grande cliente do petróleo iraniano. O presidente Trump afirmou em uma publicação nas redes sociais nesta terça-feira (24) que a China pode continuar comprando petróleo iraniano, um sinal de que os EUA não pretendem maximizar a pressão sobre a economia iraniana.
“Se houvesse uma retirada da China, haveria menos demanda por risco de guerra, então as leis simples da oferta e da demanda sugerem que ela deveria baixar as taxas”, disse Osler.
Osler disse que as taxas devem cair se o atual cessar-fogo provisório se mantiver, com base em informações que recebeu de fontes do mercado de seguros, mas as manchetes de terça-feira indicando que Irã e Israel possivelmente não estavam tão perto da distensão quanto os EUA esperavam agora estão pesando sobre as perspectivas.
“Isso só chega ao cerne do nervosismo que estamos vendo no mercado, porque eles simplesmente não sabem, e as coisas estão acontecendo muito rápido. Quer dizer, na entrevista de Trump esta manhã, não sei o que isso vai fazer, mas ele está obviamente irritado”, disse Osler sobre os comentários do presidente Trump à imprensa antes de partir para uma cúpula da OTAN, quando disse que “não estava satisfeito” com Israel e o Irã, após ter anunciado o cessar-fogo na noite de segunda-feira (23).
“Os acontecimentos efetivamente colocaram o mercado em modo de espera, com condições voláteis à medida que os subscritores se adaptam aos acontecimentos políticos à medida que se desenrolam”, disse Osler. “Diz-se que as consultas estão bastante reduzidas, o que indica que alguns proprietários não estão preparados para aceitar reservas para a região, dada a situação militar.”
Baker afirmou que a decisão do Irã de fechar o Estreito de Ormuz tem aspectos políticos e econômicos, além de questões práticas para China e Índia, os maiores destinos do petróleo iraniano, sem mencionar a reação de outras nações do Oriente Médio a serem consideradas, incluindo Arábia Saudita, Catar e Omã.
Na última quarta-feira, o Comitê Conjunto de Guerra dos subscritores de risco de guerra do Lloyd’s of London se reuniu e divulgou uma lista de áreas designadas nas quais os subscritores têm o poder discricionário, mas não a obrigação, de cobrar prêmios ou APs adicionais. Essa lista permanece inalterada.
Em uma circular atualizada sobre ameaças, a empresa britânica de segurança marítima Ambrey, divulgada na terça-feira, escreveu: “Há uma possibilidade realista de que o conflito entre Israel e o Irã continue/recomece, e pode haver envolvimento subsequente dos EUA, mas o risco de envolvimento dos EUA é avaliado como reduzido. No entanto, o Golfo é geralmente considerado parte da área listada mais ampla do Oceano Índico e se conecta ao Mar Vermelho listado. Isso significa que, na prática, os armadores devem fornecer às seguradoras notificações sobre os trânsitos.”
Baker afirmou que é importante contextualizar o aumento das taxas com as recentes zonas de conflito e o transporte marítimo.
“As taxas da Ucrânia subiram para 5% e estamos apenas, ainda não chegamos a um décimo dessas taxas”, disse ele. “Cinco por cento de cerca de um milhão de dólares, ou um milhão e meio de dólares, dependendo do tamanho do navio. Foi um aumento muito significativo no valor dos grãos, que era bem menor do que o valor de uma carga de petróleo e um VLCC [navio de transporte de petróleo bruto de grande porte]. É apenas uma questão de diferentes subjacentes, diferentes apetites, diferentes percepções de risco, e isso influenciará o rumo das coisas”, acrescentou Baker.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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