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Tarifas da China sobre lácteos da UE chegam a 42,7%; entenda a medida
Publicado 22/12/2025 • 07:45 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 22/12/2025 • 07:45 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Freepick e Divulgação
China retalia União Europeia com tarifas de até 42,7% sobre queijos e leite a partir desta terça-feira.
A China anunciou a aplicação de tarifas provisórias de até 42,7% sobre determinados produtos lácteos importados da União Europeia, após concluir a etapa inicial de uma investigação antissubsídios. A medida é amplamente interpretada como resposta às tarifas impostas pelo bloco europeu sobre veículos elétricos.
As alíquotas ficarão entre 21,9% e 42,7%, com a maioria das empresas sujeita a uma taxa próxima de 30%. A cobrança atinge itens como leite e queijos, incluindo o tradicional queijo azul francês Roquefort, e começa a valer a partir de terça-feira.
Procurada, a Comissão Europeia não comentou a decisão até o momento.
O anúncio feito na segunda-feira tem caráter provisório e poderá ser revisto quando houver uma deliberação final. Na semana passada, Pequim já havia reduzido de forma significativa as tarifas provisórias aplicadas à carne suína ao divulgar o desfecho da investigação sobre o produto.
As tensões comerciais entre China e União Europeia se intensificaram em 2023, quando a Comissão Europeia, responsável pela política comercial do bloco, abriu uma investigação antissubsídios contra veículos elétricos produzidos em território chinês.
Desde então, Pequim iniciou apurações e aplicou tarifas sobre importações europeias de conhaque, carne suína e, agora, laticínios, em movimentos classificados como retaliatórios. Ainda assim, o governo chinês tem reduzido ou limitado o impacto das medidas em diferentes ocasiões, inclusive ao preservar parcialmente grandes fabricantes de conhaque, como Pernod Ricard, LVMH e Remy Cointreau.
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O Ministério do Comércio da China informou que as negociações com a UE sobre as tarifas aplicadas a veículos elétricos foram retomadas neste mês. As conversas estavam previstas para terminar na semana passada, mas não houve novos anúncios desde então. Segundo um diplomata europeu sênior em Pequim, pontos centrais ainda permanecem sem acordo entre as partes.
Em 2024, a China importou US$ 589 milhões em produtos lácteos abrangidos pela investigação em curso, montante semelhante ao registrado em 2023.
O Ministério do Comércio chinês afirmou, em comunicado, ter identificado evidências de que os laticínios europeus recebiam subsídios e causavam prejuízos aos produtores locais.
Cerca de 60 empresas, entre elas a Arla Foods, dona de marcas como Lurpak e Castello, estarão sujeitas a tarifas entre 28,6% e 29,7%. A italiana Sterilgarda Alimenti SpA pagará a menor alíquota, de 21,9%, enquanto a FrieslandCampina Belgium N.V. e a FrieslandCampina Nederland B.V. enfrentarão a taxa máxima, de 42,7%. Companhias que não participaram da investigação serão enquadradas na alíquota mais elevada.
A decisão tende a ser bem recebida pela indústria chinesa de laticínios, que enfrenta excesso de oferta de leite e queda nos preços. A demanda também tem sido pressionada pela redução das taxas de natalidade e por consumidores mais sensíveis aos preços.
Terceira maior produtora de leite do mundo, a China recomendou no ano passado que produtores limitassem a produção e descartassem vacas mais velhas e menos produtivas.
Ao taxar produtos europeus, a China precisa de outras fontes para suprir suas necessidades, e o Brasil, grande exportador de commodities, se torna um fornecedor natural para itens como carnes (bovina, suína) e algodão, tendo a oportunidade de aumentar o volume de vendas brasileiras para a China.
Especialistas indicam que, enquanto a UE enfrenta barreiras, o Brasil pode expandir seu volume de exportações, mesmo que não necessariamente por preços maiores, aproveitando a busca chinesa por diversificação de fornecedores.
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