CNBC Daily Open: tarifas propostas por Trump para a UE não parecem preocupar muito os investidores
Publicado 26/05/2025 • 11:59 | Atualizado há 1 dia
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Trump elogia passo “positivo” nas negociações com a UE enquanto mercados esperam por acordo
Publicado 26/05/2025 • 11:59 | Atualizado há 1 dia
KEY POINTS
Donald Trump
Foto: J. SCOTT APPLEWHITE/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Se o presidente dos EUA, Donald Trump, cumprir sua ameaça de tarifas de 50% sobre a União Europeia, ele estará impondo tarifas mais altas ao aliado dos EUA, em comparação com os 30% atualmente aplicados à China.
Mas no domingo (25), Trump disse que adiaria as tarifas sobre a UE de 1º de junho para 9 de julho, após uma ligação com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
De fato, quando a notícia das tarifas foi divulgada pela primeira vez, os analistas não estavam convencidos de que a declaração de Trump tivesse muito peso. Por exemplo, o presidente dos EUA usou a palavra “recomendação” — uma proposta em vez de uma diretiva clara. Trump também recuou em mais de uma ocasião em relação às tarifas de importação: suspendendo as tarifas “recíprocas” e reduzindo as barreiras comerciais com a China, embora ambos temporariamente.
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Quanto as tarifas impostas a UE podem dar errado para Trump, de acordo com especialistas
Os principais índices de ações dos EUA e da Europa não tiveram uma reação tão forte em comparação com o anúncio inicial de tarifas feito por Trump em 2 de abril, sinalizando que os investidores estão começando a encarar os anúncios relacionados a tarifas com certa desconfiança.
A proposta de tarifa de 50% para a UE é principalmente uma “tática de negociação”, escreveu o Barclays em nota na sexta-feira (23).
Ainda assim, os mercados caíram na semana — o S&P 500, o Índice Industrial Dow Jones e o Nasdaq Composite perderam mais de 2% no período — com o aumento dos rendimentos dos títulos do Tesouro. A liquidação dos títulos do Tesouro ocorreu em razão do projeto de lei tributária de Trump, que deve adicionar US$ 2,3 trilhões ao déficit federal.
Portanto, embora os investidores pareçam estar se acostumando com as proclamações tarifárias de Trump, há muito mais no arsenal do presidente para manter os mercados nervosos.
Trump recomenda tarifas de 50% sobre a UE
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse no domingo que adiará as tarifas de 50% sobre a União Europeia até 9 de julho, dias após “recomendar” que elas entrassem em vigor a partir de 1º de junho. Especialistas em frete comercial disseram que tais tarifas poderiam “ser contraproducentes” para os EUA e encarecer a produção. A Casa Branca não interpretou a publicação do presidente como uma declaração formal de política, informou Eamon Javers, da CNBC.
Mercados americanos caíram — ligeiramente
As ações americanas caíram na sexta-feira (23) devido às ameaças tarifárias de Trump. O S&P 500 recuou 0,67%, o Dow Jones Industrial Average perdeu 0,61% e o Nasdaq Composite caiu 1%. Essas movimentações, no entanto, são muito menores do que as quedas de mais de 4% em 4 de abril, depois que Trump anunciou suas “tarifas recíprocas”. Os mercados da Ásia-Pacífico estavam mistos na segunda-feira (26). Às 14h, o S&P 500 recuou 0,67%, o Dow Jones Industrial Average perdeu 0,61% e o Nasdaq Composite recuou. As 2h00 no horário de Cingapura, o Nikkei 225 do Japão subiu quase 1%, com as ações da Nippon Steel avançando 2,2% após a notícia de que Trump havia aprovado uma fusão entre a empresa e a U.S. Steel.
Mantendo-se à frente apesar das restrições à exportação
Estocar chips, tornar os modelos de inteligência artificial mais eficientes e usar semicondutores nacionais — essas são algumas das estratégias que as empresas de tecnologia chinesas Tencent e Baidu estão usando para se manterem na corrida global pela IA, mesmo com os EUA restringindo as exportações de chips cruciais. O CEO da Nvidia, Jensen Huang, classificou as restrições na quarta-feira (21) como um “fracasso”, afirmando que elas estão causando mais danos às empresas americanas do que à China.
Carro da Xiaomi desafia a Tesla
Menos de um ano após o lançamento de seu primeiro carro elétrico, a Xiaomi revelou seu SUV YU7 na noite de quinta-feira (22). A empresa afirmou que ele teria uma autonomia de pelo menos 760 quilômetros (472 milhas) com uma única carga, mirando o Model Y de alcance estendido da Tesla, que anuncia uma autonomia de 719 km. “Esperamos que o Yu7 corroa significativamente a participação de mercado do Tesla Model Y na China”, disse o analista do Citi, Jeff Chung, em um relatório no domingo.
Lucros da Nvidia determinarão os mercados
A Nvidia anunciará os lucros do primeiro trimestre esta semana. O evento de quarta-feira — juntamente com comentários aparentemente precipitados de Trump — determinará o sentimento dos investidores em relação aos mercados durante a semana. Fique de olho também no índice de gastos com consumo pessoal dos EUA de abril para ver sinais de como as tarifas estão afetando os preços que as famílias pagam por bens e serviços.
Uma legislação americana com décadas de existência, conhecida como “regra da primeira venda”, permite que importadores americanos utilizem o preço da primeira venda em diversas transações para calcular os impostos alfandegários.
Por exemplo, um fabricante chinês vende uma camiseta para um fornecedor de Hong Kong por US$ 5. Esse fornecedor de Hong Kong a vende para um varejista americano por US$ 10. Esse varejista americano, então, vende a camiseta aos consumidores por US$ 40.
Segundo a regra da primeira venda, o varejista americano pode pagar o imposto de importação sobre o preço inicial de US$ 5 do produto, em vez dos US$ 10 inflacionados pelo fornecedor, eliminando assim o custo associado ao lucro do intermediário.
As empresas parecem estar se aproveitando dessa lei alfandegária. Embora a regra da primeira venda seja amplamente aplicável a todos os produtos e setores, ela é particularmente útil em bens de consumo de maior valor e produtos de luxo, onde as margens são maiores.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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