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Tarifaço pode causar impacto bilionário na Embraer semelhante ao da covid-19
Publicado 18/07/2025 • 11:25 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 18/07/2025 • 11:25 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
A brasileira Embraer se destaca como uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo.
Divulgação/Embraer
A Embraer, terceira maior fabricante de aeronaves do mundo, prevê que as tarifas anunciadas pelos Estados Unidos contra o Brasil poderão provocar um impacto semelhante ao vivido durante a pandemia de covid-19. Naquela época, a companhia teve uma queda de 30% na receita e precisou reduzir cerca de 20% do seu quadro de funcionários.
Segundo estimativas da própria empresa, o tarifaço pode elevar em até R$ 50 milhões o preço de cada avião vendido ao mercado americano, principal destino dos jatos executivos da fabricante brasileira. Até 2030, o impacto total das tarifas pode alcançar R$ 20 bilhões.
O CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, afirmou que os efeitos da medida podem incluir cancelamentos de pedidos, postergações de entregas, revisão do plano de produção, redução de investimentos e queda na geração de caixa.
“Não tem como remanejar essas encomendas. Avião não é commodity. O maior mercado de avião executivo é nos Estados Unidos. Não tem como reposicionar isso para outros mercados”, disse Gomes, em entrevista nesta terça-feira (15).
As exportações para os EUA representam 45% da produção de jatos comerciais e 70% dos jatos executivos da Embraer. Para o CEO, uma tarifa de 50% pode simplesmente inviabilizar esse comércio. “É quase um embargo. Cinquenta por cento dificultam ou inviabilizam as exportações para qualquer país. E para avião, é mais impactante ainda devido ao alto valor agregado do produto.”
Apesar do cenário desafiador, a Embraer acredita que existe margem para uma solução negociada. Gomes destacou que, nos próximos cinco anos, a empresa brasileira pode comprar até US$ 21 bilhões em equipamentos dos Estados Unidos para equipar suas aeronaves — o que também interessa à indústria americana.
“Eles [autoridades americanas] entendem isso, mas querem ver uma negociação bilateral avançando, como estão buscando em vários outros países”, explicou.
O executivo se mostrou otimista e citou como exemplo o recente acordo entre EUA e Reino Unido, que restaurou a tarifa zero para o setor aeronáutico. “Houve concessões de ambas as partes. No caso do setor aeroespacial, a alíquota era de 10%. Esse exemplo é uma boa base para o Brasil também”, concluiu.
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