Enviado do Japão para discutir tarifas busca acordo “ganha-ganha” com os EUA
Publicado 16/04/2025 • 08:26 | Atualizado há 3 dias
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Publicado 16/04/2025 • 08:26 | Atualizado há 3 dias
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Estação de trem de Tóquio, no Japão, durante queda de neve
Foto de Gu Ko / Pexels
O enviado de Tóquio para as negociações tarifárias com os Estados Unidos partiu para Washington nesta quarta-feira (16) dizendo estar confiante em um resultado “ganha-ganha”, ao mesmo tempo, em que protegerá os interesses nacionais japoneses.
Analistas disseram que o resultado da visita de Ryosei Akazawa pode definir o modelo para as negociações de outros países com o governo do presidente dos EUA, Donald Trump.
“Estou confiante de que seremos capazes de construir uma relação de confiança e conduzir boas negociações que levarão a uma relação ganha-ganha”, disse Akazawa, que é ministro da Revitalização Econômica, a repórteres.
Na semana passada, Trump suspendeu por 90 dias sua tarifa “recíproca” de 24% sobre o Japão, com tarifas diferenciadas sobre a maioria dos outros países.
Mas, apesar de ser o maior investidor nos Estados Unidos, o Japão ainda foi atingido com altas taxas sobre importações de seus carros, aço e alumínio.
A montadora Honda disse na quarta-feira que vai transferir a produção do seu modelo híbrido Civic do Japão para os Estados Unidos em junho ou julho, mas evitou dizer que a razão seriam as tarifas dos EUA.
A justificativa por trás da decisão “não é uma questão única”, disse um porta-voz da empresa japonesa. “A decisão se baseia na política da empresa desde sua fundação: produzir carros onde há demanda.”
O veículo, no entanto, representa apenas uma pequena parte da produção anual da empresa.
Akazawa realizará conversas com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e com o representante de Comércio, Jamieson Greer, durante sua viagem.
Compras de equipamentos de defesa dos EUA e gás natural do Alasca podem estar em pauta durante as negociações, segundo analistas.
O ministro, que estudou em uma universidade americana e é próximo do primeiro-ministro Shigeru Ishiba, disse que quer “proteger nossos interesses nacionais” nas conversas com Bessent e Greer, que “gostam do Japão”.
O Instituto de Pesquisa Daiwa alertou nesta quarta-feira que as tarifas recíprocas de Trump poderiam causar uma queda de 1,8% no PIB real do Japão até 2029.
Autoridades dos EUA também devem realizar negociações com a Coreia do Sul e outros países, mas Stephen Innes, da SPI Asset Management, chamou as discussões com o Japão de “canário na mina de carvão tarifária”.
“Se o Japão conseguir um acordo — mesmo que malfeito — o modelo estará estabelecido. Se saírem de mãos vazias, prepare-se. Outros países começarão a considerar o confronto, não a cooperação”, escreveu ele em um boletim.
E “não se esqueça do elefante no cofre: o Japão ainda é o maior detentor de títulos do Tesouro dos EUA. E isso, meu amigo, é muita influência”, acrescentou.
Altos funcionários japoneses, incluindo Ishiba, rejeitaram alegações de que Tóquio pode ter criado deliberadamente volatilidade no mercado de Treasuries dos EUA para forçar a suspensão das tarifas recíprocas por Trump, dizendo que isso não é algo que aliados fariam.
* Com informações da AFP
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