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CEO da Pfizer diz que incerteza sobre tarifas está desestimulando investimentos em manufatura e P&D nos EUA

Publicado 29/04/2025 • 15:10 | Atualizado há 2 meses

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • O CEO da Pfizer, Albert Bourla, afirmou nesta terça-feira (29) que a incerteza em torno das tarifas farmacêuticas planejadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, está desestimulando a empresa a investir mais em manufatura e no setor de pesquisa e desenvolvimento nos Estados Unidos.
  • Isso ocorre enquanto empresas farmacêuticas se preparam para as tarifas de Trump sobre medicamentos importados para os EUA – uma tentativa de seu governo de impulsionar a manufatura no país.
  • A Pfizer espera um custo de US$ 150 milhões (aproximadamente R$ 844,5 milhões) devido às tarifas atuais de Trump neste ano.
O logotipo da Pfizer é visto do lado de fora da fábrica da empresa farmacêutica, em Newbridge, Irlanda, em 10 de fevereiro de 2025.

O logotipo da Pfizer é visto do lado de fora da fábrica da empresa farmacêutica, em Newbridge, Irlanda, em 10 de fevereiro de 2025.

Clodagh Kilcoyne | Reuters (Reprodução CNBC Internacional)

O CEO da Pfizer, Albert Bourla, afirmou nesta terça-feira (29) que a incerteza em torno das tarifas farmacêuticas planejadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está desestimulando a empresa a investir mais em manufatura e no setor de pesquisa e desenvolvimento no país.

Os comentários de Bourla durante a teleconferência de resultados do primeiro trimestre da empresa foram em resposta a uma pergunta sobre o que a Pfizer espera das negociações tarifárias que incentivariam a empresa a aumentar os investimentos nos EUA.

Essa dinâmica ocorre enquanto empresas farmacêuticas se preparam para as tarifas de Trump sobre medicamentos importados para o país – uma tentativa de seu governo de impulsionar a manufatura doméstica.

“Se eu souber que não vai haver tarifas… então há investimentos enormes que podem acontecer neste país, tanto em P&D (pesquisa e desenvolvimento) quanto em manufatura”, disse Bourla na teleconferência, acrescentando que a empresa também busca “certeza”.

“Em períodos de incerteza, todos controlam seus custos e são muito prudentes com seus investimentos, como estamos fazendo, para que estejamos preparados para mudanças. É isso que eu gostaria de ver”, disse Bourla.

Bourla destacou que o ambiente tributário, que anteriormente empurrava a manufatura para o exterior, “mudou significativamente agora” com o estabelecimento de um imposto mínimo global em torno de 15%. Ele disse que essa mudança não tornou os EUA necessariamente mais atraentes, afirmando que “não é tão vantajoso” investir aqui sem incentivos adicionais ou clareza sobre tarifas.

“Agora tenho certeza — e sei porque conversei com ele [Trump] — que ele gostaria de ver até mesmo uma redução no regime tributário atual, particularmente para produtos produzidos localmente”, disse Bourla, acrescentando que uma diminuição adicional seria um forte incentivo para a manufatura nos EUA.

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Projeções e impactos das tarifas atuais na Pfizer

Ao contrário de outras empresas que enfrentam políticas comerciais em evolução, a Pfizer não revisou suas projeções para o ano inteiro na terça-feira. No entanto, a companhia observou em seu comunicado de resultados que a orientação “atualmente não inclui qualquer impacto potencial relacionado a futuras tarifas e mudanças na política comercial, que não podemos prever neste momento”.

Mas na teleconferência de resultados na terça-feira (29), executivos da Pfizer disseram que a orientação reflete US$ 150 milhões (aproximadamente R$ 844,5 milhões, na cotação atual) em custos das tarifas atuais de Trump.

“Incluído em nossa orientação, que realmente não comentamos, há algumas tarifas em vigor hoje”, disse o CFO da Pfizer, Dave Denton, na teleconferência.

“Estamos contemplando isso dentro de nossa faixa de orientação e continuamos seguindo para o topo de nossa faixa de orientação, mesmo com esses custos a serem incorridos neste ano”, afirmou.

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