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Tarifas do Trump

Lutnick diz que CEOs da indústria automotiva estão “bem” com tarifas mais altas que as do Japão

Publicado 24/07/2025 • 16:43 | Atualizado há 2 dias

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • O Secretário de Comércio, Howard Lutnick, minimizou as preocupações das montadoras de Detroit sobre o novo acordo comercial do presidente Donald Trump com o Japão.
  • Lutnick disse que conversou com CEOs de fabricantes de automóveis dos EUA e que "eles estão tranquilos com a ideia".
  • O acordo anunciado por Trump prevê que o Japão aceite uma tarifa de 15% sobre os carros que exporta para os EUA, além de prometer US$ 550 bilhões em investimentos americanos.

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O secretário de Comércio, Howard Lutnick, disse nesta quinta-feira (24) que os CEOs da indústria automobilística americana lhe disseram que estão “de boa” com o novo acordo comercial do presidente Donald Trump, que pode impor tarifas mais baixas sobre carros importados do Japão do que sobre carros fabricados por empresas americanas no Canadá e no México.

Lutnick rejeitou as reclamações de um grupo que representa a General Motors, a Ford e a Stellantis de que o plano de Trump poderia dar às montadoras japonesas uma vantagem sobre as “Três Grandes” montadoras de Detroit.

“Meu Deus, isso é tão bobo”, disse Lutnick no programa “Squawk on the Street”, da CNBC, após ser questionado sobre as críticas do Conselho Americano de Política Automotiva.

O acordo anunciado por Trump na terça-feira (22) prevê que o Japão aceite uma tarifa de 15% sobre os carros que exporta para os EUA, além de prometer US$ 550 bilhões em investimentos americanos.

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Mas as montadoras americanas terão que pagar uma taxa de 25% sobre os carros que fabricarem no Canadá e no México e importarem para os EUA, sob tarifas impostas por Trump em abril.

As ações das marcas japonesas Toyota, Honda, Nissan e Mazda dispararam com a notícia do acordo comercial de Trump com o Japão — mas as montadoras americanas soaram o alarme.

“Qualquer acordo que cobre uma tarifa menor para importações japonesas com praticamente nenhum conteúdo americano do que a tarifa imposta a veículos fabricados na América do Norte com alto conteúdo americano é um mau negócio para a indústria e os trabalhadores automotivos americanos”, disse Matt Blunt, chefe do Conselho Americano de Política Automotiva, na terça-feira (22).

Lutnick disse à CNBC nesta quinta-feira (24) que “relações públicas” estão “gerando” descontentamento com o acordo. Ele disse que conversou com os CEOs cujas empresas são representadas pelo grupo na quinta-feira anterior e que eles não se opõem ao acordo.

“Eles estão de bem com isso”, disse Lutnick.

Ele disse entender que as empresas americanas ficariam “um pouco decepcionadas” ao ver as tarifas sobre a importação de automóveis fabricados no Japão caírem de 25% para 15%.

Mas Lutnick disse que as montadoras nacionais poderiam evitar o pagamento de tarifas sobre os carros que fabricam no Canadá e no México transferindo suas unidades de produção para os Estados Unidos.

“Vamos lá, não há tarifa se você construir nos Estados Unidos”, disse ele. “Os fabricantes americanos vão se sair extremamente bem nos Estados Unidos — contanto que construam nos Estados Unidos. Se você construir nos Estados Unidos, está tudo bem”, disse ele.

Blunt não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da CNBC sobre as declarações de Lutnick.

As tarifas de Trump já afetaram as Três Grandes montadoras.

A GM divulgou em maio uma projeção para o ano inteiro que incluía um impacto de US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões em tarifas. A empresa confirmou esta semana que as tarifas custaram US$ 1,1 bilhão no segundo trimestre fiscal de 2025.

A Stellantis afirmou na segunda-feira (21) que espera um prejuízo líquido de quase US$ 2,7 bilhões no primeiro semestre do ano, em parte devido aos efeitos das tarifas.

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