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Tarifas do Trump

Senado dos EUA aprova projeto para anular tarifas de Trump contra o Brasil, mas medida deve ser barrada na Câmara

Publicado 28/10/2025 • 20:50 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • A medida encerraria a emergência nacional declarada por Trump em julho, em retaliação ao processo movido pelo Brasil contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, por uma suposta tentativa de golpe.
  • No primeiro dos três projetos de lei tarifários esperados no Senado esta semana, os legisladores aprovaram a medida relativa ao Brasil por 52 votos a 48, com cinco republicanos cruzando as linhas partidárias para apoiar a medida.
Capitol Hil é a sede do governo dos EUA e abriga o Capitólio dos Estados Unidos, o Senado, a Câmara dos Representantes e a neoclássica Suprema Corte, em Washington.

Capitol Hil é a sede do governo dos EUA e abriga o Capitólio dos Estados Unidos, o Senado, a Câmara dos Representantes e a neoclássica Suprema Corte, em Washington.

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O Senado dos Estados Unidos, liderado pelos republicanos, aprovou nesta terça-feira (28) uma legislação que anula as tarifas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, ao Brasil, encerrando a emergência nacional declarada em julho. A decisão representa uma derrota simbólica ao governo Trump e ocorre em meio à sua viagem diplomática à Ásia, onde o presidente deve se reunir com o líder chinês Xi Jinping para discutir acordos comerciais.

A medida foi aprovada por 52 votos a 48, com cinco republicanos votando junto aos democratas. No entanto, a proposta agora segue para a Câmara dos Representantes, também controlada pelos republicanos, onde a expectativa é de que seja arquivada, mantendo as tarifas em vigor.

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Tarifaço e impasse político

A votação é a primeira de três iniciativas que o Senado deve analisar nesta semana para reverter as tarifas de Trump sobre o Brasil, o Canadá e outros países. Os republicanos da Câmara já sinalizaram que pretendem bloquear qualquer tentativa de derrubar as medidas comerciais, vistas como parte central da política econômica do presidente.

As tarifas foram decretadas após o Brasil abrir um processo internacional contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe de Estado. O governo americano alegou que o país representava uma ameaça à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA, citando ainda uma “perseguição política” a Bolsonaro.

Pressão econômica e reação democrata

Os democratas acusam Trump de usar declarações falsas de emergência para justificar tarifas que elevaram o custo de bens e commodities, afetando consumidores e produtores americanos. Eles prometem forçar novas votações para reverter as medidas, especialmente diante do aumento de preços no mercado interno.

Em abril, o Senado já havia aprovado um projeto para encerrar as tarifas contra o Canadá, mas rejeitou outra proposta que limitava as tarifas globais do presidente. Nenhuma das duas avançou na Câmara.

Contexto bilateral

Autoridades brasileiras afirmam que, nos últimos 15 anos, o país manteve um superávit comercial de US$ 410 bilhões com os Estados Unidos. Apesar disso, o decreto de Trump classificou o Brasil como “ameaça à economia americana”.

A decisão do Senado ocorre dias após o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump na Malásia, que sinalizou uma possível trégua tarifária e reaproximação comercial entre os dois países.

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