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Setor têxtil projeta perdas com nova tarifa dos EUA e pede medidas compensatórias
Publicado 01/08/2025 • 12:07 | Atualizado há 3 meses
        
        
                            
                    
                    
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Publicado 01/08/2025 • 12:07 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
A indústria têxtil brasileira deve enfrentar um cenário de retração nas exportações para os Estados Unidos após a confirmação da nova tarifa de 40% imposta pelo governo norte-americano. A medida entra em vigor em uma semana e eleva para 50% a carga total sobre produtos brasileiros do setor.
Segundo Fernando Valente Pimentel, diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), a medida representa um impacto direto sobre a viabilidade das operações com o mercado norte-americano. “Foi uma taxa punitiva, de inviabilizar realmente os negócios”, disse em entrevista ao Real Time, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
Apenas os cordéis de sisal foram incluídos na lista de exceções à tarifa adicional. Esse item correspondeu a 17% das vendas externas do setor para os Estados Unidos em 2024.
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Pimentel destacou que a indústria brasileira passa a competir em desvantagem com países asiáticos como Vietnã, Malásia e Camboja, que continuarão a exportar têxteis para os EUA com tarifas de 19% a 20%. “O Brasil recebeu a maior taxação. A competição se torna inviável”, afirmou.
De acordo com o executivo, produtos de moda são feitos sob encomenda e não podem ser facilmente redirecionados para outros mercados. “Você não acha novos mercados do dia para a noite”, pontuou. Já os produtos mais comoditizados podem ser parcialmente redirecionados, mas enfrentam forte concorrência de itens importados da China, que já responde por mais de 60% das importações têxteis brasileiras.
Em resposta à nova tarifa, empresas do setor começaram a renegociar pedidos e revisar os planos de produção para o segundo semestre. Segundo Pimentel, dificilmente os pedidos contratados serão embarcados caso o cenário não mude. Ele citou o segmento de moda praia como exemplo, com 40% da produção destinada ao mercado norte-americano e empresas que dependem em até 60% desse mercado para sua receita.
A Abit afirma estar em diálogo com empresas, autoridades brasileiras e representantes dos EUA para tentar reverter a decisão. O setor também defende a adoção de medidas compensatórias emergenciais para empresas com maior exposição às exportações.
“O mercado local está sendo atacado pelos asiáticos, e ao mesmo tempo perdemos um mercado estratégico. É uma penalização que precisa ser revista”, disse o diretor.
O setor têxtil brasileiro é composto majoritariamente por pequenas e médias empresas, responde por cerca de 75% do abastecimento interno e emprega 1,3 milhão de pessoas diretamente. Embora não seja o maior exportador, o Brasil tem a quinta maior indústria têxtil do mundo.
Para Pimentel, as empresas mais afetadas já começaram a reorientar suas estratégias de produção e investimento. “Aqueles que tinham dependência maior do mercado norte-americano estão revendo seus planos para atender ao mercado interno e buscar novos destinos”, concluiu.
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