Uma representação do novo parque temático da Disney na Ilha Yas, em Abu Dhabi.

CNBC Disney anuncia parque temático e resort em Abu Dhabi

Tarifas do Trump

Tarifas de Trump e restrições à exportação para a China lançam dúvidas sobre as principais ações de chips

Publicado 07/05/2025 • 12:03 | Atualizado há 18 horas

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • Empresas de chips, como AMD e Super Micro, afirmaram que a política tarifária dos EUA e as restrições à exportação para a China causaram incerteza em seus negócios.
  • A Marvell adiou um dia para investidores previamente agendado devido ao "atual ambiente macroeconômico incerto".
  • O CEO da Nvidia, Jensen Huang, afirmou que seria uma "perda tremenda" para as empresas americanas de chips não poderem vender seus produtos para a China.

Foto Da Placa De Circuito Verde

Pixabay

Incerteza — esse foi o tema durante a temporada de balanços das maiores empresas de semicondutores do mundo, que não têm clareza sobre a demanda por seus produtos devido às mudanças na política tarifária dos EUA e às restrições à exportação impostas à China.

As tarifas “recíprocas” do presidente dos EUA, Donald Trump, entraram em vigor em abril, embora tenham sido suspensas logo depois. A Casa Branca também isentou certos produtos de tecnologia, como smartphones e chips. No entanto, os EUA estão investigando importações de tecnologia de semicondutores que podem estar sujeitas a novas tarifas.

Leia mais

Acompanhe a cobertura em tempo real da Guerra Tarifária

CEO da Nvidia diz que ficar de fora do mercado de IA da China seria uma “perda tremenda”

Amazon e Nvidia dizem que a demanda por data centers de IA não está diminuindo, mesmo com temores de recessão

Enquanto isso, Washington adicionou no mês passado mais produtos semicondutores da Nvidia e da AMD a uma lista de itens com exportação restrita para a China, dando continuidade às restrições da era Biden.

A mudança nas tarifas e na política para a China causou consternação entre os executivos das maiores empresas de chips do mundo, com impactos visíveis em seus negócios.

Na terça-feira (06), a AMD anunciou que espera uma perda de US$ 1,5 bilhão em receita até o final do seu ano fiscal, como resultado das restrições à exportação de chips de IA para a China, apesar de ter superado as estimativas de lucro para o primeiro trimestre.

A Super Micro divulgou projeções decepcionantes na terça-feira (06), citando incertezas tarifárias e macroeconômicas. A empresa afirmou que não forneceria projeções para o ano fiscal de 2026 até que a “visibilidade” se tornasse mais clara. As ações caíram 4% no pré-mercado.

E a Marvell anunciou na terça-feira (06) que está adiando seu dia do investidor, previamente agendado, de 10 de junho, para uma “data futura no calendário de 2026”. As ações da empresa caíram 4,4% no pré-mercado.

“Decidimos adiar nosso dia do investidor devido ao atual ambiente macroeconômico incerto”, disse Matt Murphy, CEO da Marvell, em um comunicado.

Clareza na “oferta escassa”

As ações de semicondutores têm estado sob pressão este ano em meio à crescente incerteza macroeconômica e às políticas comerciais dos EUA. Há também preocupação com a demanda por produtos de IA, mesmo com gigantes da tecnologia como Microsoft e Amazon continuando a investir bilhões de dólares na construção de data centers.

O ETF VanEck Semiconductor, uma cesta de ações de chips, caiu quase 12% este ano.

E não são apenas as empresas americanas que estão sentindo a pressão. A Samsung afirmou no mês passado que “a volatilidade da demanda deverá ser bastante alta” como resultado das mudanças na política tarifária e da incerteza macroeconômica.

“Devido às rápidas mudanças nas políticas e às tensões geopolíticas entre os principais países, é difícil prever com precisão o impacto comercial das tarifas e contramedidas”, disse um executivo da Samsung na teleconferência de resultados.

“Há muitas incertezas pela frente.”

A Samsung é uma das maiores fabricantes de chips de memória do mundo.

“O setor de semicondutores está lidando com uma combinação complexa de sinais de demanda e turbulências geopolíticas”, disse Ben Barringer, analista global de tecnologia da Quilter Cheviot, à CNBC por e-mail.

Barnger afirmou que a decisão da Marvell de adiar seu dia do investidor “adiciona uma camada de incerteza em um momento em que a clareza é escassa”, enquanto a perspectiva fraca da Super Micro também “causou surpresa”.

“Com a incerteza macroeconômica e as restrições à exportação ainda pairando, o caminho à frente para os fabricantes de chips continua acidentado, mesmo com a demanda subjacente se mantendo em certas áreas”, acrescentou Barringer.

CEO da Nvidia: “Deixe-nos correr”

A indústria de chips dos EUA tem buscado mostrar que é líder em tecnologia em comparação com a China e que deveria ter permissão para vender mais produtos lá.

O CEO da Nvidia, Jensen Huang, disse à CNBC na terça-feira que a China provavelmente se tornará um mercado de inteligência artificial de US$ 50 bilhões em dois ou três anos.

“Seria uma perda tremenda não poder lidar com isso como uma empresa americana. Isso vai trazer de volta as receitas, vai trazer de volta os impostos, vai criar muitos empregos aqui nos Estados Unidos”, disse Huang.

Nos últimos anos, Washington, sob os governos de Biden e Trump, tem buscado usar restrições à exportação para restringir o acesso da China à tecnologia americana em áreas como IA e semicondutores. Isso levou empresas chinesas a intensificar o foco em tecnologia nacional, com empresas como a Huawei buscando criar produtos viáveis ​​que concorram a empresas como a Nvidia.

Empresas chinesas como DeepSeek e Alibaba também conseguiram lançar modelos de IA de alto desempenho.

Huang, da Nvidia, disse que há concorrência em IA atualmente, mas que as empresas americanas devem ser capazes de competir com a China.

“Os Estados Unidos precisam reconhecer que não somos o único país nessa corrida, que temos concorrentes. Somos pessoas confiantes, somos um país confiante, temos empresas confiantes, não temos medo de uma corrida. Estamos ansiosos por uma corrida. Deixe-nos correr”, disse Huang à CNBC.

“E então, eu acho que agora é o momento em que os Estados Unidos precisam perceber que precisamos pisar fundo no acelerador… temos que ir em frente. Ficar esperando, falando sobre isso, tentando segurar as pessoas não é necessariamente a melhor jogada. A melhor jogada é deixar os americanos fazerem o que são, deixar que a gente vá atrás e vença.”

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

MAIS EM Tarifas do Trump